Publication year: 2014
Problemática:
O puerpério é um período de transição com mais expressão na mulher, mas também com repercussões no casal e família. Todas as adaptações que ocorrem na mulher durante o puerpério tendem a influenciar a sua qualidade de vida. O conhecimento de fatores que influenciam a qualidade de vida da mulher no puerpério constitui um desafio para os profissionais de saúde, em particular aqueles que cuidam das puérperas e suas famílias.
Objetivos:
Descrever a qualidade de vida da mulher no puerpério e analisar a associação entre qualidade de vida da mulher no puerpério e fatores de natureza sociodemográfica, obstétrica e psicossocial.
Material e métodos:
Estudo quantitativo, descritivo-correlacional com uma amostra não probabilística acidental constituída por 69 puérperas internadas numa maternidade após a autorização da comissão de ética e devido consentimento informado. O instrumento de recolha de dados de autopreenchimento foi constituído por questões de caracterização sociodemográfica e uma bateria de escalas apropriadas às variáveis em estudo após consentimento dos autores (versões portuguesas de: do Maternal Postpartum Quality of life Questionnaire-MAPP-QoL, Edinburgh Postnatal Depression Scale e World Health Organization Quality of Life e ainda a Escala de Satisfação com o Suporte Social).
Resultados:
A média das idades das puérperas é de 31,80±4,13 anos, sendo na sua maioria casadas (62,30%), a viver com o companheiro/marido (94,20%), com nível de escolaridade de ensino superior (59,40%) e apenas 8,70% tem rendimento médio até 1 salário mínimo, estando a maioria empregadas (82,61%); a maioria encontrava-se a ter o 1º filho (65,20%) de parto vaginal (72,40%) e praticava o aleitamento materno exclusivo (69,60%). O teste de hipóteses demonstrou existir relação entre a qualidade de vida e o tipo de aleitamento, a satisfação com o suporte social e o risco de depressão pós-parto na amostra em estudo.
Conclusões:
A amostra em estudo encontra-se bastante satisfeita e confere bastante importância à sua qualidade de vida e esta é afetada pelo tipo de aleitamento do bebé, a satisfação com o suporte social e o risco de depressão pós-parto.