Intervenções de enfermagem promotoras do autocuidado à pessoa com colostomia por doença oncológica no pós-operatório mediato

Publication year: 2024

O cancro colorretal (CCR) é a doença que mais contribui para o estabelecimento de uma colostomia. A pessoa colostomizada confronta-se com alterações profundas em toda a sua vida (físicas, psicológicas, espirituais e sociais), exigindo intervenções promotoras do autocuidado por parte da pessoa e/ou do seu cuidador ainda em ambiente hospitalar. A equipa de enfermagem de uma unidade de cirurgia identificou a inexistência de um procedimento sistematizado e fundamentado na evidência científica, orientador do processo educativo progressivo da pessoa com colostomia no pós operatório mediato. Uma auditoria aos registos informáticos de enfermagem do ano de 2021, revelou apenas o ensino da equipa no autocuidado a 100% na troca de placa e saco.

A questão:

“ Quais as intervenções de enfermagem promotoras do autocuidado na pessoa com colostomia no pós-operatório mediato?” foi norteadora da revisão scoping, que encontrou 95 intervenções de enfermagem, integradas em três sessões de um “Guia de boas práticas para a capacitação do autocuidado no pós operatório mediato à pessoa com colostomia”, para quem teve consulta de estomaterapia, e quatro sessões para a pessoa submetida a cirurgia com colostomia de urgência. Durante os três estágios foram preparados documentos necessários àquele Guia, nomeadamente foi adaptada a Urostomy Education Scale, à pessoa com colostomia; foi utilizado o algoritmo de intervenção de enfermagem depois de pedir autorização à autora; foi adaptado um instrumento de colheita de dados com uma parte inicial para avaliação dos condicionantes do autocuidado, e numa segunda parte para avaliação do autocuidado, sendo usada após autorização do autor. Outros resultados deste projeto foram três jornais de aprendizagem, várias reuniões de trabalho, divulgação do projeto e também uma sessão de formação em serviço. O percurso realizado não só possibilitou a aquisição das competências almejadas, como permitiu melhorar a qualidade de cuidados à pessoa colostomizada. Houve também a oportunidade de apresentação de um e-póster, com posterior publicação em revista.(AU)
Colorectal cancer (CRC) is the biggest contributor to the establishment of an intestinal elimination ostomy (IEO). The ostomized person is confronted with profound changes in their life (physical, psychological, spiritual, and social) requiring interventions that promote self-care on the part of the person and/or their caregiver while still in the hospital environment. The nursing team of a surgery unit identified the lack of a systematized procedure based on scientific evidence, guiding the progressive educational process for capacity building of the person with colostomy in the immediate postoperative period. An audit of the nursing computer records for the year 2021 was carried out, and only changing the plate and bag (100%) was verified.

The question:

"What are the nursing interventions that promote self-care in people with colostomy in the immediate postoperative period?" guided the scoping review, which found 95 interventions nursing interventions, integrated in three sessions of a Guide of Good Practices promoting self-care in the immediate postoperative period for the person with colostomy (Appendix VIII), for whom there was a stomatherapy consultation, and four sessions for the person undergoing colostomy emergency surgery. During the three internships, the necessary documents were prepared for that Guide, namely the Urostomy Education Scale, the person with an intestinal elimination ostomy; the nursing intervention algorithm was used after asking the author for authorization; A data collection instrument was adapted with an initial part for the evaluation of the conditions of self-care, and a second part for the evaluation of self-care, being used after authorization from the author. Other results of this project were three learning journal, several work meetings and dissemination of the project and one also in-service training session. The course not only enabled the acquisition of the desired skills, but also improved the quality of care for the ostomized person. There was also the opportunity to present an e-poster, which was later published in the Onco.News magazine.(AU)