A intervenção do enfermeiro especialista em reabilitação na comunicação não-verbal à pessoa com lesão cerebral
Publication year: 2018
A comunicação é o processo pela qual duas ou mais pessoas partilham ideias, emoções e cultura através de uma interação/relação recíproca entre ambas e o ambiente. Para isso, os intervenientes recorrem à linguagem, sistema de sinais utilizado para produzir e compreender discurso expressivo. Quando uma pessoa sofre uma lesão cerebral (LC) é frequente a aquisição de um distúrbio da linguagem verbal e, consequentemente da comunicação. Estes são responsáveis pela dificuldade na integração familiar, profissional e social e pela redução do entusiasmo em participar na reabilitação. São ainda uma barreira ao entendimento e conhecimento da pessoa e das suas necessidades por parte do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação (EEER). Por estes motivos, deve ser uma área prioritária de investigação por parte do EEER. Este deve procurar na sua intervenção não só atuar na reeducação funcional cognitiva mas principalmente reduzir a desvantagem comunicacional enquanto incapacidade para maximizar o potencial comunicacional preservado a fim de capacitar a pessoa com LC para a sua reinserção social. Esse potencial passa, na grande maioria das situações, pela comunicação não verbal (CNV), área ainda pouco estudada pela enfermagem em geral, e pela especialidade de reabilitação em particular. Para dar resposta a essa necessidade de investigação surge o projeto de estágio intitulado “A Intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação na Comunicação Não-verbal à Pessoa com Lesão Cerebral” e a elaboração do seu respetivo relatório. Com o relatório de estágio pretendo descrever mas acima de tudo analisar o meu desempenho e desenvolvimento de competências durante o estágio à luz da temática abordada e da teoria de Imogene King (Teoria das Estruturas de Sistemas de Interação e Teoria da Consecução de Objetivos).
Communication is the process by which two or more people share ideas, emotions and culture through a reciprocal interaction/relationship between them and the environment. To do this, participants use language, a system of signs used to produce and understand expressive speech. When a person suffers a brain injury (CL), they often develop a verbal language disorder and, consequently, a communication disorder. These are responsible for the difficulty in family, professional and social integration and for the reduced enthusiasm in participating in rehabilitation. They are also a barrier to the understanding and knowledge of the person and their needs by the specialist nurse in rehabilitation nursing (EEER). For these reasons, it should be a priority area of investigation by the EEER. This intervention must seek not only to act on cognitive functional re-education but mainly to reduce the communicational disadvantage as an inability to maximize the preserved communicational potential in order to enable the person with CL for their social reintegration. This potential involves, in the vast majority of situations, non-verbal communication (NCV), an area still little studied by nursing in general, and by the rehabilitation specialty in particular. To respond to this need for research, the internship project entitled “The Intervention of the Specialist Nurse in Rehabilitation Nursing in Non-verbal Communication to People with Brain Injury” and the preparation of its respective report emerged. With the internship report I intend to describe but above all analyze my performance and development of skills during the internship in light of the topic covered and Imogene King's theory (Theory of Structures of Interaction Systems and Theory of Objective Achievement).