Publication year: 2014
O Acidente vascular Cerebral (AVC) representa atualmente a primeira causa de morte em Portugal, resultando em incapacidades, contribuindo de forma significativa para uma diminuição da qualidade de vida. A reabilitação surge como um meio que, visa minimizar as incapacidades, promover readaptação através do desenvolvimento de novas capacidades e aprendizagens.
Objetivos:
Avaliar a Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde (QVRS) da pessoa vítima de AVC; Identificar os fatores determinantes da QVRS da pessoa vítima de AVC.
Metodologia:
Desenvolveu-se um estudo descritivo-correlacional de cariz longitudinal, com um tipo de amostragem não probabilística, constituída por 37 indivíduos com idades compreendidas entre os 40 e os 85 anos, internados nos serviços de medicina do Centro Hospitalar Médio Tejo ? EPE (CHMT, EPE). A colheita de dados foi realizada no momento da alta, e após três meses, através de questionário que incluiu a Escala de Qualidade de Vida especifica para utentes que sofreram um AVC (EQVE-AVC).
Resultados:
Os dados alcançados revelam que, os indivíduos em estudo têm uma perceção negativa da sua QVRS, apesar de melhorar aos três meses após a alta quando comparada com o momento da alta. A idade, o estado civil, o nível socioeconómico, o comprometimento neurológico, o número de dias de internamento, a presença de dor e a manutenção de um programa de reabilitação após alta hospitalar parecem ter valor preditivo sobre a QVRS.
Conclusão:
Um AVC tem implicações na QVRS da pessoa vítima de AVC. Torna-se pertinente a utilização sistemática de instrumentos específicos que forneçam informações detalhadas sobre o impacto de determinados fatores, de modo a adaptar o mais precocemente possível, e de forma contínua, os programas de reabilitação às reais necessidades das pessoas, com a finalidade de melhorar a QVRS.
