Publication year: 2013
Nos mais variados estudos realizados sobre as Infeções Associadas aos Cuidados de
Saúde em ambiente hospitalar ficou comprovado que a forma mais eficaz de prevenir e
combater a infeção é a higiene das mãos, sendo considerada a lavagem das mãos como
a mais eficaz.
Pela nossa prática diária e experiência profissional pensamos que a pessoa
deve ser envolvida no seu autocuidado higiene:
lavagem das mãos de forma mais
responsável, representando um elo na cadeia contra a infeção. Por outro lado, esta
envolvência exige da parte dos enfermeiros maior investimento pessoal e profissional, no
sentido de promoverem sessões de educação para a saúde planeadas em conjunto com
a pessoa, para que esta adquira comportamentos corretos referentes à ação de lavar as
mãos.
Assim, o nosso estudo teve como objetivos: determinar a importância que a pessoa com
doença hematoncológica e imunodeprimida, internada num hospital, atribui à lavagem das
mãos; perceber se a pessoa com doença hematoncológica e imunodeprimida, internada
num hospital, considera importante receber ensinos sobre a lavagem das mãos; analisar
os hábitos de lavagem das mãos da pessoa com doença hematoncológica e
imunodeprimida, internada num hospital, fora do contexto hospitalar e dentro do contexto
hospitalar e; analisar se existe diferença na importância que a pessoa com doença
hematoncológica e imunodeprimida, internada num hospital, atribui à lavagem das mãos
em função das variáveis de caracterização e independentes da amostra. Desenvolvemos
um estudo de carácter quantitativo descritivo-correlacional e transversal, em 30 pessoas
com doença hematoncológica e imunodeprimidas, pós tratamento de quimioterapia,
internadas num hospital. Foi aplicado um instrumento de colheita de dados, em forma de
formulário.
Os nossos resultados evidenciam que todos os participantes dão importância à lavagem
das mãos. Por outro lado, apenas 9 (30,0%) dos participantes afirmaram que foram
efetuados ensinos por parte dos enfermeiros, e dos que referenciaram ter recebido
ensinos apenas 4 (44,4%) referiram ter alterado os seus hábitos de lavagem das mãos.
No que diz respeito aos hábitos de lavagem das mãos todos os participantes afirmaram
que lavam as mãos tanto fora como dentro do contexto hospitalar. Contudo, os resultados
obtidos demonstram-nos que a lavagem das mãos que executam fora do contexto
hospitalar e que continuam a praticar durante a hospitalização é incorreta. Verificámos,
ainda, que nenhuma das variáveis de caracterização e independentes da amostra
apresentaram diferenças estatisticamente significativas em função da importância
atribuída à lavagem das mãos. Apesar dos nossos resultados não poderem ser inferidos
para a população, cremos que o nosso estudo é uma mais-valia no contexto da nossa
prática de cuidados, pois irá permitir-nos desenvolver de forma interativa planos de
educação para a saúde.