Impacto de uma intervenção de telemedicina sobre o controle da asma grave: ensaio clínico randomizado
Impact of a Telemedicine Intervention on the Control of Severe Asthma: Randomized Clinical Trial
Impacto de una Intervención de Telemedicina en el Control del Asma Grave: Ensayo Clínico Aleatorizado

Publication year: 2021

O objetivo desse trabalho foi avaliar o impacto de uma intervenção de telemedicina no controle da asma grave, em adultos acompanhados em um centro de referência. Trata-se de um ensaio clínico randomizado de uma intervenção de telemedicina realizada em adultos com asma grave. Os participantes foram divididos em Grupo Intervenção (GI; n = 66) e Grupo Controle (GC; n = 73) e avaliados nos períodos de baseline (V0), 90 dias (V90) e 180 dias (V180) após o início da intervenção. A intervenção consistiu em ligações telefônicas semanais, realizadas por enfermeiras no período entre visitas, em que foram abordados o monitoramento de sintomas e educação em saúde para asma.

Foram resultados deste trabalho:

Artigo 1.

Custo efetividade da telemedicina no acompanhamento de asmáticos:

revisão sistemática – Revisão sistemática nas bases de dados PUBMED/MEDLINE, BIREME e Central Cochrane. Custos com telemedicina foram semelhantes ou ligeiramente menores em comparação aos tratamentos usuais. Intervenções de telemedicina mostraram efeito em outros desfechos da asma, como controle da doença (1 de 5 estudos), qualidade de vida (3 de 5 estudos) e hospitalizações (1 de 5 estudos). Artigo 2. Protocolo de telemedicina para o acompanhamento de pessoas com asma grave em um país em desenvolvimento - construído protocolo com questões norteadoras que permitem o monitoramento clínico de sinais e sintomas da asma assim como a educação em saúde dos indivíduos. Artigo 3.

Impacto de uma Intervenção de Telemedicina no controle da asma grave:

ensaio clínico randomizado – observou-se uma diferença estatisticamente significante no controle da asma após os 180 dias de intervenção para o GI (p = 0,013) quando comparado aos valores da visita basal, mas não foi possível confirmar uma melhora significativa no controle da asma no GI em comparação com o GC, que foi o desfecho primário. Artigo 4.

Telemedicina no Cuidado à Asma:

Reflexões Diante da Pandemia Covid-19 – observou-se um aumento no uso da telemedicina durante a pandemia COVID-19, demonstrando que estas podem ser estratégias complementares de prevenção, acompanhamento e educação em asma que visam minimizar as barreiras geográficas, manejar a doença e melhorar a qualidade de atendimento, especialmente em períodos atípicos e desafiadores como uma pandemia. Concluímos que para a amostra estudada, uma intervenção de telemedicina de seis meses, baseada em ligações semanais, norteada por um protocolo específico, teve impacto estatisticamente significante nos desfechos de uso correto de dispositivos inalatórios, melhora do conhecimento em asma, redução de hospitalizações e visitas à emergência. Não foi verificado impacto no controle da asma avaliado por questionário ACQ6 (Asthma Control Questionnaire). Intervenções por telemedicina podem ser úteis quando associadas ao tratamento e acompanhamento regular. (AU)
This work aimed to evaluate the impact of a telemedicine intervention in the control of severe asthma in adults followed at a referral centre. This is a randomized clinical trial of a telemedicine intervention performed in adults with severe asthma. Participants were divided into Intervention Group (IG; n = 66) and Control Group (CG; n = 73) and evaluated at baseline (V0), 90 days (V90) and 180 days (V180) after the start of the intervention. The intervention consisted of weekly phone calls made by nurses between visits, in which the monitoring of symptoms and health education for asthma were addressed.

The results of this work were:

Article 1. Cost-effectiveness of telemedicine in the follow-up of asthmatics: systematic review – Systematic review in the PUBMED/MEDLINE, BIREME and Central Cochrane databases. Telemedicine costs were similar or slightly lower compared to usual treatments. Telemedicine interventions showed an effect on other asthma outcomes, such as disease control (1 of 5 studies), quality of life (3 of 5 studies), and hospitalizations (1 of 5 studies). Article 2. Telemedicine protocol for monitoring people with severe asthma in a developing country - a protocol was created with guiding questions that allow for clinical monitoring of asthma signs and symptoms, as well as health education for individuals. Article 3.

Impact of a Telemedicine Intervention on the Control of Severe Asthma:

Randomized Clinical Trial – a statistically significant difference in asthma control was observed after 180 days of intervention for the IG (p = 0.013) when compared to the values at the baseline, but it was not possible to confirm a significant improvement in asthma control in the IG compared to the CG, which was the primary outcome. Article 4.

Telemedicine in Asthma Care:

Reflections on the Covid-19 Pandemic – there was an increase in the use of telemedicine during the COVID-19 pandemic, demonstrating that these can be complementary strategies for prevention, monitoring and education in asthma aimed at minimizing geographic barriers, manage the disease and improve the quality of care, especially in unusual and challenging periods such as a pandemic. We conclude that for the sample studied, a six-month telemedicine intervention, based on weekly calls, guided by a specific protocol, had a statistically significant impact on the outcomes of correct use of inhaler devices, knowledge of asthma, and hospitalizations and emergency room visits. There was no impact on asthma control assessed by the ACQ6 (Asthma Control Questionnaire). Telemedicine interventions can be useful when combined with treatment and regular follow-up. (AU)
El objetivo de este estudio fue evaluar el impacto de una intervención de telemedicina en el control del asma grave en adultos en seguimiento en un centro de referencia. Este es um ensayo clínico aleatorizado de una intervención de telemedicina realizada en adultos con asma grave. Los participantes se dividieron en Grupo de Intervención (GI; n = 66) y Grupo de Control (GC; n = 73) y se evaluaron al baseline (V0), 90 días (V90) y 180 días (V180) después del inicio de la intervención. La intervención consistió en llamadas telefónicas semanales realizadas por enfermeras entre visitas, en las que se abordó el seguimiento de los síntomas y la educación sanitaria para el asma.

Los resultados de este trabajo fueron:

Artículo 1. Costo-efectividad de la telemedicina en el seguimiento de asmáticos: revisión sistemática - Revisión sistemática en las bases de datos PUBMED / MEDLINE, BIREME y Central Cochrane. Los costos de la telemedicina fueron similares o ligeramente más bajos en comparación con los tratamientos habituales. Las intervenciones de telemedicina mostraron un efecto sobre otros resultados del asma, como el control de la enfermedad (1 de 5 estudios), la calidad de vida (3 de 5 estudios) y las hospitalizaciones (1 de 5 estudios). Artículo 2. Protocolo de telemedicina para el seguimiento de personas con asma grave en un país en desarrollo - se creó un protocolo con preguntas orientadoras que permiten el seguimiento clínico de los signos y síntomas del asma, así como la educación sanitaria para las personas. Artículo 3.

Impacto de una intervención de telemedicina en el control del asma grave:

ensayo clínico aleatorizado - se observó una diferencia estadísticamente significativa en el control del asma después de 180 días de intervención para el GI (p = 0,013) en comparación con los valores en el visita basal, pero no fue posible confirmar una mejora significativa en el control del asma en el GI en comparación con el GC, que fue el resultado primario. Artículo 4.

Telemedicina en la atención del asma:

Reflexiones sobre la pandemia Covid-19 - se incrementó el uso de la telemedicina durante la pandemia COVID-19, demostrando que estas pueden ser estrategias complementarias de prevención, seguimiento y educación en asma orientadas a minimizar barreras geográficas, manejar la enfermedad y mejorar la calidad de la atención, especialmente en períodos inusuales y desafiantes como una pandemia. Concluimos que para la muestra estudiada, una intervención de telemedicina de seis meses, basada en llamadas semanales, guiada por un protocolo específico, tuvo un impacto estadísticamente significativo en los resultados de uso correcto de dispositivos inhaladores, conocimiento del asma y hospitalizaciones y visitas a urgencias. No hubo impacto en el control del asma evaluado por el cuestionario ACQ6 (Asthma Control Questionnaire). Las intervenciones de telemedicina pueden ser útiles cuando se combinan con tratamiento y seguimiento regular.