Publication year: 2018
Introdução:
Apesar dos recentes estudos, a sepse ainda é uma das mais importantes causas de hospitalização e morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A equipe de enfermagem tem papel primordial no reconhecimento dos sinais e sintomas iniciais e acredita-se que a aferição dos sinais vitais de forma correta e completa, possa ser uma ferramenta simples, de baixo custo e não invasiva, para avaliar a predisposição a um desfecho de alta ou óbito nos pacientes sépticos em UTI. Objetivo:
Avaliar a relação dos sinais vitais aferidos pela equipe enfermagem no momento do diagnóstico de sepse, com o desfecho clínico e com os scores MEWS e qSOFA. Métodos:
Trata-se de um estudo com delineamento observacional, analítico que utilizou dados de fontes secundárias e o tratamento dos dados com abordagem metodológica quantitativa. Resultados:
A média de idade dos pacientes foi de 56,4 anos e a maioria do sexo masculino, 53,4%. As doenças cardiovasculares ocuparam 43,1% das comorbidades existentes. O tempo médio de internação em UTI foi 8,0 dias e de internação hospitalar total de 29,6 dias e os pacientes sobreviventes permaneceram mais tempo internados tanto hospitalar quanto na UTI. A frequência cardíaca variou entre 38 e 162 bpm e foi observado que os pacientes que foram a óbito apresentavam-se mais taquicárdicos do que os sobreviventes. O desfecho de óbito ocupou mais de 70% dos casos analisados e após a aplicação dos escores qSOFA e MEWS não foi observado associação estatisticamente significativa entre eles e o desfecho (p=0,215). Conclusão:
A aferição da frequência cardíaca no momento do diagnóstico de sepse pode ser utilizado como ferramenta efetiva, rápida, não invasiva e de baixo custo, para auxiliar no diagnóstico e predição de maior risco de óbito nos pacientes sépticos em UTI
Introduction:
Despite recent studies, sepsis is still one of the most important causes of hospitalization and death in Intensive Care Units (ICUs). The nursing team has a primordial role in the recognition of the initial signs and symptoms and it is believed that the correct and complete measurement of the vital signs can be a simple, low-cost and non-invasive tool to evaluate the predisposition to an outcome discharge or death in septic patients in ICU. Objective:
To evaluate the relationship of the vital signs measured by the nursing team at the moment of the diagnosis of sepsis, with the clinical outcome and the MEWS and qSOFA scores. Methods:
This is a study with an observational, analytical design that used data from secondary sources and the treatment of the data with a quantitative methodological approach. Results:
The mean age of the patients was 56.4 years and the majority of the males, 53.4%. Cardiovascular diseases accounted for 43.1% of the existing comorbidities. The mean ICU length of hospital stay was 8.0 days and total hospital stay was 29.6 days, and the surviving patients remained longer hospitalized both in the hospital and in the ICU. The heart rate varied between 38 and 162 bpm and it was observed that patients who died had more tachycardia than the survivors. The outcome of death was more than 70% of the cases analyzed and after the application of the qSOFA and MEWS scores, no statistically significant association between them and the outcome (p = 0.215) was observed. Conclusion:
Heart rate measurement at the time of diagnosis of sepsis can be used as an effective, fast, non-invasive and low cost tool to assist in the diagnosis and prediction of a higher risk of death in septic patients in ICU