Prevalência da fragilidade em idosos institucionalizados

Publication year: 2023

No seguimento do Estágio de Natureza Profissional em Enfermagem de Reabilitação com Relatório surgiu a realização deste trabalho com o tema “A Fragilidade em Idosos Institucionalizados”. O diagnóstico da síndrome de fragilidade é fulcral para o planeamento de intervenções que promovam a saúde do idoso, como tal os estudos associados à sua prevalência e prevenção são fundamentais para a implementação de programas personalizados de enfermagem de reabilitação.

Objetivo:

Avaliar a prevalência da fragilidade em idosos institucionalizados e verificar qual a correlação entre as variáveis sociodemográficas da amostra e a prevalência da fragilidade.

Métodos:

Estudo descritivo transversal que avaliou 105 idosos institucionalizados, recorrendo às componentes da fragilidade fenotípica.

Resultados:

A idade média da amostra foi de 85,9 anos, o género feminino apresenta-se em maior número (75,2%). Em termos de altura a média foi de 159,42cm. O peso apresentou uma média de 67,3kg e o IMC de 26,46kg/m2. Quanto ao tempo de institucionalização obteve-se uma média de 4,16 anos e a média de número de comprimidos ingeridos em 24h foi de 6,65. A prevalência de idosos frágeis foi de 90,5% e de pré-frágeis foi de 9,5%, sendo que nenhum dos indivíduos se apresentou em situação de não fragilidade.

Conclusão:

Ao que tudo indica observa-se um aumento da prevalência da fragilidade e dos indicadores de fragilidade em idosos institucionalizados quando comparada com a prevalência na população idosa não institucionalizada. Das variáveis avaliadas, apenas os valores de atividade física apresentaram diferença entre o grupo sem fragilidade e o grupo com fragilidade. O peso atual, o IMC, a força de preensão máxima esquerda e o tempo de institucionalização apresentam diferença estatisticamente significativa entre o grupo que perdeu peso e o grupo que o manteve. Os indivíduos com mais força de preensão foram também os mais rápidos na prova de caminhada. Um maior número de anos de institucionalização revelou-se um fator que levou ao aumento do valor de IMC e de tempo de caminhada. Quando os valores de atividade física semanal se mostraram mais altos, também os valores de preensão máxima aumentaram e o valor de tempo de caminhada diminui.
Following the Professional Internship in Rehabilitation Nursing with a Report, this work was carried out on the subject of "Frailty in Institutionalized Elderly People". The diagnosis of the frailty syndrome is central to the planning of interventions that promote the health of the elderly. As such, studies associated with its prevalence and prevention are fundamental to the implementation of personalized rehabilitation nursing programmes.

Objectiv:

To assess the prevalence of frailty in institutionalized elderly people and to check the correlation between the sample's sociodemographic variables and the prevalence of frailty.

Methods:

Descriptive cross-sectional study that assessed 105 institutionalized elderly people, using the components of phenotypic fragility.

Results:

The average age of the sample was 85.9 years, with the female gender presenting in greater numbers (75.2%). The average height was 159.42cm. Weight averaged 67.3kg and BMI was 26.46kg/m2. The average length of time institutionalized was 4.16 years and the average number of pills ingested in 24 hours was 6.65. The prevalence of frail elderly was 90.5% and pre-frail was 9.5%, with none of the individuals being non-frail.

Conclusion:

There appears to be an increase in the prevalence of frailty and frailty indicators in institutionalized elderly people when compared to the prevalence in the non- institutionalized elderly population. Of the variables assessed, only physical activity values showed a difference between the group without frailty and the group with frailty. Current weight, BMI, maximum left-hand grip strength and length of institutionalization showed statistically significant differences between the group that lost weight and the group that maintained it. The individuals with the highest grip strength were also the fastest in the walking test. A greater number of years of institutionalization proved to be a factor that led to an increase in BMI and walking time. When the weekly physical activity values were higher, the maximum grip values also increased, and the walking time value decreased.