Publication year: 2022
Introdução:
Assegura-se que amamentar é a melhor prática de alimentação para lactentes e o leite humano é o melhor alimento, mas muitas crianças ainda são desmamadas precocemente e alimentadas com fórmulas, leites e mamadeiras. O marketing contínuo e agressivo de fórmula e mamadeira, bem como a promoção desses produtos, contribuem para o enfraquecimento de esforços para melhorar as taxas de amamentação. O Instagram é atualmente uma das principais redes sociais, proporciona troca de experiências entre as pessoas, diálogo online e divulgação de produtos. Objetivo:
Compreender a experiência das mães com fórmula e mamadeira na rede social Instagram. Métodos:
Trata- se de uma pesquisa documental, descritiva com abordagem qualitativa. Foi realizada a captura (prints) de depoimentos e/ou comentários de mães de recém-nascidos ou lactentes na rede social Instagram, que posteriormente foram transcritos e analisados. Utilzou-se a Análise de Conteúdo de Bardin. Esse trabalho segue todos os aspectos éticos em pesquisa e não requer avaliação pelo Comitê de Ética em Pesquisa, conforme a Resolução 510/ 2016 e cumpre a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei no. 13.709/2018). Resultados:
foram selecionados 28 relatos para análise, sendo 17 com a #Fórmula e 11 com a #Mamadeira. Os relatos selecionados haviam sido postados no período compreendido entre agosto de 2019 e julho de 2022. Com a análise dos dados emergiram cinco categorias:
Dificuldades na amamentação como justificativa, Retorno ao trabalho, Insistência para o uso da fórmula ou mamadeira, Dificuldades com a alimentação artificial, Necessidade de enaltecer as marcas. Considerações finais:
Em síntese, as categorias revelaram que as experiências das mães com fórmulas e mamadeiras relatadas no Instagram são diversas e encontramse muitas justificativas que as levaram a não amamentar. O marketing antiético de fórmulas lácteas e mamadeira tem um papel fundamental nessas justificativas. Nos relatos das mães, encontram-se suas experiências e marcas são expostas, o que não constitui infração à NBCAL. Ainda que existam tantas evidências da superioridade do leite materno comparado a fórmula infantil, ainda que tenham políticas públicas de saúde, ainda que o Código Internacional seja adotado, há muitas lacunas a serem vencidas para o sucesso da amamentação.
Introduction:
It is assured that breastfeeding is the best feeding practice for infants and human milk is the best food; however, many children are still weaned early and fed with formula, milk and bottles. The continued aggressive marketing of formula and feeding bottles and the promotion of these products contribute to undermining the efforts to improve breastfeeding rates. Instagram is currently one of the leading social networks, facilitating the exchange of experiences between people, online dialogue and product dissemination. Objective:
To understand the experience of mothers with formula and feeding bottles on the social network Instagram. Method:
This is a documental, descriptive research with a qualitative approach. Testimonies and/or comments from mothers of newborns or infants on the social network Instagram were captured (screenshot) and later transcribed and analyzed. Bardin's Content Analysis was used. This work follows all principles of research ethics and does not require evaluation by a Research Ethics Review Board, according to Resolution 510/2016 and complies with the General Data Protection Law (Law no. 13,709/2018). Results:
28 reports were selected for analysis, 17 with the #Formula and 11 with the #Bottle. These reports were posted between August 2019 and July 2022. Five categories emerged from data analysis:
Difficulties in breastfeeding as a justification, Return to work, Insistence on the use of formula or bottle, Difficulties with feeding artificial, and Need to praise the brands. Conclusions:
In summary, the categories revealed that mothers' experiences with formulas and feeding bottles reported on Instagram are diverse, and many reasons led mothers not to breastfeed. The unethical marketing of milk and bottle formulas plays a key role in these justifications. In the mothers' reports, their experiences and brands are exposed, which does not violate the NBCAL. Despite the vast body of evidence on the superiority of breast milk compared to infant formula, the availability of public health policies, and the adoption of the International Code, many barriers still need to be overcome for successful breastfeeding.