Fatores psicossociais associados ao desempenho das capitais brasileiras na adesão ao isolamento social
Psychosocial factors associated with the performance of Brazilian capitals in adhering to social isolating
Publication year: 2022
Considerando as cidades e o bem-estar das pessoas e partindo do pressuposto que a maior presença do estado em relação à infraestrutura e governança influenciou positivamente a adesão da população às medidas de isolamento social durante o período da pandemia da COVID-19, neste estudo buscou-se observar fatores psicossociais que possam ser associados a tal adesão. Para isto foram elencados dados e indicadores, sob a ótica das cidades inteligentes, acerca da governança, da infraestrutura e das condições de bem-estar nas capitais brasileiras e comparou-se o panorama encontrado com o desempenho no Índice de Permanência Domiciliar (IPD). Trata-se de um estudo descritivo documental, cujos dados e indicadores foram selecionados através de um arcabouço documental sobre avaliação e acompanhamento das cidades inteligentes, com intuito de criar um cenário comparativo entre as 27 capitais brasileiras. Os resultados analisaram quesitos acerca da saúde, cultura, educação, direitos humanos, trabalho, IDHM e o desempenho no isolamento social, divididos entre a estrutura oferecida pelo estado, as prerrogativas de bem estar associadas ao estado e o desempenho das capitais em relação às medidas de isolamento social e possíveis fatores associados. Encontrou-se claro recorte de desempenho nos quesitos estudados entre as capitais da região Centro-Sul e o Norte e Nordeste do país e notável permanecimento domiciliar dentre as capitais nordestinas nos períodos observados. Sugere-se que as condições de infraestrutura e de governança das regiões e capitais podem influenciar na adesão às medidas de isolamento social e que fatores específicos locais podem e devem ter exercido influência na adesão da população as proposições em saúde, reafirmando a necessidade do planejamento nacional com aplicações adaptadas as necessidades e vulnerabilidades locais, para assim alcançar maior condição e adesão as medidas outorgadas pelo estado. Por fim, futuros estudos ou programas que objetivem o bem-estar nas cidades, podem e devem relacionar a infraestrutura, a governança e ambiência das cidades aos aspectos psicossociais relevantes ao comportamento dos indivíduos e dos grupos para maior efetividade das medidas em termos de adesão e proteção da comunidade
Considering cities and people's well-being and assuming that a greater presence of the state in relation to infrastructure and governance positively influenced the population's adherence to social isolation measures during the period of the COVID-19 pandemic, this study sought to observe psychosocial factors that may be associated with such adherence. For this, data and indicators were listed, from the point of view of smart cities, about governance, infrastructure and well-being conditions in Brazilian capitals and the panorama found was compared with the performance in the Índice de Permanência Domiciliar (IPD). This is a descriptive documentary study, whose data and indicators were selected through a documentary framework on the evaluation and monitoring of smart cities, in order to create a comparative scenario between the 27 Brazilian capitals. The results analyzed questions about health, culture, education, human rights, work, IDHM and performance in social isolation, divided between the structure offered by the state, the well-being prerogatives associated with the state and the performance of capitals in relation to measures of social isolation and possible associated factors. A clear cut of performance was found in the questions studied between the capitals of the Center-South region and the North and Northeast of the country and a notable permanence in the home among the Northeastern capitals in the periods observed. It is suggested that the infrastructure and governance conditions of the regions and capitals can influence adherence to social isolation measures and that specific local factors can and should have influenced the population's adherence to health propositions, reaffirming the need for national planning with applications adapted to local needs and vulnerabilities, in order to achieve greater condition and adherence to the measures ordered by the state. Finally, future studies or programs that aim at well-being in cities can and should relate the infrastructure, governance and ambience of cities to the psychosocial aspects relevant to the behavior of individuals and groups for greater effectiveness of measures in terms of adherence and community protection