Publication year: 2020
Objetivo:
Identificar a relação entre a satisfação e a percepção de aprendizagem dos estudantes de enfermagem em situações clínicas simuladas. Metodologia:
Estudo misto, realizado em dois cursos de graduação em enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior pública do estado de São Paulo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE 90560518.8.0000.5393, ofício n. 2.766.884 de 11 de Julho de 2018. De um total de nove disciplinas que utilizavam a simulação clínica no ensino de graduação em enfermagem, seis delas permitiram a coleta de dados. Participaram 169 estudantes de enfermagem, matriculados no curso de Bacharelado em Enfermagem (86); Bacharelado e Licenciatura em Enfermagem (59), e 24 não especificaram o curso. Ao final das simulações clínicas, foram entregues aos estudantes participantes a Escala de Satisfação em Experiências Clínica Simulada (ESECS), um questionário aberto sobre a percepção de aprendizagem e informações sociodemográficas. Para análise dos dados quantitativos utilizou-se da estatística descritiva e para os dados qualitativos, a análise temática, apoiada no referencial teórico de Zabala. O período de coleta de dados foi de julho de 2018 a julho de 2019. Resultados:
participaram da pesquisa 169 estudantes de enfermagem; 87% era do sexo feminino, na faixa etária de 21 a 25 anos (78,7%). Pela aplicação da ESECS foi possível identificar uma maior satisfação pela dimensão cognitiva (9,3) seguida pelo realismo (9,2) e a prática (8,7). Na análise temática emergiram temas sobre facilitação da aprendizagem que incluem atuação do professor no planejamento, participação do aluno, etapas da simulação clínica e atitudes e emoções. Temas semelhantes também emergiram entre os aspectos dificultadores pois planejamento, participação do aluno e emoções foram identificadas nas respostas dos alunos. A infraestrutura também foi citada como dificultador da aprendizagem. Ficou evidente o forte componente teórico-prático atribuído à experiência simulada, relacionado à percepção de aprendizagem além de seus facilitadores, como o momento do pré-briefing e debriefing e o planejamento pedagógico docente. Conclusão:
Na percepção dos participantes, aspectos semelhantes podem facilitar ou dificultar a aprendizagem. A simulação como estratégia inovadora impacta no processo de percepção da aprendizagem do estudante, pois tem a capacidade de desenvolver aprendizagens cognitivas, procedimentais e atitudinais, favorecendo a sua satisfação e contribuindo para repensar as práticas docente e investimento institucional. A formação do estudante está fortemente ligada ao compromisso docente no planejamento e avaliação da prática pedagógica, incorporando ação consciente na construção de aprendizagem compartilhada e integrada.
Objective:
To identify the relationship between nursing student's satisfaction and learning perception clinical simulation. Methodology:
Mixed method study, carried out in two undergraduate nursing courses at a public Higher Education Institution, state of São Paulo approved by the Research Ethics Committee, CAAE 90560518.8.0000.5393, letter n. 2,766,884 of July 11, 2018. Of a total of nine disciplines using clinical simulation as a teaching strategy, six of them allowed data collection with 169 nursing students, enrolled in the Bachelor of Nursing course (86); Bachelor and Licentiate in Nursing (59) and 24 did not specify the course. At the end of clinical simulations, students filled the Simulated Clinical Experiences Satisfaction Scale (ESECS) questionnaire, an open questions about their perception of learning and sociodemographic information. Descriptive statistics, thematic analysis and theoretical framework of Zabala were used to interpreted data. The data collection was from July 2018 to July 2019. Results:
From the 169 nursing students 87% were female, 21 to 25 years (78.7%). According with ESECS results, there is a greater satisfaction with the cognitive dimension (9.3) followed by realism (9.2) and practice (8.7). In the thematic analysis emerged themes about learning facilitation that include teacher's performance in planning, student participation, stages of clinical simulation and attitudes and emotions. Similar themes also emerged among the complicating aspects because planning, student participation and emotions were identified in the students' responses. The infrastructure was also cited as a difficulty in learning. From the responses to the open questionnaire, the strong theoretical-practical component attributed to the simulated experience related to the perception of learning was evident, as well as its facilitators, such as the pre-briefing and debriefing moment and the teaching pedagogical planning. Conclusion:
According to the participants' perception, similar aspects can facilitate or hinder learning. Simulation as an innovative strategy impacts the perception of student learning, as it has the ability to develop cognitive, procedural and athenalytal learning, favoring their satisfaction and contributing to rethink teaching practices and institutional investment. Student education is strongly linked to the teacher's commitment in the planning and evaluation of pedagogical practice, incorporating conscious action in the construction of shared and integrated learning.