Publication year: 2024
Enquadramento:
O desenvolvimento da prática baseada na melhor evidência, reconhecendo a família como um sistema, promovendo o bem-estar e a capacitação das pessoas e da família face às exigências de transições complexas inerentes ao ciclo vital, como a adaptação a processos de saúde-doença, nomeadamente de doença crónica, constitui a dimensão central, ainda que não exclusiva, do percurso de aprendizagem em apreço. Objetivos:
Encetar o processo de implementação da prática baseada na melhor evidência, com pessoas com diabetes tipo 2 e suas famílias, à luz do modelo da JBI; prestar e gerir cuidados de enfermagem de saúde familiar, de maior complexidade, (re)concetualizados a partir de vozes (e silêncios) de pessoas e famílias e profissionais de saúde; produzir evidência relativamente às competências adquiridas com vista à qualificação com grau de mestre e com o título profissional de Enfermeira Especialista em Enfermagem Comunitária na Área de Enfermagem de Saúde Familiar (EEEC-AESF). Método:
Na sequência dos pressupostos enunciados foram desenvolvidos dois estudos: Estudo 1: “Capacitação para a autogestão da doença, das pessoas com Diabetes tipo 2, em cuidados de saúde primários: implementação de melhores práticas” e Estudo 2: “Famílias com pessoa idosa: (co)construção do processo de cuidados de saúde familiar para a autogestão da doença crónica”. Os dois estudos visam a melhoria contínua dos cuidados de enfermagem de saúde familiar (ESF) prestados às famílias e às pessoas em situação complexa, respetivamente à luz do paradigma quantitativo e do paradigma qualitativo. Resultados:
No Estudo 1, partindo-se de 9 dos 11 critérios pré-definidos, verificou-se um aumento da compliance em três desses critérios, mantendo-se a não conformidade nos restantes. No entanto, há evidência da melhoria das práticas ao longo da implementação do projeto. O envolvimento da colega responsável pela parametrização no âmbito dos sistemas de informação e de toda a equipa de enfermagem na construção e implementação do plano de ação constitui o ponto “mais alto” deste processo. No Estudo 2, partindo da análise com a equipa das perceções das famílias inerentes às intervenções do Enfermeiro de Saúde Familiar na promoção da autogestão no âmbito da doença crónica, repensou-se o processo de cuidados.A elaboração do “Manual de Apoio à Família e à Pessoa Idosa” e as ações desenvolvidas no âmbito da Saúde Sexual e Reprodutiva, surgem como resposta à evidência produzida bem com às prioridades do contexto de estágio. Conclusões:
A (co)construção do processo de implementação de práticas baseadas na melhor evidência na área da ESF confere-lhe sustentabilidade e, simultaneamente, garantiu o desenvolvimento de competências académicas e profissionais preconizadas.
Background:
The development of practice based on the best evidence, recognising the family as a system, promoting the well-being and empowerment of individuals and the family in the face of the demands of complex transitions inherent in the life cycle, such as adapting to health-disease processes, particularly chronic illness, is the central, although not exclusive, dimension of this learning path. Objectives:
To begin the process of implementing practice based on the best evidence, with people with type 2 diabetes and their families, according to the JBI model; to provide and manage more complex family health nursing care, (re)conceptualised based on the voices (and silences) of people and families and health professionals; to produce evidence regarding the competences acquired in order to qualify for the master's degree and the professional title of Specialist Nurse in Community Nursing in the Area of Family Health Nursing. Method:
Following these assumptions, two studies were carried out: Study 1: ‘Empowering people with type 2 diabetes to self-manage their illness in primary health care: implementation of best practices’ and Study 2: ‘Families with elderly people: (co)construction of the family health care process for self-management of chronic illness’. The two studies aim to continuously improve the family health nursing care provided to families and people in complex situations, respectively according to the quantitative paradigm and the qualitative paradigm. Results:
In Study 1, starting from 9 of the 11 pre-defined criteria, there was an increase in compliance in three of these criteria, with non-compliance remaining in the others. However, there was evidence of improved practices throughout the implementation of the project. The involvement of the colleague responsible for parameterisation within the information systems and the entire nursing team in the construction and implementation of the action plan is the ‘highest’ point of this process. In Study 2, based on the team's analysis of the families' perceptions of the Family Health Nurse's interventions to promote self-management in the context of chronic illness, the care process was rethought.The development of the ‘Family and Elderly Person Support Manual’ and the actions developed in the area of Sexual and Reproductive Health were a response to the evidence produced, as well as to the priorities of the internship context. Conclusions:
The (co)construction of the process of implementing practices based on the best evidence in the area of family health care gives it sustainability and, at the same time, ensured the development of the academic and professional competences advocated.