Cuidar com música no 2º estádio do trabalho de parto: um cuidado do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstetrícia

Publication year: 2018

O TP é um momento único na vida da mulher/família e, como tal, o EEESMO tem a responsabilidade de promover medidas que possibilitem vivenciar esta experiência de uma forma saudável e positiva. Neste sentido, a utilização da música deverá ser promovida e difundida para além do 1º estádio do TP, proporcionando continuidade de cuidados, bem-estar e satisfação das parturientes. Este trabalho teve como finalidade desenvolver competências comuns e específicas inerentes ao exercício de EEESMO, bem como, conducentes ao grau de mestre. Como objetivos específicos pretendeu-se aprofundar conhecimentos sobre os benefícios da utilização da música no 2º estádio do TP, difundir a sua utilização junto dos enfermeiros e da mulher/família, planear e implementar uma prática baseada na evidência, promovendo a sua utilização e identificando os seus benefícios para as parturientes. Nesta sequência, para fomentar uma prática baseada na evidência, foi realizada uma Scoping Review sobre a temática e, posteriormente, foi planeada, implementada e analisada a prestação de cuidados considerando o bem-estar e satisfação da parturiente, com recurso à música e tendo por base os pressupostos de Swanson, designadamente, o conhecer, estar com, fazer por, possibilitar e manter a crença. Assim, a utilização da música foi um método bem aceite pelas parturientes que cuidei, que reconhecem como benefícios desta a tranquilidade, o auxílio na concentração durante o TP e o efeito positivo no ambiente da sala de partos. Não identifiquei parturientes com TP prolongado quando utilizada a música durante o mesmo. Embora não tenha sido reconhecido o seu efeito no alívio da dor, constatei um maior número de partos eutócicos, bem como, uma maior satisfação das parturientes. A utilização da música no 2º estádio do TP é, portanto, um método não invasivo/farmacológico, de fácil implementação, centrada na mulher/família, com efeitos benéficos, que deverá ser difundido pelos EEESMO. (AU)
Labor is a unique moment in a woman's life/family and therefore the specialist nurse in maternal health and obstetrics has the responsibility for taking actions that will make it possible, for them, to experience this moment in a healthy and positive way. In this logic, the use of music must be promoted and disseminated beyond the first stage of labor, providing the continuity of care, wellbeing and satisfaction of the woman in labor. This project had the purpose to develop common and specific skills inherents to the practice of specialist nurse in maternal health and obstetrics, as well as, leading to the degree of master. As specific goals it was intended to consolidate knowledge about the benefits of the use of music on the second stage of labor, to spread its use among nurses and among the woman/family, to plan and implement an evidence based practice, promoting its use, identifying its benefits in women in labor. As a result, and in order to promote an evidence based practice it was held a ‘Scoping Review’ about this subject and, later on, it was planned, implemented and analyzed the provided care considering the well-being and satisfaction of the woman, using music, based on the assumptions of Swanson, in particular, knowing, being with, doing for, enabling and maintaining belief. Therefore, the use of music was a method very well accepted by the parturients I’ve been with, that did recognize its benefits in terms of relaxation and tranquility, in concentration during labor, its positive effect in the labor room environment. I did not identify parturients with prolonged labor when using music in this period. Although it wasn’t recognized its effect on pain relief, I found a largest number of eutocic labor, as well as a greater satisfaction of the parturients. Therefore, the use of music during the second stage of labor is a non-invasive /pharmacological method, very easy to implement, focused in the woman/family, with very positive effects, that must be promoted by specialist nurses in maternal health and obstetrics.(AU)