Publication year: 2014
As situações de emergência em Saúde, pela sua complexidade implicam a realização de atividades
coordenadas, rápidas e sincronizadas pelos profissionais. O trabalho em equipa é de extrema
importância para o resultado final, mas pode estar afetado.
O presente estudo pretende analisar as vivências dos enfermeiros e médicos em relação ao
trabalho em equipa em contexto de emergência.
Tem como objetivos:
descrever sentimentos e
emoções manifestados pelos profissionais quando trabalham em equipa em contexto de
emergência; descrever as dificuldades sentidas em relação à interligação com os vários elementos
da equipa; conhecer a perceção sobre as consequências do trabalho em equipa no cuidar do doente
em situação crítica; compreender que necessidades sentem, relativamente ao trabalho em equipa,
após uma situação de emergência.
Trata-se de um estudo qualitativo, com abordagem fenomenológica. Foram analisadas doze
entrevistas semi-estruturadas, realizadas a enfermeiros e médicos do Serviço de Urgência do
Hospital Distrital de Santarém, EPE, selecionados de forma intencional.
A análise respeitou os passos metodológicos estabelecidos por Colaizzi. Emergiram três
dimensões que nortearam a construção de um diagrama explicativo do fenómeno:
sentimentos
gerados na situação, relação com os outros e projeção para o futuro. Posteriormente regressou-se
aos participantes através de um “ Focus Group”.
Em contexto de emergência, os profissionais vivenciam sentimentos agradáveis e desagradáveis,
que interferem no trabalho em equipa que desenvolvem. Esse trabalho é também influenciado por
fatores resultantes da ligação entre os membros da equipa:
formação, comunicação, experiência,
organização e liderança. A projeção dos profissionais para emergências futuras está relacionada
com as necessidades manifestadas pós situação de emergência:
reflexão em equipa, mecanismos
de avaliação e tempo de pausa.