Enfermagem forense: homens vítimas de violências interpessoais e o cuidar/cuidados de Enfermagem
Publication year: 2019
O estudo defendeu a tese de que os homens vítimas de violências interpessoais admitidos no Cotidiano do Pronto-socorro apresentam necessidades forenses, porém, não são tecidas maneiras específicas de cuidar com base num saber/fazer de Enfermagem com perfil forense, capaz de fornecer vestígios ao sistema judiciário para que se obtenham as comprovações dos fatos dos quais a vítima se envolveu. Destacamos como objeto do estudo o Cuidar e os cuidados de Enfermagem Forense.
As questões que nortearam o estudo foram:
Quem são os homens vítimas de violências interpessoais atendidos no Pronto-socorro?; Quais são as tipologias das violências interpessoais sofridas pelos homens? Quais são os cuidados de Enfermagem com perfil forense realizados no Pronto-socorro aos homens vítimas de violências interpessoais? Quais são as possibilidades da implantação da prática da Enfermagem Forense no Pronto-socorro? Em face do exposto, estabeleceu-se como objetivos para o estudo: Caracterizar sociodemograficamente os homens vítimas de violências interpessoais que são atendidos no Pronto-socorro; identificar a tipologia das violências interpessoais sofridas por homens; analisar a tipologia de cuidados de Enfermagem com perfil forense realizados no Pronto-socorro a homens vítimas de violência interpessoais; discutir as implicações para a implantação da prática da Enfermagem Forense no Pronto-socorro; e elaborar uma aplicação para dispositivos móveis que permita a fotodocumentação e os registros de vestígios forenses por enfermeiros. Trata-se de um estudo dialético crítico com abordagem qualitativa. Os participantes foram os homens na faixa etária de 18 a 59 anos vítimas de violências interpessoais admitidos em um Pronto-socorro de um Hospital na região Centro Sul Fluminense no estado do Rio de Janeiro e 20 enfermeiras/os atuantes no cenário de estudo. A coleta de dados foi realizada em 4 etapas, a saber: 1a Etapa – realizou-se a apresentação do pesquisador para a equipe de enfermagem, seguida de orientação aos profissionais quanto aos objetivos do estudo e ao percurso metodológico estabelecido; posteriormente foi realizada a ambiência/descrição do cenário de estudo. 2a Etapa – procedeu-se a consulta aos livros de ocorrência do setor e boletim de atendimento médico com carimbo de ocorrência policial (OP), das fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e dados dos atendimentos contidos no Sistema TOTVS, referente ao recorte temporal de 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2017. A 3a etapa compreendeu a observação dos cuidados recebidos pelos homens vítimas de violências e a entrevista com eles. Na 4a etapa foi realizada a entrevista com a equipe de Enfermagem. Os dados foram analisados por meio do conteúdo das entrevistas com as/os enfermeiras/os e das entrevistas com os homens vítimas de violências interpessoais. Foi analisado o total de 413 fichas de registros de atendimentos de homens vítimas de violência, dos quais foram identificados 49% na faixa etária de 18-29 anos. Observou-se, quanto à cor, que 21,1% são brancos e 19,6% negros.Houve predomínio da ocorrência dos casos de violência durante os finais de semana sendo domingo o dia de maior pico e durante a noite de 20h às 23h:
59min, o local de maior ocorrência foi a via pública. Quanto à tipologia das violências 95% foram do tipo físico, sendo que 62,5% utilizaram como meio de violência a força corporal/espancamento. Quanto à região do corpo, em 34,1% dos casos, foi a cabeça e pescoço. Sobre os agressores, 43% foram do sexo masculino, sendo 22,5% conhecidos. Percebe-se que muitos homens são vistos como agressores e pouco como vítimas, tornando invisíveis como sujeitos que necessitam de cuidados. No que tange ao ambiente, corpo e cuidados de Enfermagem Forense identificou-se que as salas dos Pronto-socorro não se apresentam de forma adequada para atender às necessidades forenses dos homens vítimas de violências interpessoais, pois podem ocorrer contaminação e, consequentemente, a deterioração dos vestígios biológicos, morfológicos, entomológicos, químicos, físicos e microvestígios. Quanto ao corpo da/o enfermeira/o identificou-se que é o instrumento do cuidado de Enfermagem Forense, sendo necessária a paramentação adequada para evitar contaminações; identificou-se reduzido número de enfermeiras/os para identificar as necessidades forenses dos homens e estabelecer o cuidar e os cuidados de Enfermagem Forense. Assim, percebeu- se a necessidade de capacitações para as/os enfermeiras/os realizarem com qualidade a coleta e a preservação de vestígios forenses. Identificou-se que a/o enfermeira/o realiza a tessitura de cuidar/cuidados de Enfermagem Forense aos homens vítimas de violências interpessoais por meio de 14 maneiras de cuidar/cuidados forenses a saber: admissional forense, registro forense, identificação forense, eletrônico forense, conexão forense, ambiente forense, acolher forense, de cadeia de custódia, dinâmico forense, margem social forense, multifaces forense, circadiano forense, alta forense e com o corpo morto forense. Identificou-se que a/o enfermeira/o precisa adotar um modelo integrado de cuidar/cuidados de Enfermagem Forense, compreendendo que o homem vítima de violência interpessoal apresenta necessidades forenses, sendo fundamental deter atenção para os aspectos micromoleculares e macromoleculares. Entendeu-se que o cuidado de Enfermagem Forense é dialético, pois envolve estabelecer o cuidar e os cuidados com maneiras diferenciadas às vítimas e ao perpetrador com base no saber- fazer com perfil forense.
This study defended the thesis that the men who are victims of interpersonal violence and who are admitted to the Emergency Room have forensic needs. However, there are no specific caring procedures grounded on forensic nursing expertise, which would be capable of providing the Judiciary with evidence, so as to obtain proof of the events in which the victim is involved. We highlight, as the object of this study, Forensic Nursing Caring and procedures.
The questions that orientated the study are as follows:
who are the male victims of interpersonal violence assisted at the Emergency Room?; what are the typologies of the interpersonal violence experienced by these men? What are the procedures realized at the Emergency Room regarding the male victims of interpersonal violence? What are the possibilities of implementing Forensic Nursing in the Emergency Room? In this scenario, the following study objectives have been established: to characterize sociodemographicallythe male victims of interpersonal violence who are admitted to the Emergency Room; to identify the typology of the interpersonal violence experienced by men; to analyze the typology of Forensic Nursing procedures conducted to male victims of interpersonal violence at the Emergency Room; to discuss the implications for implementing the practice of Forensic Nursing at the Emergency Room; and to elaborate a mobile device application that allows nurses to photo-document and record forensic evidence. This is a critical dialectic study of a qualitative approach. The participants of this study were men aging from 18 to 59 years old, who were victims of interpersonal violence and admitted to the Emergency Room in the Center-South Region of the state of Rio de Janeiro, and the 20 nurses working at the research context. Data collection was conducted in 4 stages, namely: 1st Stage – the researcher introduced himself to the nursing staff, and afterwardsprovided the professionals with guidance regarding the objectives of the study and the established methodological path. Subsequently, the ambience/description of the research context was carried out. 2nd Stage – the following documents were queried: the sector’s incident reporting books and the medical report cards stamped as police reports (PR), the SINAN’s (National Disease Notification System) files and data from the medical services contained in the TOTVS System, pertaining to the timeline between January 1, 2015 and December 31, 2017. The 3rd stage comprised the observation of the medical care received by the men who were victims of violence and interviews with them. In the 4th stage, an interview with the nursing staff was conducted. The data were analyzed by means of the content of the interviews with the nurses and of the interviews with the male victims of interpersonal violence. A total of 413 medical service files was analyzed, which pointed out that 49% of the males aged 18-29. It was observed that, as for their color/race, 21.1% are white and 19.6% are black. The cases of violence occurred predominantly at weekends, having a peak occurrence on Sundays from 20:00 to 23:59. The most common place was the public highway. As for the typology of the violence, 95% of the cases were physical, out of which 62.5% had physical strength/beating as their means of perpetration. Regarding body region, in 34.1% of the cases the head and neck were hit. Concerning the attackers, 43% were male, out of whom 22.5% were known to the victims. It is noticeable that many men are regarded mostly as attackers and seldom as victims, which render them invisible as subjects who need care. As for the Forensic Nursing environment, body and staff, it was possible to identify that the ER rooms were not adequate to meet the forensic needs of the male victims of interpersonal violence, since there can be contamination, and, consequently, deterioration of the biological, morphological, entomological, chemical and physical evidence and microevidence.Regarding the nurse’s body, it was identified as the Forensic Nursing caring instrument, which makes sterile gowning necessary so as to avoid contamination. It was also identified that a reduced number of nurses carries out the identification of the males’ forensic needs and performs the Forensic Nursing care and caring. Thus, this scenario made perceptible the need to train the nurses to conduct quality collection and preservation of forensic evidence. It was identified that the nurse performs the Forensic Nursing care/caring to the male victims of interpersonal violence by means of 14 forensic care/caring ways, namely: forensic admission, forensic record, forensic identification, forensic electronics, forensic connection, forensic environment, forensic accommodation, forensic chain of custody, forensic dynamics, forensic social margin, forensic multifaces, forensic circadian, forensic discharge and the forensic dead body. It was identified that the nurse must adopt an integrated model of Forensic Nursing care/caring, with an understanding that the male victim of interpersonal violence has forensic needs, which makes it fundamental to direct attention to the micromolecular and macromolecular aspects.It was understood that the Forensic Nursing care is dialectical, since it entails handling the caring and care differently to the victims and to the perpetrator, based on forensic expertise.
El estudio defendió la tesis de que los hombres víctimas de violencias interpersonales admitidos en el Cotidiano del Puesto de Primeros Auxilios presentan necesidades forenses, pero no hay formas específicas de atención basadas en los conocimientos de enfermería con perfil forense, capaces de ofrecer rastros al sistema judicial para que se obtengan evidencias de los hechos de la participación de la víctima. Destacamos como objeto del estudio el Cuidar y la Atención de la Enfermería Forense.
Las preguntas que guiaron el estudio fueron:
¿Quiénes son los hombres víctimas de violencias interpersonales tratados en la Sala de Emergencias? ¿Cuáles son las tipologías de violencia interpersonal sufridas por estos hombres? ¿Cuáles son los cuidados de Enfermería con perfil forense llevados a cabo en la sala de emergencias a los hombres víctimas de violencias interpersonales? ¿Cuáles son las posibilidades de implementar la práctica de Enfermería Forense en la sala de emergencias? En vista de lo anterior, se establecieron los siguientes objetivos para el estudio: caracterizar sociodemográficamentea los hombres víctimas de violencias interpersonales que son tratados en la sala de emergencias; identificar la tipología de las violencias interpersonalessufridas por los hombres; analizar la tipología de cuidados de Enfermería con perfil forense realizados en salas de emergencias para hombres víctimas de violencias interpersonales; discutir las implicaciones para la implementación de la práctica de Enfermería Forense en la sala de emergencias; y diseñar una aplicación para dispositivos móviles que permita a las enfermeras documentar en fotos y registrar los rastros forenses. Se trata de un estudio dialéctico crítico con un enfoque cualitativo. Los participantes eran hombres de 18 a 59 años víctimas de violencias interpersonales, admitidos en una sala de emergencias de un hospital en la región del Centro Sur Fluminense, en el estado de Rio de Janeiro, y 20 enfermeros/as que trabajan en el escenario del estudio.La recopilación de datos se realizó en cuatro etapas:
Paso 1: se realizó la presentación del investigador al equipo de enfermería, seguido de orientación a los profesionales sobre los objetivos del estudio y el curso metodológico establecido; posteriormente, se realizó la ambientación/descripción del escenario de estudio.Paso 2:
se realizó la consulta a los libros de ocurrencia del sector y el boletínmédico con el sello de ocurrencias policiales (OP), los formularios del Sistema de Información de Agraves de Notificación (SINAN) y los datos de las asistencias contenidas en el Sistema TOTVS, refiriéndose al plazo del 1o de enero de 2015 al 31 de diciembre de 2017.El paso 3 consistió en la observación de la atención recibida por los hombres que fueron víctimas de violencias interpersonales y las entrevistas con ellos. En el Paso 4, se realizó la entrevista con el equipo de Enfermería. Los datos fueron analizados a través del contenido de entrevistas con enfermeros/as y de las entrevistas con hombres víctimas de violencias interpersonales. Un total de 413 registros de atención a hombres víctimas de violencia fue analizado, de los cuales se identificó el 49% en el grupo con edad entre 18 a 29 años. En cuanto al color, el 21,1% son blancos y el 19,6%, negros. Hubo un predominio de casos de violencia en los fines de semana, siendo el domingo el día con más ocurrencias durante la noche, de 20h a 23h59min, el lugar más frecuente fue la vía pública. Con respecto a la tipología de la violencia, el 95% eran físicas y el 62,5% usaban la fuerza corporal/golpes como un medio de violencia. En cuanto a la región del cuerpo, en el 34,1% de los casos, hubo predominio de la cabeza y el cuello. Sobre los agresores, el 43% eran hombres, siendo el 22,5% de personas conocidas de las víctimas.Se observa que muchos hombres son vistos como agresores y poco como víctimas, lo que los hace invisibles como sujetos que necesitan atención. Con respecto al medio ambiente, el cuerpo y el cuidado de la Enfermería Forense, se identificó que las habitaciones de la sala de emergencias no son adecuadas para satisfacer las necesidades forenses de los hombres víctimas de violencias interpersonales, ya que pueden ocurrir contaminaciones y, en consecuencia, la deterioración de los trazos biológicos, morfológicos, entomológicos, químicos, físicos y de micro trazos. En cuanto al cuerpo delprofesional de enfermería, se identificó que es el instrumento de atención en Enfermería Forense, siendo necesaria la prenda adecuada para evitar contaminación; se observó un pequeño número de enfermeros/as para identificar las necesidades forenses de los hombres y establecer la atención y el cuidado de la Enfermería Forense. Por lo tanto, era necesario capacitar a los profesionales para realizar una recolección de calidad y preservar los rastros forenses. Se identificó que el/la enfermero/a realiza el tejido de atención/cuidado de Enfermería Forense a los hombres víctimas de violencias interpersonales a través de 14 formas de atención/cuidado forense, cuales sean: admisión forense, registro forense, identificación forense, electrónica forense, conexión forense, escenario forense, acogida forense, cadena de custodia, dinámicoforense, margen socialforense, multifacéticoforense, circadianoforense, alta forense y cadáver forense. Se identificó que el/la enfermero/a necesita adoptar un modelo integrado de atención de Enfermería Forense, entendiendo que el hombre víctima de violencia interpersonal presenta necesidades forenses, siendo esencial prestar atención a los aspectos micro moleculares y macromoleculares. Se entendió que la atención de Enfermería Forense es dialéctica, ya que implica establecer el cuidar y la atención de diferentes maneras para las víctimas y los perpetradores con base en el saber-hacer con perfil forense.
L’étude a défendu la thèse selon laquelle les hommes victimes de violence interpersonnelle admis au quotidien des salles d’urgence présentent des besoins en médecine légale, mais on n’y met pas en place de méthodes spécifiques de prise en charge basées sur un savoir-faire infirmier à profil médico-légal, capable de fournir des traces au système judiciaire pour obtenir la preuve des faits avec lesquels la victime était impliquée. Nous soulignons comme objet d’étude l’acte de soigner et les soins infirmiers médico-légaux. Les questions ayant guidé l’étude étaient les suivantes: qui sont les hommes victimes de violence interpersonnelle traités dans les salles d’urgence? Quelles sont les typologies des violences interpersonnelles subies par les hommes? Quels sont les prises en charge en soins infirmiers médico-légaux fournis dans la salle d’urgence pour les hommes victimes de violence interpersonnelle? Quelles sont les possibilités d’implantation de la pratique de la médecine légale en salle d’urgence? Compte tenu de ce qui précède, les objectifs suivants ont été définis pour l’étude: caractériser sur le plan sociodémographique les hommes victimes de violences interpersonnelles traités à l’urgence; identifier la typologie des violences interpersonnelles subies par des hommes; analyser la typologie des soins infirmiers à profil médico-légal réalisés en salle d’urgence pour les hommes victimes de violence interpersonnelle; discuter les implications pour l’implantation de la pratique de soins infirmiers médico-légaux dans les salles d’urgence; concevoir une application pour appareils mobiles permettant aux infirmiers de documenter et d’enregistrer des traces médico-légales. Il s’agit d’une étude dialectique critique avec une approche qualitative. Les participants étaient des hommes âgés de 18 à 59 ans, victimes de violences interpersonnelles admis dans les urgences d’un hôpital de la région centre-sud de l’État de Rio de Janeiro, ainsi que 20 infirmières(ers) travaillant dans le contexte étudié. La collecte de données a été réalisée en quatre étapes, comme suit: Première étape - le chercheur a été présenté à l’équipe de soins infirmiers, suivi d’orientation aux professionnels concernant les objectifs de l’étude et le parcours méthodologique établi; Ensuite, on a réalisé l’ambiance/description du contexte d’étude; Deuxième étape: On a consulté les registres des événements du secteur et le bulletin de service médical contenant le cachet d’occurrence policière (OP), les formulaires du système d’information sur les maladies à notification (SINAN) et les données des soins médicaux présents dans le système TOTVS du 1er janvier 2015 au 31 décembre 2017; La troisième étape a consisté à observer les soins reçus par les hommes victimes de violences et à les interviewer. Dans la quatrième étape, on a réalisé un entretien avec l’équipe infirmière. Les données ont été analysées à travers le contenu des entretiens avec les infirmières(ers) et des entretiens avec des hommes victimes de violences interpersonnelles. Nous avons analysé la totalité de 413 dossiers d’enregistrements de soins d’hommes victimes de violence, dont 49% ont été identifiés dans un groupe âgé de 18 à 29 ans. En ce qui concerne la couleur de la peau, on a observé que 21,1% étaient des blancs et 19,6% étaient des noirs. L’occurrence de cas de violence a été prédominante pendant le week-end, le dimanche soir de 20h à 23h59 étant le jour et l’horaire de pointe. La voie publique en était l’endroit d’occurrence majeure. En ce qui concerne la typologie des violences, 95% étaient physiques. Dans 62,5% des cas, on a utilisé la force corporelle et les coups comme moyen de violence. Quant à la région du corps, la tête et le cou ont représenté 34,1% des cas. Parmi les agresseurs, 43% étaient des hommes et 22,5% étaient connus des victimes. On remarque que beaucoup d’hommes sont considérés comme des agresseurs et peu comme des victimes, ce qui les rend invisibles en tant que sujets nécessitant des soins. Par rapport à l’environnement, au corps et à la prise en charge de l’équipe de soins infirmiers légistes, on a constaté que les salles d’urgences n’étaient pas adéquates pour répondre aux besoins médico-légaux des hommes victimes de violences interpersonnelles, car il était possible d’y avoir de la contamination et, par conséquent, de la détérioration des traces biologiques, morphologiques, entomologiques, chimiques, physiques et des micro traces. Quant au corps de l’infirmière (er), on a identifié que c’était l’instrument de la prise en charge des soins infirmiers médico-légaux et qu’un habillage approprié était nécessaire pour éviter des contaminations; on a identifié un nombre réduit d’infirmières(ers) qui identifient les besoins médico-légaux des hommes et qui établissent la prise en charge des soins infirmiers médico-légaux. Ainsi, on a constaté la nécessité de formations pour que les infirmières(ers) fassent une collecte de qualité qui préserve les traces médico-légales. On a identifié que l’infirmière(er) assurait la prise en charge de soins infirmiers médico-légaux chez les hommes victimes de violences interpersonnelles à travers 14 méthodes de prise en charge de médecine légale, à savoir: admission médico-légale, enregistrement médico-légal, identification médico-légale, électronique médico-légale, connexion médico-légal, environnement médico-légal, accueil médico-légal, chaîne de traçabilité, dynamique médico-légale, marge sociale médico-légale, multifaces médico-légales, médecine légale circadienne, libération médico-légale et libération médico-légale avec le corps du décédé(e). On a identifié que l’infirmière(er) devait adopter un modèle intégré de soins infirmiers médico-légaux, sachant que les victimes masculines de violence interpersonnelle présentaient des besoins médico-légaux et qu’il était essentiel de prêter attention aux aspects micro- moléculaires et macromoléculaires. On a compris que les soins infirmiers médico- légaux sont dialectiques, car cela concerne l’établissement de l’acte de soigner et des soins à manières différenciées aux victimes et aux auteurs, basés sur un savoir-faire à profil médico-légal.