Distúrbios osteomusculares em cuidadores de pessoas idosas domiciliados: prevalência e seus fatores associados

Publication year: 2019

A população idosa brasileira tem crescido de forma rápida, constituindo o segmento populacional que mais cresce nos últimos tempos. As alterações fisiológicas e biológicas decorrentes desse processo de envelhecimento geram uma demanda maior no cuidado com o idoso, necessitando da participação de cuidadores formais e/ou informais. Esses cuidadores, devido às atividades repetitivas na realização de suas tarefas, podem ser levados a exaustão, a sobrecargas emocionais, psicológicas e físicas. De certa forma, essas sobrecargas podem interferir no cuidado prestado e também, na saúde do cuidador.

Objetivo Geral:

Estimar a prevalência de distúrbios osteomusculares mais frequentes em cuidadores de idosos domiciliados e seus fatores associados.

Método:

Foi realizado um estudo transversal, analítico com cuidadores formais e informais de idosos domiciliados no qual o cuidador estava inserido, municípios São Gonçalo e Niterói. Realizou-se entrevistas fechadas utilizando o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), Índice de Barthel (IB), formulário para levantamentos de dados sociodemográficos com características do cuidador, diário de observação com utensílios de proteção individual e facilitadores de transferências, uma balança digital e uma trena. A partir dos dados coletados foi construído um banco de dados em planilha eletrônica que foi analisado no programa SPSS (Statistical Package for the Social Science), versão 22.0 e pelo aplicativo Microsoft Excel 2007.

Resultados:

Dos 40 cuidadores 20 (50,0%) eram cuidadores formais remunerados e 20 (50,0%) eram cuidadores informais não remunerados trinta e nove (39) cuidadores, o que equivale a 97,5% dos cuidadores, apresentaram sintomas osteomusculares em pelo menos uma parte do corpo nos últimos 12 meses. A prevalência de sintomas osteomusculares em três partes do corpo entre os cuidadores que dão banho no idoso no leito é 3,6 vezes maior que a prevalência de sintomas osteomusculares em três partes do corpo entre os cuidadosos que não dão banho no idoso no leito. 60% dos cuidadores informais conhecem algum dispositivo de proteção enquanto 65,0% dos cuidadores formais conhecem algum dispositivo de proteção. Considerações. Os cuidadores de idosos apresentam alta prevalência de sintomas osteomusculares, identificando fatores associados a cada um dos sintomas osteomusculares e que esses distúrbios osteomusculares não foram possíveis de correlacionar à movimentação do idoso com dificuldade de mobilidade durante a dinâmica sentar/deitar mais corrobora no cuidado cotidiano com o idoso com dificuldade de mobilidade.
The Brazilian aged population has grown rapidly, constituting the fastest growing population segment in recent times. The physiological and biological changes resulting from this aging process generate a greater demand in the care of the aged, requiring the participation of formal and / or informal caregivers. These caregivers, due to repetitive activities in performing their tasks, can be led to exhaustion, emotional, psychological and physical overloads. In a way, these overloads can interfere in the care provided and also in the health of the caregiver.

General Objective:

To estimate the prevalence of more frequent musculoskeletal disorders in caregivers of domiciled aged and their associated factors.

Method:

A cross-sectional, analytical study was conducted with formal and informal caregivers of domiciled aged in which the caregiver was inserted, municipalities of São Gonçalo is Niterói. Close interviews were conducted using the Nordic Musculoskeletal Questionnaire (QNSO), Barthel Index (IB), form for surveying sociodemographic data with caregiver characteristics, observation diary with personal protective devices and transfer facilitators, a digital scale And a measuring tape. From the collected data, a spreadsheet database was built and analyzed using the Statistical Package for Social Science (SPSS) version 22.0 and the Microsoft Excel 2007 application.

Results:

Of the 40 caregivers 20 (50.0%) were unpaid formal caregivers and 20 (50.0%) were unpaid informal caregivers Thirty-nine (39) caregivers, equivalent to 97.5% of caregivers, had musculoskeletal symptoms in at least one body part in the last 12 months. The prevalence of musculoskeletal symptoms in three parts of the body among caregivers who bath the aged in bed is 3.6 times higher than the prevalence of musculoskeletal symptoms in three parts of the body among caregivers who do not bath in the aged in bed. 60% of informal caregivers know some protective device and 65.0% of formal caregivers know some protective device. Considerations. Aged caregivers have a high prevalence of musculoskeletal symptoms, identifying factors associated with each of the musculoskeletal symptoms, and that these musculoskeletal disorders were not able to correlate the movement of the aged with mobility difficulties during the sit / lie dynamics corroborates the daily care with the aged with mobility difficulties.