Realidade virtual na reabilitação de doentes com acidente vascular cerebral: uma scoping review

Publication year: 2024

Introdução:

O AVC constitui-se como um dos principais desafios de saúde pública a nível mundial acarretando um elevado impacto em diferentes níveis. A intervenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação assume um papel preponderante nos cuidados ao doente após AVC. A evolução da tecnologia, os avanços da ciência e da terapêutica no tratamento do AVC, tem vindo a evidenciar-se com repercussões na melhoria da qualidade de vida dos doentes. Com esta evolução surge a Realidade Virtual como um recurso terapêutico com a capacidade de gerar ambientes flexíveis e adequados no processo de recuperação.

Objetivo:

Mapear o efeito da Realidade Virtual na Reabilitação de Doentes com Acidente Vascular Cerebral.

Metodologia:

Estudo de revisão, scoping review, sustentada na metodologia de Joanna Briggs Institute. Definindo a População (P), Conceito (C) e Contexto (C) em que P: doentes adultos com AVC, independentemente do género, (C) realidade virtual e (C) reabilitação motora, cognitiva e/ou sensorial.

Formulada a questão de revisão:

“Qual o Efeito da Realidade Virtual na Reabilitação de Doentes com AVC?”.

Realizada pesquisa nas seguintes bases de dados:

PubMed, CINAHL complete, EBSCO, SciELO e RCAAP com espaço temporal de publicação de janeiro de 2012 a dezembro de 2022.

Resultados:

Foram incluídos trinta e quatro estudos com diferentes metodologias e natureza de estudo. A análise dos estudos revelou que a integração da realidade virtual conduziu a ganhos nos domínios da reabilitação motora, cognitiva e sensorial com influência na qualidade de vida, podendo ser considerada como um método eficaz e um importante coadjuvante dos programas de reabilitação convencional.

Conclusões:

Evidenciada a utilidade do uso da realidade virtual no processo de reabilitação, nomeadamente nos programas específicos concebidos e implementados pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação. Podemos então considerar que o efeito da realidade virtual na reabilitação de doentes com AVC parece ser positivo.

Introduction:

Stroke is one of the main public health challenges worldwide, causing a high impact at different levels. The intervention of the Specialist Nurse in Rehabilitation Nursing plays a preponderant role in the care of patients after a stroke. The evolution of technology, advances in science and therapy in the treatment of stroke, have been evident with repercussions in improving the life quality of patients. With this evolution Virtual Reality emerges as a therapeutic resource with the ability to generate flexible and appropriate environments in the recovery process.

Objective:

Map the effect of Virtual Reality in the Rehabilitation of Patients with Stroke.

Methodology:

Review study, a scoping review, based on the Joanna Briggs Institute methodology. Defining the Population (P), Concept (C) and Context (C) in which (P): adult stroke patients, regardless of gender, (C) virtual reality and (C) motor, cognitive and/or sensory rehabilitation.

The review question was formulated:

“What is the Effect of Virtual Reality on the Rehabilitation of Stroke Patients?”.

Research was carried out in the following databases:

PubMed, CINAHL complete, EBSCO, SciELO and RCAAP with publication timeframe from January 2012 to December 2022.

Results:

Thirty-four studies with different methodologies and study nature were included. The analysis of the studies revealed that the integration of virtual reality led to gains in the areas of motor, cognitive and sensory rehabilitation with an influence on quality of life and can be considered as an effective method and an important adjunct to conventional rehabilitation programs.

Conclusions:

The usefulness of using virtual reality in the rehabilitation process was highlighted, particularly in specific programs designed and implemented by Specialist Nurse in Rehabilitation Nursing. We can thus consider that the effect of virtual reality on the rehabilitation of stroke patients appears to be positive.