Independência funcional e cognição em utentes de uma estrutura residencial para pessoas idosas

Publication year: 2024

Uma preocupação relacionada com o aumento da esperança de vida, é que a prevalência de doenças crónicas se traduza no declínio da capacidade cognitiva e independência da pessoa idosa, manifestando-se através do aumento da procura de serviços de saúde especializados.

Objetivos:

Avaliar o nível de independência funcional, estado de equilíbrio e o estado mental de utentes residentes numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosas; Identificar as variáveis sociodemográficas, que interferem no nível de independência funcional, equilíbrio e estado mental de utentes residentes numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosas; Identificar que variáveis clínicas influenciam o nível de independência funcional, equilíbrio e estado mental de utentes residentes numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosas.

Métodos:

Foi realizado um estudo descritivo, transversal correlacional, com uma amostra de 66 utentes residentes numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosas de um Estabelecimento Integrado no Instituto de Segurança Social da Madeira, IP-RAM. O instrumento de recolha de dados incluiu um questionário de caracterização sociodemográfica e clínica ad hoc, o Índice de Barthel, o Teste de Avaliação da Mobilidade e Equilíbrio Estático e Dinâmico (POMA I) e o Mini Mental State Examination (MMSE).

Resultados:

O perfil sociodemográfico dos participantes indica que um pouco mais de metade são homens, sendo que mais de metade da amostra tem dificuldades na sua mobilidade (54,0%), entre as quais prevalecem o desequilíbrio na marcha, a dor de joelhos e a dificuldade em andar por dor nos membros inferiores; Pouco mais de metade dos idosos (54,5%) não revelava défice cognitivo. As variáveis sociodemográficas em estudo não interferiram no equilíbrio dinâmico e estático, bem como no total da POMA (p>0,05).

Conclusão:

Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação, assumem um papel relevante na população em estudo, através de planos de cuidados especializados que maximizem a funcionalidade do idoso, capacitando-o para uma maior autonomia e independência no autocuidado, potenciando, a sua qualidade de vida.
A concern related to increased life expectancy is that the prevalence of chronic diseases translates into a decline in the cognitive capacity and independence of the elderly, resulting in increased demand for specialized health services.

Objectives:

To assess the level of functional independence, state of balance and mental state of users residing in a Residential Facility for the Elderly; To identify the sociodemographic variables that interfere with the level of functional independence, balance and mental state of users residing in a Residential Facility for the Elderly; To identify which clinical variables influence the level of functional independence, balance and mental state of users residing in a Residential Facility for the Elderly.

Methods:

A descriptive, cross-sectional correlational study was carried out with a sample of 66 users living in a Residential Structure for the Elderly of an Integrated Establishment of the Social Security Institute of Madeira, IP-RAM. The data collection instrument included an ad hoc sociodemographic and clinical characterization questionnaire, the Barthel Index, the Static and Dynamic Mobility and Balance Assessment Test (POMA I) and the Mini Mental State Examination (MMSE).

Results:

The sociodemographic profile of the participants indicates that just over half are men, and more than half of the sample has mobility difficulties (54.0%), among which gait imbalance, knee pain and difficulty walking due to pain in the lower limbs prevail; just over half of the elderly (54.5%) had no cognitive impairment. The sociodemographic variables under study did not interfere with dynamic and static balance, nor with the total POMA (p>0.05).

Conclusion:

Specialized Rehabilitation Nurses play an important role in the population under study, through specialized care plans that maximize the functionality of the elderly, enabling them to have greater autonomy and independence in self-care, thus enhancing their quality of life.