Comportamentos de saúde, sofrimento mental e padrão de consumo de álcool entre estudantes universitários
Health behaviors, mental distress and alcohol consumption pattern among college students

Publication year: 2019

O estudo teve por objetivo avaliar a relação entre os comportamentos de saúde, sofrimento mental e o padrão de consumo de álcool entre estudantes universitários. Trata-se de um estudo do tipo transversal da abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 1101 estudantes matriculados nos cursos de graduação de uma universidade pública federal de um município do oeste de Santa Catarina.

Os instrumentos utilizados foram:

questionário de caracterização sociodemográfica, Youth Risk Behavior Survey, Self-Reporting Questionnaire e o Alcohol Use Disorders Identification Test. Constatou-se que houve predomínio de estudantes do sexo feminino, com média de idade de 22,7 anos (desvio-padrão=5,8), variando entre 18 e 65 anos, de cor branca, católicos, naturais do estado de Santa Catarina e que cursavam o primeiro ano de graduação. Da amostra, os principais comportamentos de saúde identificados foram: 52% sempre utilizam capacete ao andar de motocicleta; 58,4% sempre utilizam cinto de segurança; 55,7% não pegaram carona com alguém que havia ingerido bebida alcoólica; 84,4% não dirigiram veículo nos últimos 30 dias após ingerir bebida alcoólica; 96,8% não foram agredidos pelo parceiro nos últimos 12 meses; 97,7% não foram forçados a ter relação sexual; 45,7% já tentaram fumar cigarro; 18,7% tinham menos de 17 anos quando fumaram um cigarro pela primeira vez; 32,3% já utilizaram maconha na vida; 6,0% já utilizaram cocaína na vida; 5,2% fizeram uso de inalantes na vida; 2,2% uso de anfetaminas na vida; 8,0% uso de êxtase na vida; 93,9% já fizeram uso de álcool; 29,7% fazem consumo de álcool no padrão binge; 21,8% apresentam uso problemático de álcool; 12,9% já tiveram ideia de acabar com a vida; 36,5% apresentam sofrimento mental. Entre os estudantes, o sofrimento mental percebido foi associado ao uso problemático de álcool, pertencer ao sexo feminino, ao uso de anfetaminas na vida, ser estudante dos cursos de filosofia e história e não ter religião. A realização de atividade física caracterizou-se como fator de proteção para sofrimento mental. O uso problemático de álcool foi associado negativamente ao sofrimento mental, uso de maconha na vida e beber no padrão binge. Ser do sexo feminino e ser estudante de medicina caracterizaram-se como fator de proteção para o uso problemático de álcool. Os resultados encontrados somam-se as informações disponíveis relacionadas aos comportamentos de saúde envolvendo estudantes universitários no país
O estudo teve por objetivo avaliar a relação entre os comportamentos de saúde, sofrimento mental e o padrão de consumo de álcool entre estudantes universitários. Trata-se de um estudo do tipo transversal da abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 1101 estudantes matriculados nos cursos de graduação de uma universidade pública federal de um município do oeste de Santa Catarina.

Os instrumentos utilizados foram:

questionário de caracterização sociodemográfica, Youth Risk Behavior Survey, Self-Reporting Questionnaire e o Alcohol Use Disorders Identification Test. Constatou-se que houve predomínio de estudantes do sexo feminino, com média de idade de 22,7 anos (desvio-padrão=5,8), variando entre 18 e 65 anos, de cor branca, católicos, naturais do estado de Santa Catarina e que cursavam o primeiro ano de graduação. Da amostra, os principais comportamentos de saúde identificados foram: 52% sempre utilizam capacete ao andar de motocicleta; 58,4% sempre utilizam cinto de segurança; 55,7% não pegaram carona com alguém que havia ingerido bebida alcoólica; 84,4% não dirigiram veículo nos últimos 30 dias após ingerir bebida alcoólica; 96,8% não foram agredidos pelo parceiro nos últimos 12 meses; 97,7% não foram forçados a ter relação sexual; 45,7% já tentaram fumar cigarro; 18,7% tinham menos de 17 anos quando fumaram um cigarro pela primeira vez; 32,3% já utilizaram maconha na vida; 6,0% já utilizaram cocaína na vida; 5,2% fizeram uso de inalantes na vida; 2,2% uso de anfetaminas na vida; 8,0% uso de êxtase na vida; 93,9% já fizeram uso de álcool; 29,7% fazem consumo de álcool no padrão binge; 21,8% apresentam uso problemático de álcool; 12,9% já tiveram ideia de acabar com a vida; 36,5% apresentam sofrimento mental. Entre os estudantes, o sofrimento mental percebido foi associado ao uso problemático de álcool, pertencer ao sexo feminino, ao uso de anfetaminas na vida, ser estudante dos cursos de filosofia e história e não ter religião. A realização de atividade física caracterizou-se como fator de proteção para sofrimento mental. O uso problemático de álcool foi associado negativamente ao sofrimento mental, uso de maconha na vida e beber no padrão binge. Ser do sexo feminino e ser estudante de medicina caracterizaram-se como fator de proteção para o uso problemático de álcool. Os resultados encontrados somam-se as informações disponíveis relacionadas aos comportamentos de saúde envolvendo estudantes universitários no país