Publication year: 2023
Introdução:
O alojamento conjunto (AC) destina-se aos recém-nascidos clinicamente estáveis. Esses recém-nascidos vivenciam vários procedimentos dolorosos que fazem parte da rotina de cuidados, tais como: coleta de sangue, punção de calcâneo e injeções intramusculares. Objetivo geral:
Analisar o conhecimento e a prática do manejo da dor na assistência ao recém-nascido pelos profissionais de enfermagem em uma unidade do alojamento, segundo referencial metodológico i-PARIHS (Promoting Action on Research Implementation in Health Services Framework). Objetivos específicos:
descrever o conhecimento e a prática dos profissionais de enfermagem quanto a avaliação, tratamento e registro da dor do recém-nascido no alojamento conjunto; descrever as barreiras e os facilitadores para a realização da avaliação, tratamento e registro da dor do recém-nascido no alojamento conjunto apontados pelos profissionais de enfermagem; avaliar a correlação entre conhecimento e prática entre os profissionais de enfermagem quanto a avaliação, tratamento e registro da dor do recém-nascido no alojamento conjunto; dimensionar em tipo e quantidade a exposição dos recém-nascidos aos procedimentos dolorosos até o quarto dia de internação no alojamento conjunto através dos prontuários. Método:
estudo descritivo, com abordagem quantitativa. Participaram do estudo 28 profissionais de enfermagem que atuam no alojamento conjunto. Quanto aos prontuários foram analisados 72 prontuários de recém-nascidos internados no setor no período de junho a setembro de 2021. Os dados foram importados para programa IBM SPSS Statistics version 2, e foi realizado análise estatística descritiva. Resultados:
Quanto ao conhecimento, 80% dos técnicos/auxiliar de enfermagem e enfermeiros 92,3% concordam totalmente/parcialmente que a dor é considerada um dos sinais vitais do recém-nascido. A maioria dos técnicos/auxiliar de enfermagem (86,6%) e dos enfermeiros (69,3%)
concorda totalmente/parcialmente que a dor do recém-nascido do AC muitas vezes não é reconhecida pelos profissionais de saúde. Quanto ao uso de escala de avaliação da dor, a maioria dos técnicos/auxiliar (93,4%) e dos enfermeiros (100%) concorda totalmente/parcialmente que o uso de escalas de avaliação da dor do recém-nascido no AC é importante para a prática profissional. Quando perguntamos para os participantes se utilizavam alguma escala de dor, a maioria (79,9% dos técnicos/auxiliar e 69,2% dos enfermeiros) informou nunca tê-las utilizado em sua prática. Na associação das respostas entre conhecimentos e práticas, os resultados demonstram que os profissionais de enfermagem tinham conhecimento sobre o tema abordado, porém há uma dificuldade de aplicá-los na prática. Em relação às principais barreiras apontadas, destaca-se: ausência de protocolo e escala de avaliação de dor. Quanto aos facilitadores citados:
estratégias não farmacológicas da dor, enfermarias com informações ilustrativas. Dos 72 prontuários analisados, os recém-nascidos em questão foram submetidos a um total de 500 procedimentos. A média de procedimentos dolorosos durante a internação foi de 5,4 por recém-nascido, com mediana de 6. Conclusão:
O estudo demonstrou que grande parte dos profissionais de enfermagem tem conhecimento sobre manejo da dor, porém há uma dificuldade na avaliação, registro e anotação em prontuário. A análise documental dos prontuários mostrou a escassez do registro e anotação de enfermagem referente ao manejo da dor. A principal recomendação é a implantação de uma escala de dor no local da pesquisa.
Introduction:
Rooming-in (AC) is intended for clinically stable newborns, these newborns experience several painful procedures that are part of the care routine such as: blood collection, calcaneal puncture and intramuscular injections. General objective:
To analyze the knowledge and practice of pain management in newborn care by nursing professionals in a rooming-in unit, according to the i-PARIHS (Promoting Action on Research Implementation in Health Services Framework) methodological framework. Specific objectives:
to describe the knowledge and practice of nursing professionals regarding the assessment, treatment and recording of newborn pain in rooming-in; to describe the barriers and facilitators to the assessment, treatment and recording of newborn pain in rooming-in pointed out by nursing professionals; to evaluate the correlation between knowledge and practice among nursing professionals regarding the assessment, treatment and recording of newborn pain in rooming-in; to measure in type and quantity the exposure of newborns to painful procedures up to the fourth day of hospitalization in the rooming-in through medical records. Method:
a descriptive study with a quantitative approach. The study included 28 nursing professionals working in rooming-in. As for the medical records, 72 medical records of newborns hospitalized in the sector from June to September 2021 were analyzed. Data were imported into the IBM SPSS Statistics version 2 program and a descriptive statistical analysis was performed. Results:
Regarding the knowledge (80%) of nursing technicians/assistants and nurses (92.3%) they totally/partially agree that pain is considered as one of the vital signs of the newborn. The majority of technicians/nursing assistants (86.6%) and nurses (69.3%) totally/partially agree that the pain of newborn in the AC is often not recognized by health professionals. Regarding the use of a pain assessment scale, the majority of technicians/assistants (93.4%) and nurses (100%) totally/partially agree that the use of pain assessment scales for newborns in the AC is important for the professional practice. When we asked the participants if they used any pain scales, the majority (79.9% technicians and 69.2% nurses) reported never used in their practice. In the association of the answers about knowledge and practices, the results show that the nursing professionals had knowledge about the theme addressed, but there is a difficulty in applying them in practice. Regarding the main barriers pointed out:
lack of protocol and pain assessment scale. As for the cited facilitators:
non-pharmacological pain strategies, wards with illustrative information. Of the 72 medical records analyzed, newborns submitted to a total of 500 procedures. The mean number of painful procedures during hospitalization was 5.4 per NB, with a median of 6. Conclusion:
The study showed that most nursing professionals have knowledge about pain management, however, there is difficulty in evaluation, recording and noting in the medical record. The documental analysis of medical records showed the scarcity of records and nursing notes regarding pain management. The main recommendation is to implement a pain scale at the research site.