Publication year: 2018
Introdução:
Apesar das alterações das funções e estrutura familiar registadas nas últimas décadas, é a família que, na maioria dos casos, suporta e satisfaz as necessidades do seu familiar dependente no autocuidado. Metodologia:
Este estudo descritivo simples, teve como principais objetivos: avaliar as capacidades do cuidador informal, no momento da transição do hospital para casa, para o cuidar de pessoa dependente no autocuidado; identificar o grau de dependência da pessoa com dependência percecionada pelo cuidador informal, no momento de transição do hospital para casa; identificar as necessidades de autocuidado da pessoa dependente no momento da transição do hospital para casa. Os dados foram recolhidos através da realização de entrevista a 143 utentes dependentes e seu cuidador informal, aquando da alta hospitalar, recolhidos de fevereiro a junho de 2018 após os devidos consentimentos informados, autorizações da Comissão de Ética e da Instituição onde os dados foram recolhidos. Resultados:
Os resultados obtidos revelam que os utentes têm idades compreendidas entre 37 anos e os 102 apresentando um elevado grau de dependência nas várias áreas do autocuidado. Os cuidadores informais são predominantemente mulheres com idades entre 21 e os 88 anos, normalmente são filhas ou cônjuge da pessoa que cuidam. A maioria dos cuidadores informais necessitam de formação por parte dos enfermeiros em áreas dos autocuidados principalmente nas áreas de:
transferências, vestir/despir, gestão de terapêutica. Conclusão:
Este estudo revela a necessidade dos enfermeiros orientarem a sua ação para os cuidadores informais, promovendo a potencialização das suas capacidades e competências, através da educação para a saúde.
Introduction:
Family roles and structure have changed in the last decades. However, it
is the family that, in most cases, supports and satisfies the needs of the dependent family
member.
Methodology:
Simple descriptive study with the following objectives: to evaluate the
capacity of the informal caregiver regarding the care of the dependent person in self-care,
at the time of the transition from the hospital to the home,; to identify the degree of
dependence of the patient perceived by the informal caregiver, at the time of the transition
from the hospital to the home; to identify the needs of self-care of the dependent person
at the time of the transition from hospital to the home.
Data was collected by interview of 143 dependent patients and their informal caregivers,
at the time of the discharge from the hospital, between February and June 2018. Informed
consent was obtained. The study was approved by the Ethics Committee and the
Institution where data was collected.
Results:
Patients are aged between 37 and 102 years-old, presenting a high degree of
dependence in different areas of self-care. Informal caregivers are predominantly women
aged between 21 and 88 years-old, usually a daughter or a wife of the patient. Most
informal caregivers need training by nurses in areas of self-care, especially in: transfers,
dressing/undressing and medication management.
Conclusion:
This study highlights the importance of nurses in preparing informal
caregivers by promoting the enhancement of their capacities and competences, through
health education.