Publication year: 2016
Enquadramento:
Os Enfermeiros Obstetras devem promover o conforto da mulher durante o trabalho de parto, valorizando o parto fisiológico, minimizando a dor e proporcionar bem-estar materno fetal. O uso da bola de pilates, tem sido referido na literatura como estratégia não farmacológica para alívio da dor, mas há falta de estudos em Portugal sobre a sua utilização. Objetivos:
Avaliar o contributo da bola de pilates para a evolução do trabalho de parto; avaliar o contributo da bola de pilates como estratégia não farmacológica de alívio da dor durante o TP; avaliar a utilização da bola de pilates durante o TP; Avaliar a relação da utilização da bola de pilates com as expetativas de resultado e de eficácia do trabalho de parto. Métodos:
É um estudo quantitativo, tipo descritivo e exploratório, longitudinal, com a aplicação de uma grelha de registo durante a utilização da bola de pilates no trabalho de parto e um questionário às mesmas grávidas no puerpério, entre novembro 2015 e janeiro 2016. Resultados:
Das 80 grávidas 50% não utilizou nenhum analgésico, encontrando-se correlação entre a expetativa que a grávida tinha em relação à duração do TP e o tempo de utilização da bola de pilates (rho=0,295; p=0,008), bem como entre o tempo de utilização da bola de pilates e a amplitude dor (rho=0,295; p=0,008), e entre o tempo de utilização da bola de pilates e a amplitude da dilatação (rho=0,228; p=0,042). Conclusão:
A utilização de estratégias não farmacológicas combinadas com as farmacológicas permite que os cuidados sejam mais humanizados porque se centram mais nas necessidades da mulher. A utilização da bola de pilates, surge como um estratégia que pode ser utilizada para incentivar a participação da mulher a movimentarse, manter-se na posição verticalizada, promover o relaxamento e o alívio da dor, além de ser uma forma de ela se abstrair durante o TP