Intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação à pessoa com acidente vascular cerebral: promoção das atividades de autocuidado

Publication year: 2018

O aumento da esperança média de vida, o crescente avanço na tecnologia e na área da saúde, acabam por traduzir-se numa tendência do aumento da prevalência de doenças de evolução prolongada com graus de dependência elevados, refletindo-se no crescente número de doentes com Acidente Vascular Cerebral. Reconhecido como um problema global, este apresenta impacto em praticamente todas as funções humanas, destacando-se como principais sequelas, a hemiparesia e a hemiplegia, que podem levar a uma diminuição da aptidão física e habilidade da pessoa no desempenho das suas Atividades de Vida Diária, desencadeando uma necessidade terapêutica de Autocuidado. A evidência demonstra que as Atividades de Vida Diária higiene e o vestir-se, atividades integrantes ao autocuidado, requerem habilidades físicas e cognitivas de grande complexidade, pelo que a pessoa que sofreu Acidente Vascular Cerebral apresenta maiores dificuldades na sua execução, necessitando de um período de adaptação mais prolongado. Verifica-se, portanto a necessidade de uma resposta eficaz por parte dos serviços de saúde, onde é prioritária a intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, nesta população. Face ao exposto, destaca-se como a problemática escolhida, demonstrar os contributos do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação na promoção das atividades de autocuidado, nas Atividades de Vida Diária, higiene e vestir-se, à pessoa que sofreu Acidente Vascular Cerebral, minimizando as suas sequelas e maximizando o seu potencial funcional e autonomia. Assim, o processo de reabilitação, deve apresentar carácter educativo, dinâmico, contínuo e progressivo, devendo começar o mais precocemente possível, assumindo formas distintas desde a fase aguda até à fase de sequelas. Os seus objetivos visam o alcance da maior autonomia e máxima funcionalidade da pessoa, podenda estas ser atingidas através do treino das capacidades remanescentes, da promoção do autocuidado, do uso de estratégias adaptativas e/ou utilização de produtos de apoio, tendo em vista a sua qualidade de vida, a reintegração e participação na sociedade maximizando os diferentes recursos da comunidade.
The increase in average life expectancy, the growing advances in technology and health, end up resulting in a trend towards an increase in the prevalence of long-term diseases with high degrees of dependence, reflected in the growing number of patients with Stroke. Recognized as a global problem, it has an impact on practically all human functions, with hemiparesis and hemiplegia as the main sequelae, which can lead to a decrease in physical fitness and the person's ability to perform their Daily Life Activities. , triggering a therapeutic need for Self-Care. The evidence shows that the Activities of Daily Living, hygiene and dressing, activities that are part of self-care, require physical and cognitive skills of great complexity, meaning that the person who has suffered a stroke has greater difficulties in carrying them out, requiring a period of longer adaptation period. Therefore, there is a need for an effective response from health services, where the intervention of the Specialist Nurse in Rehabilitation Nursing is a priority in this population. In view of the above, the chosen problem stands out as demonstrating the contributions of the Nurse Specialist in Rehabilitation Nursing in promoting self-care activities, in Activities of Daily Living, hygiene and dressing, to the person who has suffered a Stroke, minimizing its sequelae and maximizing its functional potential and autonomy. Therefore, the rehabilitation process must be educational, dynamic, continuous and progressive, and must begin as early as possible, taking on different forms from the acute phase to the sequelae phase. Its objectives aim to achieve greater autonomy and maximum functionality of the person, which can be achieved through the training of remaining abilities, the promotion of self-care, the use of adaptive strategies and/or the use of support products, with a view to their quality of life, reintegration and participation in society, maximizing the different resources of the community.