O problema do cuidar: o pensar fenomenológico sobre o cuidado em saúde das pessoas que usam drogas
The problem of caring: phenomenological thinking about health care for people who use drugs

Publication year: 2022

Tese de DoutoradoDOIhttps:

//doi.org/10.11606/T.22.2022.tde-10112022-163038DocumentoTese de DoutoradoAutorMarchetti, Silvana Proença (Catálogo USP)Nome completoSilvana Proença MarchettiE-mailE-mailUnidade da USPEscola de Enfermagem de Ribeirão PretoÁrea do ConhecimentoEnfermagem PsiquiátricaData de Defesa2022-07-25ImprentaRibeirão Preto, 2022OrientadorSaeki, Toyoko (Catálogo USP) Banca examinadoraSaeki, Toyoko (Presidente) Goto, Tommy Akira Palha, Pedro Fredemir Tófoli, Luis Fernando Farah de Título em portuguêsO problema do cuidar: o pensar fenomenológico sobre o cuidado em saúde das pessoas que usam drogasPalavras-chave em portuguêsCuidado em saúde Fenomenologia Uso de drogas Resumo em portuguêsEsta tese dedicou-se ao estudo do cuidado em saúde das pessoas que usam drogas. Trata-se de um estudo fenomenológico, por meio da fenomenologia empírica hermenêutica, com o objetivo de analisar a experiência de cuidado em saúde dessas pessoas. Como objetivos específicos, foi estabelecido conhecer as experiências dos participantes com o uso de drogas, suas experiências de cuidado em saúde e a interferência dos relacionamentos interpessoais e institucionais (virtuais ou não) nesta experiência de cuidado. A coleta de dados fundamentou-se na utilização da técnica de amostragem não probabilística bola de neve e na realização de seis entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas. Para análise dos dados foram utilizados recursos qualitativos-descritivos e adotada uma atitude fenomenológica. A interpretação dos dados, realizada por meio da redução fenomenológica e do uso da variação imaginativa, buscou desvelar a essência desse cuidado. Este estudo demonstra que o cuidado em saúde para as pessoas que usam drogas constitui uma dimensão éticaontológica. A essência desse cuidado é uma prática relacional, que tem como seu limite mínimo os valores morais e como limite máximo a liberdade, enquanto projeto de ser, tanto de quem cuida quanto de quem é cuidado. Essa relação deve ser motivada pelo interesse do outro, e orientada a promover o seu bem-estar-aí, ocupando-se do que essencial para o outro.
This thesis was dedicated to the study of health care for people who use drugs. This is an empirical-phenomenological study, through hermeneutic phenomenology, with the objective of analyzing the experience of health care of these people. As specific objectives, it was established to know the participants' experiences with drug use, their health care experiences and the interference of interpersonal and institutional relationships (virtual or not) in this care experience. Data collection was based on the use of the non-probabilistic snowball sampling technique and on the performance of six semi-structured, recorded and transcribed interviews. For data analysis, qualitativedescriptive resources were used and a phenomenological attitude was adopted. Data interpretation, performed through phenomenological reduction and the use of imaginative variation, sought to reveal the essence of this care. This study demonstrates that health care for people who use drugs constitutes an ethical-ontological dimension. The essence of this care is a relational practice, which has moral values as its minimum limit and freedom as its maximum limit, as a project of being, both for those who care and for those who are cared for. This relationship must be motivated by the interest of the other, and oriented to promote their well-being-there, taking care of what is essential for the other.