Formação em habilidades de conversação para a interação social de doentes com esquizofrenia na unidade de reabilitação de doentes difíceis: Um estudo pré-experimental

Publication year: 2017

A esquizofrenia é uma das doenças mais incapacitantes, dificultando os relacionamentos interpessoais, o processamento de informações e a resolução de problemas das pessoas. O treino de habilidades de comunicação/conversação permite demonstrar comportamentos verbais e não-verbais apropriados, em ambiente terapêutico, replicando situações sociais que facilitam o desenvolvimento de relações interpessoais satisfatórias, generalizáveis para os diferentes contextos da vida do indivíduo na sociedade. Estratégias & Métodos: Realizou-se um estudo pré-experimental, com um programa de habilidades de comunicação/conversação, avaliar a sua eficácia na interação social e funcionamento social nas pessoas doentes com esquizofrenia internados na Unidade de Reabilitação de Doentes Difíceis no Polo Sobral Cid do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, utilizando as escalas de Funcionamento Pessoal e Social (PSP) e o Questionário das Situações Sociais. O programa de formação de conversação habilidades de Melo-Dias &.Silva compreendeu os seus seis componentes de comunicação. (1) Observar, ouvir falar e comunicação nãoverbal; (2) Escuta ativa e comentários de escuta; (3) Falar de um tema (iniciar e manter uma conversa); (4) Terminar uma conversa; (5) Falar ao telefone; (6) Falar com um estranho (?não conhecido?), dando enfase a uma comunicação eficiente facilitando a passagem de um ambiente controlado do internamento hospitalar para o ambiente imprevisível da comunidade.

Resultados:

Diminuição estatisticamente significativa do grau de dificuldade dos participantes em situações sociais, assim como melhorias muito expressivas no funcionamento pessoal e social quer nos momentos de pós formação e quer no follow-up. A utilização deste programa de formação de habilidades de comunicação/conversação, como instrumento terapêutico em Enfermagem, promove intencional e claramente competências psicossociais no processo do cuidar da pessoa doente.