A (RE) construção da mudança: Viver em diálise peritoneal
Publication year: 2012
A doença renal crónica tem vindo a aumentar progressivamente no nosso país
estimando-se que mais de 16 mil pessoas estejam em terapias de substituição da
função renal. Uma das possíveis abordagens terapêuticas é a diálise peritoneal. No
processo de transição a pessoa submetida a esta terapia, experiencia novas
necessidades decorrentes das mudanças que a sua situação clínica lhe coloca, entre
as quais, a necessidade de aprender a realizar uma técnica dialítica no domicílio
(Meleis et al., 2000). Nestas mudanças o enfermeiro assume um papel decisivo na
facilitação de todo o processo.
Esta investigação tem como objectivo principal compreender as vivências da pessoa
insuficiente renal crónica terminal no período inicial do tratamento por diálise peritoneal
(DP). Realizou-se uma pesquisa qualitativa de orientação fenomenológica. Para a
colheita de dados recorreu-se à entrevista semi-estruturada junto de 12 participantes
em diálise peritoneal. Os dados analisados obedeceram aos critérios propostos pela
metodologia de Colaizzi (1978) e descrita por Streubert e Carpenter (2002).