Publication year: 2022
Introdução:
A prática da higienização das mãos (HM) reveste-se da maior importância assumindose como uma medida fundamental para a prevenção de infeções associadas aos cuidados de saúde e
qualidade de cuidados, contribuindo para a segurança dos doentes e profissionais de saúde (Guedes
et al, 2012). Também a DGS (2019) considera a HM como uma medida com grande impacto na
prevenção e controlo das IACS e resistência aos antimicrobianos (RAM). Os enfermeiros têm um
papel relevante na prevenção de complicações e na melhoraria da qualidade e eficiência dos cuidados
prestados.
Objetivo:
Analisar as barreiras segundo a perceção dos enfermeiros, que dificultam a adesão às
boas práticas de higiene das mãos nas unidades de cuidados continuados.
Metodologia:
Estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivo-correlacional. A recolha de
dados foi realizada (06 de abril de 2020 a 23 de setembro 2020) em três Unidades de Cuidados
Continuados, em cidade da região Centro de Portugal. Foi aplicado um instrumento de recolha de
dados às equipas de enfermagem, que incluía questões para avaliação das características
sociodemográficas dos enfermeiros e questionário elaborado por Pisoeiro (2012): ?Barreira à Adesão
à Higiene das Mãos?. às equipas de enfermagem, seguindo os procedimentos éticos. A análise dos
dados foi realizada com o recurso a aplicação IBM SPSS (Statistical Package for the Social Sciences).
Resultados:
As dimensões ?Avaliação & Feedback? e ?Materiais e Equipamentos?, foram
percecionadas pelos enfermeiros, como as barreiras mais importantes para a HM. As variáveis
sociodemográficas não revelaram ter qualquer influência na forma como os enfermeiros
percecionavam as barreiras à HM, com exceção do tempo de serviço na unidade de cuidados, que se
correlacionou negativamente com a ?Liderança & Alertas Formais?. A ?Liderança & Alertas
Formais? correlacionou-se positiva e significativamente, com as dimensões ?Materiais &
Equipamentos?, Clima Organizacional? e ?Avaliação & Feedback?. Foi ainda verificado, que a
dimensão ?Liderança & Alertas Formais? evidencia um efeito preditor na dimensão ?Avaliação &
Feedback? (?=.73), na dimensão ?Clima Organizacional? (?=.38); e na dimensão ?Materiais e
Equipamentos? (?=.49), explicando respetivamente 54%, 14% e 24% da variância explicada das
referidas dimensões.
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Conclusão:
O enfermeiro gestor deverá conhecer quais as barreiras à HM, percecionadas pelos
enfermeiros, para poder implementar medidas que aumentem a adesão a esta precaução básica de
controlo de infeção, de forma a prevenir as infeções associadas aos cuidados de saúde.