Publication year: 2021
Introdução:
A insuficiência cardíaca (IC) configura-se como a via final das doenças cardiovasculares e como grande problema de saúde pública. Com o envelhecimento da população e consequente aumento do aparato tecnológico houve um incremento da sobrevida de pacientes com outros transtornos cardiovasculares, que ao longo do tempo evoluem para IC, imprimindo a estes pacientes a necessidade de estabelecer o autocuidado a fim de retardar a progressão da doença ou mantê-la sobre controle. Objetivos:
Identificar as variáveis clínicas, sociais e demográficas do paciente assistido no ambulatório de Insuficiência Cardíaca em um Hospital público universitário; Verificar o autocuidado de pacientes com Insuficiência Cardíaca em um Hospital público universitário através do SCHFI v 6.2; Correlacionar o autocuidado com as variáveis clínicas, sociais e demográficas do paciente assistido no ambulatório de Insuficiência Cardíaca em um Hospital público universitário; Discutir os fatores intervenientes para o gerenciamento do autocuidado pelos pacientes de IC, a partir das variáveis clínicas, sociais e demográficas. Método:
estudo transversal de abordagem quantitativa. Resultados:
A amostra foi composta de indivíduos de idade entre 52 a 76 anos (78%), pretos e pardos compõe a maioria (62%), moradores da Baixada Fluminense (39,2%) e da Zona Norte do Rio de Janeiro (34,2%) e de escolaridade de até o Ensino Fundamental Incompleto (27,3%) e Completo (36,4%), com Classe Funcional II (41,8%), Fração de Ejeção Reduzida (57,4%), Etiologia predominante Isquêmica (32,9%), não reconhecem ter tido informações sobre a doença (61,5%), e já sofreram internação devido à Insuficiência Cardíaca (60,6%). O autocuidado foi inadequado na maioria dos participantes (81,4%), Escore Manutenção inadequado (88,6%), e Escore Manejo inadequado (61,8%), Escore Confiança inadequado (48,1%). Não houve correlação entre escores de autocuidado com as variáveis estudadas, porém houve correlação da manutenção inadequada com a prática de atividade física, e do manejo inadequado com o fato de afetar a família. Conclusão:
O autocuidado como um processo de tomada de decisão precisa de suporte social, estruturas das equipes e articulação nos serviços de saúde para a equidade da assistência de enfermagem, e dos serviços de saúde.
Introduction:
Heart failure (HF) is configured as the final route of cardiovascular diseases and as a major public health problem. With the aging of the population and the consequent increase in the technological apparatus, there was an increase in the survival of patients with other cardiovascular disorders, which over time evolve to HF, giving these patients the need to establish self-care in order to delay the progression of the disease. or keep it under control. Objectives:
To identify the clinical, social and demographic variables of the patient assisted at the Heart Failure outpatient clinic in a public university hospital; To verify the self-care of patients with Heart Failure in a public university Hospital through SCHFI v 6.2; Correlate self-care with the clinical, social and demographic variables of the patient assisted at the Heart Failure outpatient clinic in a public university hospital; Discuss the intervening factors for the management of self-care by HF patients, based on clinical, social and demographic variables. Method:
cross-sectional study with a quantitative approach. Results:
The sample was composed of individuals aged 52 to 76 years (78%), blacks and browns make up the majority (62%), residents of Baixada Fluminense (39.2%) and the North Zone of Rio de Janeiro (34.2%) and schooling up to Incomplete (27.3%) and Complete (36.4%) Elementary Education, with Functional Class II (41.8%), Reduced Ejection Fraction (57.4%) , Ischemic predominant etiology (32.9%), do not recognize having had information about the disease (61.5%), and have already suffered hospitalization due to Heart Failure (60.6%). Self-care was inadequate in most participants (81.4%), Inadequate Maintenance Score (88.6%), and Inappropriate Management Score (61.8%), Inappropriate Trust Score (48.1%). There was no correlation between self-care scores and the variables studied, but there was a correlation between inadequate maintenance and the practice of physical activity, and inadequate management with the fact that it affects the family. Conclusion:
Self-care as a decision- making process needs social support, team structures and articulation in health services for the equity of nursing care, and health services.