A epidemia da dengue no Estado do Rio de Janeiro e as ações assistenciais como estratégia para gestão de risco de desastres: estudo de caso

Publication year: 2023

Epidemias de dengue e as estratégias de preparação adequadas para enfrentá-las têm sido um desafio constante. A partir do estudo do modelo assistencial desenvolvido em 2008 no Rio de Janeiro, buscou-se compreender as intervenções que abrandaram seus efeitos, e assim (re)pensar os planos de contingência e outras ações de gestão de risco de desastres. O objetivo geral foi sintetizar evidências a partir do modelo assistencial implementado, para sustentar o desenvolvimento de planos de contingência frente à epidemia de dengue, voltados a atenção à saúde.

Com objetivos específicos de:

Descrever os desafios para a resposta à epidemia de dengue no estado do Rio de Janeiro. Analisar o modelo assistencial desenvolvido para resposta à epidemia de dengue. Discutir as ações de gestão de risco de desastres, voltadas para a resposta a epidemias de dengue. O método foi Estudo de caso único, e qualitativo e com fontes de evidência de entrevistas semiestruturadas, documentos da imprensa não oficial (jornais) e oficial, documentos administrativos, arquivos através dos TabNet, documentos iconográficos e documentos do acervo da pesquisadora e fontes de informação técnico-científica de bases de dados. Para tratar os dados utilizou-se o software Iramuteq®, análise documental e seleção de estudos por Revisão Sistemática. Epidemias de dengue, na dependência de sua magnitude, das vulnerabilidades socioeconômicas e ambientais, da infestação vetorial, da circulação viral e da capacidade de resposta local, têm potencial para conturbar as rotinas dos serviços de saúde. Os desafios trazem a necessidade de adoção de ações de gestão de risco de desastres, que se desdobram em resiliência social. A análise do modelo assistencial descortinou as ações para a reorganização assistencial, sua possível reprodução em outras epidemias e sua adoção nos planos de contingência, importante ferramenta de planejamento, que congrega os esforços e contribuições dos entes públicos e privados, além da participação popular. A atenção à saúde nas epidemias, parte da organização da rede básica, apoiada por políticas públicas e planos de contingência, protagonizados pelos gestores públicos, construídos com a participação da sociedade e dos diversos setores públicos e privados e conduzidos pelo setor saúde.
Dengue epidemics and adequate preparedness strategies to face them have been a constant challenge. From the study of the care model developed in 2008 in Rio de Janeiro, we sought to understand the interventions that mitigated its effects, and thus (re)think contingency plans and other disaster risk management actions. The general objective was to synthesize evidence from the implemented care model, to support the development of contingency plans against the dengue epidemic, aimed at health care.

With specific objectives to:

Describe the challenges for the response to the dengue epidemic in the state of Rio de Janeiro. To analyze the care model developed to respond to the dengue epidemic. Discuss disaster risk management actions aimed at responding to dengue epidemics. The method was a single case study, qualitative and with sources of evidence from semi-structured interviews, documents from the unofficial (newspapers) and official press, administrative documents, files through TabNet, iconographic documents from the researcher's collection and sources of information technical-scientific databases. To treat the data, the Iramuteq® software, document analysis and selection of studies by Systematic Review were used. Dengue epidemics, depending on their magnitude, socioeconomic and environmental vulnerabilities, vector infestation, viral circulation and local response capacity, have the potential to disrupt the routines of health services. The challenges bring the need to adopt disaster risk management actions, which result in social resilience. The analysis of the care model revealed actions for care reorganization, its possible reproduction in other epidemics and its adoption in contingency plans, an important planning tool that brings together the efforts and contributions of public and private entities, in addition to popular participation. Health care in epidemics, part of the organization of the basic network, supported by public policies and contingency plans, led by public managers, built with the participation of society and the various public and private sectors and conducted by the health sector.
Las epidemias de dengue y las estrategias adecuadas de preparación para enfrentarlas han sido un desafío constante. A partir del estudio del modelo de atención desarrollado en 2008 en Río de Janeiro, buscamos comprender las intervenciones que mitigaron sus efectos, y así (re)pensar los planes de contingencia y otras acciones de gestión del riesgo de desastres. El objetivo general fue sintetizar evidencias del modelo de atención implementado, para sustentar el desarrollo de planes de contingencia frente a la epidemia de dengue, dirigidos a la atención en salud.

Con objetivos específicos:

Describir los desafíos para la respuesta a la epidemia de dengue en el estado de Río de Janeiro. Analizar el modelo de atención desarrollado para responder a la epidemia de dengue. Discutir las acciones de gestión del riesgo de desastres destinadas a responder a las epidemias de dengue. El método fue un estudio de caso único, cualitativo y con fuentes de evidencia de entrevistas semiestructuradas, documentos de la prensa no oficial (periódicos) y oficial, documentos administrativos, archivos a través de TabNet, documentos iconográficos y administrativos de la colección del investigador y fuentes de información técnico- bases de datos científicas. Para el tratamiento de los datos se utilizó el software Iramuteq®, análisis de documentos y selección de estudios por Revisión Sistemática. Las epidemias de dengue, dependiendo de su magnitud, vulnerabilidades socioeconómicas y ambientales, infestación de vectores, circulación viral y capacidad de respuesta local, tienen el potencial de perturbar las rutinas de los servicios de salud. Los desafíos traen consigo la necesidad de adoptar acciones de gestión del riesgo de desastres, que resulten en resiliencia social. El análisis del modelo de atención reveló acciones para la reorganización de la atención, su posible reproducción en otras epidemias y su adopción en planes de contingencia, una importante herramienta de planificación que reúne esfuerzos y contribuciones de entidades públicas y privadas, además de la participación popular. La atención en salud en epidemias, parte de la organización de la red básica, sustentada en políticas públicas y planes de contingencia, liderada por gestores públicos, construida con la participación de la sociedad y de los diversos sectores público y privado y conducida por el sector salud.