Ações do apoio matricial em saúde mental na atenção básica: intenções dos apoiadores e expectativas de enfermeiros
Acciones del apoyo matricial en salud mental en la atención básica: intenciones de matriciadores y expectativas de enfermeros

Publication year: 2018

Nas áreas da saúde e da enfermagem, o aparato assistencial vigente nos inúmeros cenários de atenção à saúde concebe novos caminhos teóricos, como também indica novas possibilidades práticas. Mediante o processo de ampliação da resolutividade e integralidade em saúde mental, o Apoio Matricial surge como dispositivo para articular os cuidados em saúde mental à Atenção Básica, visando a implantar estratégias de cuidado territoriais e integrais, ancorados em novos saberes e valores culturais. Diante disso, torna-se relevante investigar o que expressam os apoiadores matriciais e enfermeiros sobre as ações do Apoio Matricial em saúde mental na Atenção Básica à Saúde. Para tanto, esta pesquisa tem como objetivo geral compreender o significado das ações do Apoio Matricial em saúde mental na Atenção Básica à Saúde, na perspectiva de apoiadores matriciais e de enfermeiros. Ainda, há três objetivos específicos: conhecer as ações voltadas para saúde mental que são desenvolvidas pela equipe de Apoio Matricial; identificar as intenções de apoiadores matriciais em relação às ações da equipe de Apoio Matricial na Atenção Básica; e identificar as expectativas de enfermeiros em relação às ações da equipe de Apoio Matricial na Atenção Básica. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, cujo referencial teórico-metodológico é a sociologia fenomenológica de Schutz. O campo de estudo consistiu nas Unidades de Saúde da Atenção Básica no município de Porto Alegre, onde foram entrevistados 5 apoiadores matriciais e 22 enfermeiros. A coleta de informações ocorreu no período de julho a agosto de 2018, por meio de entrevista fenomenológica, questionando-se aos apoiadores: “Que ações voltadas para saúde mental você vem executando junto à Atenção Básica?” e “O que tem em vista com essas ações?”; e aos enfermeiros: “O que você espera das ações do Apoio Matricial em saúde mental junto à Atenção Básica?”. A análise compreensiva dos depoimentos deu origem a seis categorias concretas, três condizentes aos apoiadores matriciais e três aos enfermeiros, nas quais é possível descrever o significado da ação por meio do desvelamento do típico da ação de cada grupo de participantes do estudo. Nesse sentido, este estudo incita a reflexão sobre as relações sociais constituídas entre os sujeitos envolvidos no processo de cuidar, tendo em vista os significados que cada um atribui às vivências no mundo social. Ao adentrar nas relações sociais humanas, percebe-se o quão raso pode ser o agir no mundo, quando o enfoque é o procedimento técnico, e não o ser humano. Assim, compartilhar o mundo social se torna um desafio para todos os atores sociais, à medida que o vivido pode se traduzir na produção de saúde, cidadania e vida.
In the area of health and nursing, the current assistance apparatus in the many health care settings conceives new theoretical paths, but also indicates new practical possibilities. Through the process of increasing the resolution and comprehensiveness in mental health, the Matrix Support emerges as a device to articulate mental health care to Basic Care, aiming to implant territorial and integral care strategies, anchored in new knowledge and cultural values. Therefore, it is relevant to investigate what the matrix supporters and nurses express about the actions of the Matrix Support in mental health in Primary Health Care. For this purpose, this research has as general objective to understand the meaning of the actions of Matrix Support in mental health in the Primary Health Care, from the point of view of matrix supporters and nurses. Still, there are three specific objectives: to know the actions directed to mental health that are developed by the Matrix Support team; to identify the intentions of matrix supporters in relation to the actions of the Matrix Support Team in Primary Care; to identify the expectations of nurses in relation to the actions of the Matrix Support Team in Primary Care. It is a study of qualitative approach, whose theoretical-methodological reference is the phenomenological sociology of Schutz. The field of study was Basic Health Care Units in the city of Porto Alegre, where 5 matrix supporters and 22 nurses were interviewed. Information was collected from July to August, 2018, through a phenomenological interview, questioning the supporters "What actions for mental health have you been carrying out with Primary Care?" and "What do you have in mind with these actions?"; and nurses: "What do you expect from the actions of the Matrix Support in mental health with Primary Care?". In the comprehensive analysis of the testimonies, six concrete categories emerged, three of them matching the matrix supporters and other three to the nurses, where the meaning of the action can be described by unveiling the typical action of each group of the study participants. This study encourages reflection on the social relations constituted among the subjects involved in the care process, considering the meanings that each one attributes to the experiences in the social world. When entering into human social relations, it is perceivable how shallow one action can be in the world, when the focus is the technical procedure, not the human being. Thus, sharing the social world becomes a challenge for all social actors, insofar as the lived can be translated into the production of health, citizenship and life.
En el área de la salud y de la enfermería, el aparato asistencial vigente en los innumerables escenarios de atención a la salud concibe nuevos caminos teóricos, como también indica nuevas posibilidades prácticas. Mediante el proceso de ampliación de la resolutividad e integralidad en salud mental, el Apoyo Matricial surge como dispositivo para articular los cuidados en salud mental a la Atención Básica. En este sentido, se hace relevante investigar lo que expresan los matriciadores y enfermeros sobre las acciones del Apoyo Matricial en salud mental en la Atención Básica a la Salud. Para ello, esta investigación tiene como objetivo general comprender el significado de las acciones del Apoyo Matricial en salud mental en la Atención Básica a la Salud, en la perspectiva de matriciadores y de enfermeros. Aún, hay tres objetivos específicos: conocer las acciones dirigidas a la salud mental que son desarrolladas por el equipo de Apoyo Matricial; identificar las intenciones de los matriciadores en relación a las acciones del equipo de Apoyo Matricial en la Atención Básica y; identificar las expectativas de enfermeros en relación a las acciones del equipo de Apoyo Matricial en la Atención Básica. Se trata de un estudio de abordaje cualitativo, cuyo referencial teórico-metodológico es la sociología fenomenológica de Schutz. El campo de estudio fue Unidades de Salud de la Atención Básica en el municipio de Porto Alegre, donde fueron entrevistados 5 matriciadores y 22 enfermeros La recolección de informaciones ocurrió en el período de julio a agosto de 2018, por medio de una entrevista fenomenológica, cuestionándose a los matriciadores "¿Qué acciones dirigidas a la salud mental usted viene ejecutando junto a la Atención Básica?" y "¿Qué tiene en vista con esas acciones?"; y a los enfermeros: "¿Qué esperas de las acciones del Apoyo Matricial en salud mental junto a la Atención Básica?". En el análisis comprensivo de los testimonios surgieron seis categorías concretas, tres condicionantes a los matriciadores y tres a los enfermeros, en los que se puede describir el significado de la acción por medio del desvelamiento del típico de la acción de cada grupo de participantes del estudio. Este estudio incita la reflexión sobre las relaciones sociales constituidas entre los sujetos involucrados en el proceso de cuidar, teniendo en vista los significados que cada uno atribuye a las vivencias en el mundo social. Al adentrarse en las relaciones sociales humanas, se percibe lo poco que puede ser el actuar en el mundo, cuando el enfoque es el procedimiento técnico, y no el ser humano. Así, compartir el mundo social se convierte en un desafío para todos los actores sociales, en la medida en que lo vivido puede traducirse en la producción de salud, ciudadanía y vida.