Impacto da reabilitação em indivíduos com hemiparesia/hemiplegia pós AVC

Publication year: 2024

A hemiplegia e a hemiparesia são das sequelas mais comuns após o AVC. Estas vão afetar diretamente o doente a nível do tónus muscular, equilíbrio estático e dinâmico e perda de movimento seletivo, o que vai ter grande influência na diminuição da funcionalidade destes utentes, e consequentemente nas suas atividades de vida diária.

Objetivos:

Mapear a evidência científica disponível acerca do impacto da reabilitação em indivíduos com hemiparesia ou hemiplegia, pós AVC; Realizar uma descrição e reflexão das atividades desenvolvidas ao longo dos estágios, de acordo com as competências regulamentadas, no sentido de demonstrar a aquisição das mesmas.

Métodos:

Foi realizada uma revisão do tipo Scoping, com base no modelo do JBI (Joanna Briggs Institute). Foi utilizada a estratégia PICO (População, Intervenção, Comparação e Outcomes / Resultados). Os artigos analisados foram extraídos das bases de dados Web of Science, Scopus e Scielo, considerando os artigos que se encontravam em português, inglês ou espanhol, de acesso aberto, com um máximo de cinco anos desde a publicação.

Resultados:

Dos 1465 artigos extraídos das bases de dados, foram incluídos 9 na revisão. Na análise dos mesmos, verificou-se que as estratégias de reabilitação utilizadas como exercício sentado dinâmico, treino intensivo da mão plégica, terapia de espelho, treino bilateral, privação visual e controlo da cabeça no treino de equilíbrio, identificação de superfícies através do tato e estimulação cognitiva, evidenciaram um grande impacto na melhoria da condição de hemiparesia ou hemiplegia a nível da funcionalidade, e do controlo postural, e consequentemente, do equilíbrio e marcha, levando a uma maior autonomia nas AVD, e ainda melhorias significativas a nível cognitivo.

Conclusão:

É de elevada importância que nos pacientes que sofreram de AVC, do qual resultou uma condição clínica de hemiparesia ou hemiplegia, ocorra uma rápida ação por parte da equipa de reabilitação, nomeadamente com o uso de estratégias como exercício sentado dinâmico, treino intensivo da mão plégica, terapia de espelho, treino bilateral, privação visual e controlo da cabeça no treino de equilíbrio, identificação de superfícies através do tato e estimulação cognitiva, estratégias estas que demonstraram efeitos benéficos em relação à reabilitação convencional.
Hemiplegia and hemiparesis are among the most common consequences following a stroke. These conditions will directly affect the patient in their muscle tone, static and dynamic balance and loss of selective movement, significantly the functionality of these patients, impacting their daily life activities.

Aim:

Present an overview of the available scientific evidence regarding the impact of rehabilitation on individuals with hemiparesis or hemiplegia, post-stroke; Provide a report and reflection on the activities carried out during the internships, in accordance with the regulated skills, to demonstrate their acquisition.

Methods:

A Scoping review was conducted following the JBI (Joanna Briggs Institute) model. The PICO (Population, Intervention, Comparison and Outcomes/Results) strategy was employed. The articles analyzed were extracted from the Web of Science, Scopus and Scielo databases, considering articles available in Portuguese, English or Spanish, with open access, published within the last five years.

Results:

Out of 1465 articles extracted from the databases, 9 were included in the review. Upon analysis, rehabilitation strategies such as dynamic sitting exercise, hand intensive training, mirror therapy, bilateral training, visual cue deprivation and head control in balance training, identification of surfaces through touch and cognitive stimulation, demonstrated a substantial impact on improving the condition of hemiparesis or hemiplegia, in terms of functionality and postural control, and consequently, enhancing balance and gait, leading to greater autonomy in ADL, and also there were significant improvements in the cognitive function.

Conclusion:

It is highly important that patients who have suffered a stroke which resulted in a clinical condition of hemiparesis or hemiplegia, receive fast action from the rehabilitation team, particularly with the use of strategies such as dynamic sitting exercise, hand intensive training, mirror therapy, bilateral training, visual cue deprivation and head control in balance training, identification of surfaces through touch and cognitive stimulation, strategies that have demonstrated beneficial effects compared to conventional rehabilitation.