Publication year: 2023
Introdução:
A Literacia em Saúde permite otimizar estilos de vida saudáveis e comportamentos preventivos e protetores da saúde. O uso das tecnologias de informação e comunicação para a promoção da Literacia Digital em saúde, tornou-se cada vez mais atual, ultrapassando a barreira geográfica causada pelo isolamento social, tão presente durante a pandemia. Estarão os cuidadores informais capacitados para aceder a essa informação, compreendê-la e utilizá-la, tendo ganhos em saúde? Tendo como referencial teórico o Modelo de Promoção da Saúde de Nola Pender, realizou-se um projeto de intervenção, com o objetivo geral de contribuir para a capacitação dos cuidadores informais através da promoção da literacia digital em saúde. Metodologia:
Este projeto teve por base a Metodologia do Planeamento em Saúde de Imperatori e Giraldes (1993). Foi realizado o diagnóstico da situação realizado através da utilização do questionário do projeto:
Perfil dos Cuidadores Informais do Município de Lisboa. O projeto incidiu numa Unidade de Saúde Familiar do Aces Lisboa Norte, numa amostra não probabilística de conveniência. Resultados:
Foi criado um manual digital interativo, abordando o estatuto do cuidador informal, direitos e deveres e a saúde do cuidador informal, disponibilizando links e QR codes para aceder a plataformas digitais relevantes ao tema. A execução do projeto decorreu no contexto de visitas domiciliárias, a 14 Cuidadores Informais. Verificou-se que quase metade dos cuidadores informais não utiliza plataformas digitais, por não saber utilizar ou por não ter internet no domicílio. Conclusões:
A criação de ferramentas digitais deve ser direcionada para as características da população. Para as pessoas com baixa literacia digital, devem ser criadas tecnologias simples e às que não podem ou não querem usar ferramentas digitais, devem ser criadas alternativas adequadas.
Introduction:
Health Literacy allows for optimizing healthy lifestyles and preventive and protective health behaviors. The use of information and communication technologies to promote Digital Health Literacy has become increasingly current, overcoming the geographical barrier caused by the social isolation, so present during the pandemic. Are the informal caregivers able to access this information, understand it and use it, having gains in health? Having as theoretical reference the Nola Pender Health Promotion Model, an intervention project was carried out, with the general objective of contributing to the training of informal caregivers through the promotion of digital health literacy. Methodology:
This project was based on the Methodology of Health Planning of Imperatori and Giraldes (1993). The situation was diagnosed using the project questionnaire:
Profile of The Informal Caregivers of the Municipality of Lisbon. The project focused on a Family Health Unit of Aces Lisboa Norte, a non-probabilistic sample of convenience. Results:
An interactive digital manual was created, addressing the status of the informal caregiver, rights, and duties, and the health of the informal caregiver, providing links and QR codes to access digital platforms relevant to the subject. The execution of the project took place in the context of home visits to 14 Informal Caregivers. It was found that almost half of the informal caregivers do not use digital platforms, because they do not know how to use them or because they do not have the internet at home. Conclusions:
The creation of digital tools should be directed to the characteristics of the population. For people with low digital literacy, simple technologies should be created and if they cannot or do not want to use digital tools, appropriate alternatives should be created.