Stress associado ao problema de fertilidade: Intervenção de enfermagem

Publication year: 2012

Em Portugal, a taxa de prevalência da infertilidade, ao longo da vida, situa‐se entre os 9 e os 10%. O stress é uma das causas. O presente estudo – exploratório, descritivo e correlacional do tipo quantitativo – tem como tema central “Stress associado ao problema de fertilidade: intervenção de enfermagem”. E como ponto de partida, a seguinte questão: Qual o nível de stress, associado ao problema de fertilidade, nos homens e mulheres (casais) que frequentam a consulta de esterilidade e que relação há entre esse nível de stress e as variáveis sexo, idade, tempo de infertilidade, frequência das relações sexuais, índice de massa corporal e contacto com agentes de risco ocupacional? Utilizamos o questionário, integrando uma escala validada. A amostra é constituída por cem participantes. Os dados foram processados através do programa estatístico SPSS (Statiscal Package for the Social Sciences), versão 19 para Windows. O nível de stress, associado ao problema de fertilidade, apresentado pelas mulheres é ligeiramente superior (3,20) ao dos homens (3,10), não sendo a diferença estatisticamente significativa. O nível de stress, quando associado à idade dos homens, tem uma correlação negativa e não é estatisticamente significativa; mas, para as mulheres, é estatisticamente significativa nas dimensões “preocupação sexual” (p=0,00) e “stress global” (p=0,03). Nos homens, o nível de stress, quando correlacionado com o tempo de infertilidade, tem uma correlação positiva em todas as dimensões e não é estatisticamente significativa. Nas mulheres, a correlação também é positiva, excepto na dimensão “preocupação com a relação”, e é estatisticamente significativa para a dimensão “stress global” p=0,04, “necessidade da parentalidade” (p=0,03) e “preocupação social” (p=0,01).