Publication year: 2023
Problemática:
A visita domiciliária no pós-parto, consiste num instrumento de intervenção fundamental na saúde da família, pois possibilita ao profissional mais contacto com o trinómio mãe-filho-família, o que o aproxima da realidade vivenciada e permite identificar as principais necessidades em saúde (Carvalho, Carvalho, Santos & Santos, 2018).
Objetivos:
Avaliar o impacto da visita domiciliária realizada pelo enfermeiro, na transição para a parentalidade em mães primíparas.
Metodologia:
Trata-se de um estudo de nível I, de natureza quantitativa do tipo exploratório descritivo, partindo de uma amostra do tipo não probabilística em bola de neve, constituída por 30 puérperas com bebés até aos seis meses de vida que tenham recebido visita domiciliária do enfermeiro no pós-parto. Após o parecer favorável da Comissão de Ética a recolha de dados foi realizada através de um questionário online, composto por questões sociodemográficas e obstétricas e pelas escalas Versão Portuguesa de Avaliação da Satisfação da Vista Domiciliária no pós-parto (Almeida, 2011). Através do programa SPSS foram analisadas as frequências absolutas e relativas, média e desvio padrão.
Resultados:
A satisfação da visita domiciliária foi considerada como moderada (87.4 pontos). Verifica-se que 36,7% da amostra apresenta um score de satisfação insuficiente. Face aos resultados da escala verificamos que em todos os itens a pontuação do valor de resposta se encontra muito próxima do valor médio da escala. Verificamos também que os valores médios obtidos em cada dimensão da escala se aproximam do valor máximo de pontuação para cada uma das dimensões.
Conclusão:
Os ganhos em saúde a curto prazo, relacionados com a visita domiciliária no pós-parto, estão identificados e representam aumento dos conhecimento e capacidades da puérpera e família em determinadas áreas, nomeadamente nos cuidados ao recém-nascido, na amamentação e na adaptação às alterações físicas e psicológicas da puérpera. A visita domiciliária no pós-parto deve ser considerada como uma ferramenta essencial, podendo ser utilizada para minimizar os fatores de risco e facilitar a transição para a parentalidade.
