Resiliência entre profissionais de saúde brasileiros durante a primeira onda da pandemia da COVID-19
Resilience among Brazilian health professionals during the first wave of the COVID-19 pandemic

Publication year: 2023

Resultados:

Dentre os 9.945 profissionais de saúde brasileiros observa-se que aqueles do sexo feminino e na faixa etária de 18 a 30 anos tem uma menor chance de apresentar uma forte resiliência. Enquanto os da região Nordeste e da região Norte, profissionais de saúde psicólogos e profissionais de saúde que tem filhos possuem chances aumentada para apresentar uma forte resiliência durante a pandemia de COVID-19.

Introdução:

A sociedade vivenciou um cenário pandêmico alertado em 31 de dezembro de 2019, ocasionado pelo Novo Coronavírus. Considerando o contexto vivenciado é necessário direcionamento a processos de enfrentamento, como a resiliência que surge como comportamento de resistência ao estresse e se relaciona a processos de recuperação e superação.

Objetivo:

Analisar os níveis de resiliência entre os profissionais de saúde brasileiros e sua associação com dados sociodemográficos.

Métodos:

Estudo transversal e analítico, de abordagem quantitativa, desenvolvido segundo inquérito on-line. Os profissionais brasileiros foram recrutados utilizando uma adaptação do método Respondent Driven Sampling ao ambiente virtual, o aplicativo utilizado foi o WhatsApp no período de 01 de outubro a 31 de dezembro de 2020. O instrumento utilizado foi a Escala Breve de Coping Resiliente, o instrumento é validado para a língua portuguesa e é composta por quatro itens. As opções de resposta estão distribuídas em uma escala do tipo Likert, é uma escala unidimensional de autorresposta. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS versão 20.0.

Conclusões:

No que tange os níveis de resiliência a 8.055 profissionais de saúde foram classificados para uma baixa resiliência, o que infere em mudanças comportamentais, em crenças e alterações de humor dos profissionais, se tornando uma questão de relevante importância para o cuidado com indivíduos que sofreram mudanças em seu funcionamento biopsicossocial podendo refletir no futuro, necessitando assim da reestruturação dos serviços de saúde com foco no acolhimento e cuidado na promoção de saúde mental.

Results:

Among the 9,945 Brazilian health professionals, it is observed that those who are female and aged between 18 and 30 years have a lower chance of showing strong resilience. While those in the Northeast and North regions, health professionals, psychologists, and health professionals who have children are more likely to show strong resilience during the COVID-19 pandemic.

Introduction:

Society experienced a pandemic scenario alerted on December 31, 2019, caused by the New Coronavirus. Considering the context experienced, it is necessary to target coping processes, such as resilience, which emerges as a behavior of resistance to stress and is related to recovery and overcoming processes.

Objective:

To analyze levels of resilience among Brazilian health professionals and their association with sociodemographic data.

Methods:

Cross-sectional and analytical study, with a quantitative approach, developed according to an online survey. Brazilian professionals were recruited using an adaptation of the Respondent Driven Sampling method to the virtual environment, the application used was WhatsApp from October 1st to December 31st, 2020. The instrument used was the Brief Resilient Coping Scale, the instrument is validated for the Portuguese language and consists of four items. The response options are distributed on a Likert-type scale, it is a one-dimensional self-response scale. Data were analyzed using the SPSS version 20.0 statistical program.

Conclusions:

Regarding the levels of resilience, 8,055 health professionals were classified as having low resilience, which infers in behavioral changes, beliefs and mood swings of professionals, becoming a matter of relevant importance for the care of individuals who underwent changes in their biopsychosocial functioning, which may reflect in the future, thus requiring the restructuring of health services with a focus on reception and care in the promotion of mental health