Doença renal crónica e diabetes: relação entre autoeficácia e depressão em adultos sem tratamento substitutivo da função renal acompanhados em consulta ambulatória

Publication year: 2018

A diabetes mellitus tipo 2 surge como a principal causa da doença renal crónica, além destes facto, a NKF (2007) perspectiva que o espaço de tempo de decorre entre inicio de uma insuficiência renal diabética e a falência renal em estágio terminal, sem tratamento, é de 5 a 7 anos”. Wang et. al (2017) num estudo fatores depressivos da DRC e DM tipo 2 concluiu que os portadores desta doença têm maior predisposição para a ocorrência de sintomas depressivos. Esta doença, que é muitas vezes sub-diagnosticada tem um impacto direto na saúde, qualidade de vida e capacidade do autocuidado. Desta forma foi importante estudar estas duas doenças e a sua relação com sintomas depressivos e a autoeficácia. De uma amostra de 46 inquiridos, utilizando as escalas da Autoeficácia Geral e Índice Depressivo de Beck e analisados os resultados no programa SPSS (versão 24), foi possível concluir que as pessoas com mais idade, que vivem sozinhas, sem atividade laboral e com menor escolaridade têm uma maior probabilidade de ter presentes sintomas depressivos e uma autoeficácia mas baixa. Por outro lado, não é tão clara a relação entre a compensação metabólica, o estadio da DRC e o perfil tensional das pessoas com os sintomas depressivos ou a sua capacidade de autoeficácia. No entanto sabemos que entre si a depressão e a autoeficácia estão inversamente racionados. Assim, devemos estar mais atentos aos primeiros sinais de forma a realizar o correto acompanhamento, pois a depressão influencia diretamente a capacidade da pessoa se autocuidar e ser responsável pelo seu tratamento. Apenas desta forma será possível compreender e conhecer o outro, as suas características de autocuidado, identificar as suas lacunas e défices no seu autocuidado, e desenvolver em conjunto com a pessoa estratégias e intervenções, para que o processo de gestão da doença durante a sua vida se torne mais intuitivo e eficaz. Por fim, alerta-se para a importância de desenvolver mais estudos na população sem tratamento substitutivo da função renal, de forma a conhecer mais particularidades e/ou características desta população para permitir a elaboração de estratégias que melhorem a prestação de cuidados.
Diabetes Mellitus type 2 appears as the main cause of chronic kidney disease. In addition, the NKF (2007) perspective that the time elapses between onset of diabetic renal failure and end-stage renal failure without treatment, is 5 to 7 years". Wang et. al (2017) in a study of depressive factors of CKD and DM type 2 concluded that patients with this disease are more predisposed to the occurrence of depressive symptoms. This disease, which is often underdiagnosed, has a direct impact on health, quality of life and self-care ability. So, it was important to study these two diseases and their relationship with depressive symptoms and self-efficacy. From a sample of 46 respondents, using the General Self-Efficacy and Beck Depressive Index scales and analyzing the results in the SPSS program (version 24), it was possible to conclude that older people, who live alone, without work and with less schooling are more likely to have depressive symptoms and lower self-efficacy. On the other hand, the relationship between metabolic compensation, the stage of CKD and the tension profile of people with depressive symptoms or their self-efficacy is not so clear. However we know that depression and self-efficacy are inversely related to each other. Thus, we must be more attentive to the first signs in order to perform the correct followup, since depression directly influences the person's ability to self-care and be responsible for their treatment. Only in this way will it be possible to understand and know the other and their characteristics of self-care, identify their gaps and deficits in their self-care, and develop together with the person strategies and interventions throughout the process of managing the disease during their lifetime becomes more intuitive and effective. Finally, it is important to develop more studies in the population without renal replacement therapy, in order to know more characteristics and / or characteristics of this population to allow the development of strategies that improve the delivery of care.