Atitudes e conhecimentos de profissionais de enfermagem sobre cuidados a pacientes com transtornos mentais
Attitudes and knowledge of nursing professionals on care to patients with mental disorders

Publication year: 2015

O presente estudo teve por objetivo avaliar atitudes e conhecimentos de profissionais de enfermagem sobre cuidados a pacientes com transtornos mentais. Trata-se de estudo descritivo, de abordagem quantitativa, realizado em unidade de urgência e emergência psiquiátrica de um pronto-socorro municipal no interior de São Paulo. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário, com uma amostra de 69 técnicos de enfermagem, caracterizados predominantemente pelo sexo feminino, adultos, com ensino médio e nível superior, atuantes em apenas um emprego e tempo de trabalho na instituição, na mesma equipe de enfermagem, entre 2 e 5 anos. À maioria havia sido disponibilizado conteúdo teórico sobre identificação de sinais e sintomas de transtornos mentais, grande parte demonstrava interesse pelo processo de educação continuada, mas menos da metade recebeu informações sobre a sistematização da assistência de enfermagem.

Os sentimentos positivos expressos em relação a pacientes com transtornos mentais foram:

compaixão e aceitação, e os negativos, insegurança e tristeza. As pessoas com transtornos mentais são percebidas como normalmente imprevisíveis e que necessitam de cuidados constantemente. Os sujeitos consideraram-se confortáveis em atender pessoas com transtornos mentais e afirmaram que o local mais adequado para essas pessoas é o hospital. Temas como saúde mental, violência doméstica e doenças infectocontagiosas foram sugeridos para futura abordagem na educação continuada. Os participantes consideraram o uso de drogas psicoativas a principal causa das doenças mentais. Ressalta-se que instrumentos validados para avaliar conhecimentos, atitudes e sentimento de profissionais de enfermagem ainda são escassos. Os resultados apontam a necessidade de capacitação continuada sobre assistência de enfermagem a pessoas com transtorno mental nas unidades de urgência e emergência
This present study aimed to evaluate attitudes and knowledge of staffs of nurses on nursing care to patients with mental disorders. This is a descriptive study of a quantitative approach. The study was conducted in an urgency and emergency psychiatric unit of a emergency hospital of interior of São Paulo.

The instruments used were:

socio-demographic information related to professional training; attitudes and knowledge on identifying signs and symptoms; feelings and nursing assistance for individual with mental disorders. The data were collected before the first class of the course of capacitation in mental health, which was divided into six themes related to the most common mental disorders (mental signs/symptoms, nursing care with emphasis on interpersonal relationships). The sample consisted of 69 nursing professionals, characterized by being predominantly female, adults with high school and college level, with only one job, and work in the institution, on the same team and in nursing from 2 to 5 years. More than a half of the sample had received theoretical content about identifying signs and symptoms of mental disorders, but fewer than half received information about the systematization of nursing care, in addition that beneficiaries announce interest in the continuing education process. The positive feelings expressed towards to patients with mental disorders were compassion and acceptance, and the negative, insecurity and sadness. Individuals with mental disorders are perceived as usually unpredictable and constantly requiring care. Feeling comfortable in helping people with mental disorders and the most appropriate place for these people is the hospitals have been evidenced. Topics such as mental health, domestic violence and infectious diseases were suggested to be working in the future in continuing education. Psychoactive drugs were considered as the main cause of mental illness. Validated tools to assess knowledge, attitudes and feelings of nursing professionals are still scarce. The results to point to need for continued capacitation in nursing assistance for people with mental disorders in urgency and emergency units