Amamentação prolongada: fatores influenciadores

Publication year: 2023

Enquadramento:

O presente Relatório de Estágio espelha o trabalho desenvolvido ao longo do 2º ano do X Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, integrando duas partes. Na primeira parte será realizada uma reflexão sobre as aprendizagens desenvolvidas na componente de estágio; na segunda parte apresentar-se-á o percurso efetuado e os resultados obtidos na componente investigativa.

Objetivos:

Refletir sobre as competências comuns e específicas desenvolvidas como futura EEESMO, na componente de estágio (parte I). A componente investigativa (parte II) terá como objetivo conhecer os fatores influenciadores para uma amamentação prolongada e as características das mães que a praticam.

Metodologia:

Trata-se de um estudo de nível I do tipo descritivo-exploratório, onde foi analisada uma amostra de 294 mulheres que se encontrassem a amamentar, ou tivessem amamentado, por 2 ou mais anos, excluindo mulheres com desmame precoce, gravidez gemelar, bebés prematuros ou com patologias associadas ao nascimento. Os dados foram recolhidos através de um questionário recorrendo à plataforma Google Forms, no período de 1 de abril a 31 de maio de 2022, após parecer favorável da UICISA:E., utilizando o programa SPSS para a análise dos dados.

Resultados:

Evidenciou-se que as mães que amamentam de forma prolongada têm entre 30 e 39 anos, são maioritariamente casadas, coabitando com o(a) companheiro(a) e detêm nível de escolaridade superior.

Os fatores mais referidos como facilitadores da manutenção da amamentação foram:

conhecimentos sobre os benefícios da amamentação, a motivação pessoal e o apoio do(a) companheiro(a). Por outro lado, fatores como: o cansaço, desejo de parar de amamentar, idade suficiente do bebé ou recusa do bebé e uma nova gravidez, foram os mais referenciados para a suspensão.

Conclusão:

A componente de estágio foi profícua, promovendo o desenvolvimento das competências comuns e específicas do EEESMO. A componente investigativa, demonstrou o importante trabalho a desenvolver pelos EEESMO relativamente à promoção, proteção e incentivo à amamentação, nomeadamente concebendo, planeando e implementando intervenções de educação para a saúde, onde a atualização contínua dos profissionais seja uma realidade, promovendo a literacia da mulher/casal e o envolvimento do pai/convivente significativo.