Avaliação do acolhimento e classificação de risco na assistência à mulher com pré-eclâmpsia/eclâmpsia no contexto da COVID-19
Publication year: 2022
Esta pesquisa teve como objetivos avaliar a implantação do Acolhimento e Classificação de Risco da Rede Cegonha para mulheres com pré-eclâmpsia/eclâmpsia, descrever a intervenção do Acolhimento e Classificação de Risco da Rede Cegonha para mulheres com pré-eclâmpsia/eclâmpsia por meio da sua modelização; analisar a qualidade do Acolhimento e Classificação de Risco a partir das subdimensões disponibilidade de recursos e oportunidade e conformidade das ações executadas, conforme o preconizado pelas normas ministeriais; determinar o grau de implantação das ações de Acolhimento e Classificação de Risco às mulheres com pré-eclâmpsia/eclâmpsia e analisar a influência dos contextos sobre a implantação das ações de assistência às mulheres com pré-eclâmpsia/eclâmpsia. A descrição do problema foi desenvolvida por meio da árvore de problemas, enquanto a intervenção foi descrita a partir da construção de um modelo lógico do programa, que permitiu apresentar a racionalidade existente entre os componentes da intervenção: estrutura, processo e resultados de curto, médio e longo prazos. A partir do modelo lógico do progama foi desenvolvido o Modelo Teórico da Avaliação estabelecendo a abordagem e foco da avaliação, das matrizes de informação, de análise e julgamento, onde foram definidas a dimensão qualidade e as sub-dimensões conformidade, disponibilidade e oportunidade para análise do contexto e da intervenção. Além da definição de critérios, indicadores e as pontuações que objetivaram os parâmetros da avaliação. Trata-se de uma pesquisa avaliativa do tipo análise de implantação, tendo corte transversal, utilizando estudo de caso único, desenvolvido no contexto do primeiro semestre da pandemia de COVID-19. Teve como caso a Implantação do Acolhimento e Classificação de Risco no Hospital Maternidade Fernando Magalhães, obtendo como participantes a diretora de enfermagem da unidade, a coordenadora técnica do Cegonha Carioca, a superintendente de Maternidades e Emergências da Secretaria Municipal de Saúde/RJ e as enfermeiras assistenciais dos setores de acolhimento e emergência obstétrica. Os dados primários foram coletados por meio de entrevistas com as participantes acerca do processo assistencial e os registros da observação não participante relacionada aos aspectos estruturais do cenário estudado. Os dados secundários foram obtidos pela leitura de 2580 instrumentos de atendimento as mulheres no Acolhimento e Classificação de risco no período de março a agosto de 2020. No entendimento das participantes, para a efetividade da assistência no acolhimento e classificação de risco, a ambiência em conformidade com as diretrizes ministeriais é tão importante quanto as habilidades de comunicação que compõem a prática do acolhimento. A valorização das atitudes humanizadoras escuta ativa), pelas participantes corrobora com a base conceitual do acolhimento, tecnologia de cuidado própria do modelo desmedicalizado que busca superar a verticalidade das ações entre profissionais e usuários. A intervenção foi considerada implantada, sendo identificadas fragilidades nos insumos estruturais relacionados ao controle da transmissão do Coronavírus, provavelmente pela indisponibilidade de equipamentos, devido ao aumento na demanda mundial. As vulnerabilidades identificadas nas ações assistenciais relacionadas às práticas de acolhimento, tecnologia não invasiva de cuidado de enfermagem obstétrica, fundamentada nos princípios do modelo desmedicalizado também precisam ser contextualizadas, indicando que as dificuldades podem se remeter a adaptação dos profissionais que incluíam a linguagem corporal no cuidado ao distanciamento social, bem como a intensificação do trabalho pelo absenteísmo causado pelo adoecimento das equipes. Os resultados confirmaram a tese de que o Acolhimento e Classificação de Risco , porta de entrada para as mulheres com manifestações da hipertensão arterial, é considerada uma intervenção que qualifica a assistência às mulheres com pré-eclampsia/eclampsia.
This research aimed to evaluate the implementation of the User Embracement with Risk Classification (ACCR) of Rede Cegonha for women with preeclampsia/eclampsia, to describe Rede Cegonha’s ACCR intervention for women with preeclampsia/eclampsia by its modeling; to analyze ACCR quality from the availability and resources compliance subdimensions and opportunity and conformity of executed actions, according to ministerial norms; to determine the implementation degree of ACCR actions for women with preeclampsia/eclampsia and analyze the influence of contexts on the implementation of assistance actions to women with preeclampsia/eclampsia. The problem description was developed through the problems tree, whereas the intervention was described from the construction of a logical model of the program, which allowed the presentation of the existent rationality existing among the intervention components: structure, process, and short, medium, and long-term results. The Evaluation Theoretical Model was developed from the logical model of the program, establishing the approach and focus of the evaluation, the information, analysis, and judgment matrices, where the quality dimension and compliance, availability, and opportunity subdimensions were defined for the analysis of the context and intervention. As well as the criteria definition, indexes, and punctuations that aimed the evaluation parameters. This is evaluative research of the implementation analysis type, having a cross-section and using a unique case study, developed during the first semester of the COVID-19 pandemic. The case was the implementation of the User Embracement with Risk Classification at the Fernando Magalhães Maternity Hospital, having as participants the unit’s nursing director, the technical coordinator of Cegonha Carioca, the superintendent of Maternities and Emergencies of the Rio de Janeiro Municipal Health Office and the assistance nurses in the user embracement and obstetric emergency sectors. Primary data were collected through interviews with the participants about the assistance process and the non-participant observation records related to structural aspects of the studied scenario. The secondary data were obtained by reading the 2,580 assistance instruments for women at User Embracement with Risk Classification in the period from march to august 2020. In the participants’ understanding, for the effectiveness of the User Embracement with Risk Classification, the ambiance that complies with ministerial guidelines is as important as the communication skills that make up the practice of user embracement. The participants’ appreciation of humanizing attitudes (active listening) supports the User Embracement conceptual basis, a care technology typical of the non-medicine model that seeks to overcome the verticality of actions between professionals and users. The intervention was considered implemented, and structural materials fragilities were identified related to controlling Coronavirus transmission, probably due to equipment unavailability, caused by the increase in global demand. The vulnerabilities identified in the assistance actions related to user embracement practices, non-invasive technology of obstetric nursing care, based on non-medicine model principles, also need to be contextualized, pointing out challenges may refer to professional adaptation, which includes body language in social distance care, as well as work intensification due to lack of staff caused by the illness of the teams. The results confirmed the thesis that User Embracement with Risk Classification, an opportunity for women with arterial hypertension manifestations, is considered an intervention that qualifies assistance to women with preeclampsia/eclampsia.
Esta investigación tiene como objetivo evaluar la implementación del Recepción con Calificación de Riesgo (ACCR) de la Rede Cegonha para mujeres con preeclampsia/eclampsia, describir la intervención del ACCR de la Rede Cegonha para mujeres con preeclampsia/eclampsia por medio de su modelización; analizar la calidad del ACCR a partir de las subdimensiones de disponibilidad y conformidad de los recursos y oportunidad y conformidad de las acciones realizadas, conforme recomiendan las normas ministeriales; determinar el grado de implementación de las acciones del ACCR para mujeres con preeclampsia/eclampsia y analizar la influencia de los contextos sobre implementación de las acciones asistenciales para mujeres con preeclampsia/eclampsia. La descripción del problema se desarrolló mediante el árbol de problemas, mientras que la intervención se describió a partir de la construcción de un modelo lógico del programa, que permitió presentar la racionalidad existente entre los componentes de la intervención: estructura, proceso y resultados a corto, medio y largo plazo. Con base en el modelo lógico del programa, se desarrolló el Modelo Teórico de Evaluación, estableciendo el enfoque de la evaluación, las matrices de información, análisis y juicio, donde se definió la dimensión de calidad y las subdimensiones de conformidad, disponibilidad y oportunidad para el análisis del contexto y de la intervención. Además de la definición de los criterios, los indicadores y las puntuaciones que tienen como objetivo los parámetros de evaluación. Se trata de una investigación de evaluación del tipo de análisis de implantación, de corte transversal, utilizando un estudio de caso único, desarrollado en el contexto del primer semestre de la pandemia por COVID-19. El caso fue la implantación del Recepción con Calificación de Riesgo en el Hospital de Maternidad Fernando Magalhães, con la participación de la directora de enfermería de la unidad, la coordinadora técnica de Cegonha Carioca, la superintendente de Maternidad y Emergencias de la Secretaría Municipal de Salud del Rio de Janeiro y las enfermeras asistentes de los sectores de recepción y emergencia obstétrica. Los datos primarios se recopilaron a través de entrevistas con las participantes sobre el proceso de asistencia y los registros de observación no participante relacionada con los aspectos estructurales del escenario estudiado. Los datos secundarios se obtuvieron por la lectura de 2.580 instrumentos de atención a las mujeres en el Recepción con Calificación de Riesgo en el período de marzo a agosto de 2020. A juicio de las participantes, para la eficacia de la asistencia en el recepción con calificación de riesgo, el entorno de acuerdo con las directrices ministeriales es tan importante como las habilidades de comunicación que componen la práctica de la acogida. La valoración de las actitudes humanizadoras (escucha activa), por parte de las participantes corrobora con la base conceptual de la acogida, una tecnología asistencial propia del modelo desmedicalizado que busca superar la verticalidad de las acciones entre profesionales y usuarios. La intervención se consideró implementada y se identificaron debilidades en los insumos estructurales relacionados con el control de la transmisión del Coronavirus, probablemente debido la indisponibilidad de equipos por el aumento de la demanda global. Las vulnerabilidades identificadas en las acciones de asistencia relacionadas con las prácticas de recepción, la tecnología no invasive del cuidado de enfermería obstétrica, basada en los principios del modelo desmedicalizado, también necesitan ser contextualizadas, indicando que las dificultades pueden referirse a la adaptación de los profesionales que incluyeron el lenguaje corporal en el cuidado al distanciamiento social, así como a la intensificación del trabajo por el ausentismo provocado por la enfermedad de los equipos. Los resultados confirmaron la tesis de que el Recepción con Calificación de Riesgo, la puerta de entrada para las mujeres con manifestaciones de hipertensión, se considera una intervención que califica la asistencia a las mujeres con preeclampsia/eclampsia.