Ótica de educadoras sociais de duas unidades de acolhimento institucional do Estado do Rio de Janeiro sobre sua saúde sexual

Publication year: 2020

Este trabalho teve como objetivo geral:

analisar a percepção de saúde sexual das profissionais educadoras sociais de unidades de acolhimento institucional de adolescentes do Município de Duque de Caxias e, como objetivos específicos: Caracterizar o perfil sociodemográfico das profissionais educadoras sociais de unidades de acolhimento de adolescentes; descrever a compreensão das profissionais educadoras sociais sobre saúde sexual.

Método:

Pesquisa qualitativa, descritivo-exploratória realizada através de entrevistas estruturadas com 10 educadoras sociais de duas unidades de acolhimento institucional para adolescentes no período de março a junho de 2019. As entrevistas foram trabalhadas à luz da Análise de Conteúdo, emergindo a categoria “A saúde sexual sob o olhar dos educadoras sociais”, subdividida em três subcategorias: A ótica conceitual da saúde sexual pelas educadoras sociais; Percepção da condição pessoal de saúde sexual das próprias educadoras sociais; Ações de autocuidado com a Saúde Sexual.

Principais Resultados:

as educadoras sociais encontram-se na faixa etária entre 42 a 64 anos, algumas em idade reprodutiva, casadas, com ensino médio completo, evangélicas, vínculo trabalhista na instituição de 15 meses a 18 anos. No que diz respeito à concepção das educadoras sociais acerca da saúde sexual, apresentam conceito ampliado, ou seja, para além do biológico, contemplando o seu bem-estar geral. Destacam a sexualidade como parte da saúde sexual, porém permeada de tabus e preconceitos, influenciada pela visão de mundo e família que aponta vivências a partir de normas, regras e condutas. Percebem-se saudáveis pela inexistência da doença. Entretanto, suas práticas sexuais são desprotegidas, por confiarem no parceiro. Estabelecem a monogamia, o planejamento reprodutivo e os cuidados com o corpo como ações de autocuidado para sua saúde sexual.

Considerações:

cabe destacar que as educadoras sociais de unidades de acolhimento apresentam-se, ainda, com fragilidades sobre sua saúde sexual, podendo influenciar nas ações de cuidados junto aos adolescentes em situação de acolhimento.

This work aimed to analyze the perception of sexual health of social educator professionals from institutional reception units of adolescents in the municipality of Duque de Caxias and as specific objectives:

To characterize the sociodemographic profile of social educator professionals from adolescent reception units; to describe the understanding of social educator professionals about sexual health.

Method:

Qualitative, descriptive-exploratory research conducted through structured interviews with ten social educators from two institutional reception units for adolescents from March to June 2019. The interviews were worked in the light of Content Analysis, emerging from the category "Sexual health under the gaze of social educators", subdivided into three subcategories: The conceptual perspective of sexual health by social educators; Perception of the personal sexual health condition of the social educators themselves; Self-care with Sexual Health.

Main Results:

Social educators are aged between 42 and 64 years, some of reproductive age, married, with complete high school, evangelical, labor bond in the institution from 15 months to 18 years. With regard to the conception of social educators about sexual health, they present an expanded concept, that is, in addition to biological, contemplating their general well-being. They highlight sexuality as part of sexual health, but permeated by taboos and prejudices, influenced by the world and family view that points to living based on norms, rules and conducts. They perceive themselves healthy by the absence of the disease. However, their sexual practices are unprotected because they trust the partner. They establish monogamy, reproductive planning and body care as self-care actions for their sexual health.

Considerations:

It is worth mentioning that the social educators of reception units are also with weaknesses over their sexual health, and can influence the care actions among adolescents in a welcoming situation.