Publication year: 2021
Introdução:
os processos de trabalho na Estratégia Saúde da Família acontecem no cotidiano
dos serviços, cheios de conflitos e tensionamentos. As reuniões de equipe constituem-se um
dispositivo de discussão de problematização e aprendizado, constituindo-se em um momento
de Educação Permanente. Objetivos:
identificar como a Educação Permanente em Saúde se
insere no cotidiano de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde; conhecer as atividades
do cotidiano dos Agentes Comunitários de Saúde; identificar os espaços de trabalho que os
Agentes Comunitários de Saúde atribuem como de Educação Permanente em Saúde;
descrever as atividades que os Agentes Comunitários de Saúde consideram como Educação
Permanente em Saúde. Metodologia:
trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem
qualitativa. O cenário foi composto por uma unidade de Saúde da Família da Área
Programática 3.1 do município do Rio de Janeiro e contou com a participação da totalidade
dos Agentes Comunitários de Saúde da respectiva unidade. Os dados foram coletados através
de entrevista semiestruturada. O projeto foi encaminhado aos Comitês de Ética em Pesquisa
do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, n.º
10003619200005243 e da Secretaria Municipal do Rio de Janeiro n.º 10003619230015279.
A análise dos dados foi orientada pela análise técnica. Resultados:
os espaços prioritários para
o desenvolvimento da Educação Permanente na unidade estudada são as reuniões de equipe,
apesar de participarem pouco, e os percursos até as casas dos usuários, onde os Agentes
Comunitários de Saúde trocam conhecimentos com os demais componentes da equipe. Com a
redução do número de agentes comunitários na Estratégia Saúde da Família, o tempo de
atividade destes profissionais fica cada vez mais destinado ao trabalho interno na unidade
básica, mais tempo de acolhimento, posso ajudar e menos dedicação às visitas domiciliares,
porém foi eleita como umas das principais dentre outras citadas. Entretanto, foi identificado o
não conhecimento do conceito de Educação Permanente, sendo esta confundida com
palestras, cursos e treinamentos pontuais. Conclusão:
conhecer o processo de trabalho dos
Agentes Comunitários de Saúde em uma unidade de Saúde da Família possibilitou inferir que
a Educação Permanente em Saúde é uma ferramenta potente para qualificar e integrar os
Agentes Comunitários de Saúde aos demais integrantes da equipe. Para tanto, este estudo
propõe a utilização do Teatro Fórum, uma das técnicas do Teatro do Oprimido, que visa a
problematização do cotidiano como uma estratégia inovadora junto a esses profissionais.
Introduction:
The work processes in th e Family Health Strategy take place in the daily
service, full of conflicts and tensions. Team meetings are a device for discussing
problematization and learning, constituting a moment of Continuing education. Objectives:
to
identify how Permanent Health Education is inserted in the daily work of Community Health
Agents; know the daily activities of Community Health agents; identify the work spaces that
the Community Health Agents attribute as Permanent Education in Health; describe the
activities that Community Health Agents consider as Permanent Health Education.
Methodology:
this is descriptive research with a qualitative approach. The scenario consisted
of a Family Health unit of Program Area 3.1 in the municipality of Rio de Janeiro and had the
participation of all Community Health Agents from the respective unit. Data were collected
through semi-structured interviews. The project was submitted to the Research Ethics
Committees of the Hospital Universitário Antônio Pedro, of the Universidade Federal
Fluminense, n.º 10003619200005243 and of the Municipal Secretariat of Rio de Janeiro, n.º
10003619230015279. Data analysis was guided by technical analysis. Results:
the priority
spaces for the development of Continuing Education in the studied unit are the team meetings,
although they do not participate very much, and the routes to the users' homes, where the
Community Health Agents exchange knowledge with the other team members. With the
reduction in the number of community agents in the FHS, the working time of these
professionals is increasingly devoted to internal work in the basic unit, more reception time, I
can help and less dedication to home visits, but it was elected as one of the main among
others mentioned. However, the lack of knowledge of the concept of Continuing Education
was identified, which is confused with lectures, courses and specific training. Conclusion:
knowing the work process of Community Health Agents in a Family Health Unit made it
possible to infer that Permanent Health Education is a powerful tool to qualify and integrate
Community Health Agents with other team members. Therefore, this study proposes the use
of Forum Theater, one of the techniques of the Theater of the Oppressed, which aims to
discuss everyday life as an innovative strategy with these professionals.