Conhecimentos dos educadores do pré-escolar e professores do 1º ciclo do ensino básico sobre os maus-tratos a crianças e as suas atitudes face à sinalização

Publication year: 2023

Introdução:

O presente Relatório Final de Estágio é o culminar de um percurso de formação que reflete a aquisição de competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária, na área de Enfermagem de Saúde Comunitária e de Saúde Pública, com a elaboração de um projeto de intervenção para educadores do pré-escolar e professores do 1º ciclo do ensino básico. Segundo o Relatório Anual da Atividade da CPCJ de Coimbra de 2021, as entidades que mais comunicaram situações de perigo foram as autoridades policiais, seguido de anónimos, escolas e, o Ministério Público. A nível nacional, as escolas são as segundas entidades que mais sinalizam, porém, no município de Coimbra apenas sinalizaram 11,96% dos casos. Entende-se que se esteja perante uma questão de subsinalização por parte das escolas, sendo este um local de eleição para a deteção precoce de maus-tratos.

Objetivos:

caracterizar os contextos de estágio; descrever e refletir sobre as atividades desenvolvidas para a aquisição de competências Especializadas em Enfermagem de Saúde Comunitária e de Saúde Pública; avaliar os conhecimentos dos educadores/professores sobre maus-tratos infantis e as suas atitudes face à sinalização.

Metodologia:

estudo descritivo, transversal, com educadores do pré-escolar e professores do 1º ciclo do ensino básico do Agrupamento de Escolas Coimbra Sul (N=34). Foi aplicada a EAtEMtl e a ?Checklist para reconhecimento do educador de possível mau trato infantil?.

Resultados:

espera-se que as competências adquiridas contribuam para um crescimento pessoal e profissional e forneçam oportunidades de intervenção na área da enfermagem comunitária e de saúde pública com ganhos em saúde para as comunidades.

Sobre os resultados do estudo:

os educadores/professores possuem mais conhecimentos sobre maus-tratos físicos; é na tipologia de maus-tratos psicológicos que têm menos conhecimentos sobre os sinais de suspeita; foram detetados mais sinais de suspeita ao nível da negligência e menos ao nível dos maus-tratos físicos; os educadores/professores apresentam atitudes concordantes com a sinalização dos maus-tratos e discordantes quanto à autoridade parental abusiva e punição física.