Perspectiva de las matronas de la Región de Murcia, sobre los programas de educación maternal

Publication year: 2024

La Organización Mundial de la Salud (OMS) reconoce a la matrona, en Portugal conocida como “Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica” (EEESMO), como profesional especializada en la atención integral de la mujer durante el embarazo, parto y posparto. La práctica clínica y la elaboración del Relatório de Estágio de Natureza Profissional (ENP) son esenciales para cumplir con los requisitos establecidos en la legislación nacional y europea y para profundizar en competencias relacionadas con los programas de educación maternal.

Objetivo:

Realizar una reflexión crítica sobre las actividades desarrolladas durante el Estágio de Natureza Profissional, con el fin de demostrar las competencias adquiridas en ESMO y en investigación, y responder a problemas de forma autónoma en situaciones nuevas.

Metodología:

Se realizó una contextualización y análisis crítico-reflexivo de las actividades llevadas a cabo durante el ENP. Se desarrolló un estudio observacional, analítico y transversal, se utilizó una muestra de matronas de paritorio y atención primaria de distintas instituciones de salud. Se empleó un cuestionario propio en Google Forms para recoger datos sociodemográficos y laborales, así como la percepción de la eficacia de los programas de educación maternal. Los datos fueron analizados con SPSS (v. 29) mediante análisis descriptivo y analítico. El estudio obtuvo la opinión de la Comisión de Ética del Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Portugal.

Resultados:

La muestra incluyó 61 participantes, con una edad media de 44.80 años; el 88.50% son mujeres. La experiencia laboral promedio es de 16.10 años y el 36.10% son funcionarios. El 57.40% de las matronas trabaja en Atención Primaria (AP) y el 73.80% ha recibido formación en educación maternal. La mayoría (91.80%) se considera competente en educación maternal. Sobre la participación de las madres, el 59.00% de las matronas está de acuerdo en que estas participan activamente. En cuanto a la cobertura de preguntas y preocupaciones maternas, el 83.60% la evalúa positivamente. En general, el 72.10% percibe los programas como efectivos, aunque algunas áreas podrían mejorar. Se identificó una diferencia significativa en la percepción de efectividad en planificación familiar entre hombres (M=2.86) y mujeres (M=3.80) (p=0.024). Las matronas en ambos contextos (AP y paritorio) reportaron mayor eficacia percibida (M=3.70) frente a paritorio (M=3.50) y AP (M=2.94) (p=0.034), lo que sugiere que el entorno de trabajo influye en la percepción de los recursos. El ENP y la reflexión crítica permitieron consolidar competencias en el ámbito de la ESMO. Las EEESMO perciben los programas de educación maternal como efectivos, aunque requieren mayor accesibilidad a recursos adecuados y una formación continua para responder mejor a las demandas de las madres. El estudio señala también la necesidad de uniformidad en la implementación de estos programas, ya que existen variaciones en la enseñanza que pueden afectar la eficacia percibida. Además, el acceso a recursos influye significativamente en la percepción de efectividad, sugiriendo la importancia de una dotación homogénea en todos los entornos de atención para una implementación exitosa de los programas. Estudios con muestras mayores podrían reforzar estos hallazgos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2011) reconhece a matrona, denominada em Portugal Enfermeira Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (EEESMO), como profissional especializada no cuidado integral à mulher durante a gravidez, o parto e o pós-parto. A prática clínica e a elaboração do Relatório de Estágio de Natureza Profissional (ENP) são fundamentais para cumprir os requisitos legais nacionais e europeus e para aprofundar as competências relacionadas com programas de educação maternal.

Objetivo:

Realizar uma análise crítica e reflexiva sobre as atividades desenvolvidas ao longo do Estágio de Natureza Profissional, demonstrando as competências adquiridas em ESMO e em investigação, e respondendo a problemas de forma autónoma em novas situações.

Metodologia:

Realizou-se uma contextualização e análise crítico-reflexiva das atividades realizadas durante o ENP. Desenvolveu-se um estudo observacional, analítico e transversal, foi utilizada uma amostra de enfermeiras especialistas em ESMO em Centros de Saúde e Blocos de partos em várias instituições de saúde. Um questionário próprio foi aplicado via Google Forms para recolher dados sociodemográficos e laborais, bem como a perceção das EEESMO sobre a eficácia dos programas de educação maternal. Os dados foram analisados com o SPSS (v. 29) através de análises descritivas e analíticas, respeitando princípios éticos. O estudo obteve parecer da Comissão de Ética do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Portugal.

Resultados:

A amostra incluiu 61 participantes, com idade média de 44,80; 88,50% são mulheres. A média de experiência profissional foi de 16,10 anos e 36,10% são funcionárias públicas. A maioria (57,40%) trabalha nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), e 73,80% recebeu formação em educação maternal. A maioria (91,80%) considera-se competente em educação maternal. Relativamente à participação ativa das mães, 59,00% concordam que as mães participam de forma ativa. Quanto às respostas e preocupações maternas, 83,60% foram avaliadas positivamente. No geral, 72,10% percebe os programas como eficazes, embora algumas áreas possam ser melhoradas. Foi identificada uma diferença significativa na perceção da eficácia em planeamento familiar entre homens (M=2,86) e mulheres (M=3,80) (p=0,024). As enfermeiras que trabalham em ambos os contextos (CSP e Bloco de Partos) relataram maior eficácia percebida (M=3,70) em comparação com as que trabalham apenas no Bloco de partos (M=3,50) e CSP (M=2,94) (p=0,034), sugerindo que o ambiente de trabalho influencia a perceção dos recursos disponíveis.

Conclusões:

O ENP e a reflexão crítica permitiram consolidar competências em ESMO. As enfermeiras especialistas percebem os programas de educação maternal como eficazes, embora seja necessária maior acessibilidade a recursos adequados e formação contínua para responder melhor às exigências das mães. O estudo também aponta para a necessidade de uniformidade na implementação destes programas, uma vez que existem variações no ensino que podem afetar a eficácia percebida. Adicionalmente, o acesso a recursos influencia significativamente a perceção de eficácia, sublinhando a importância de uma distribuição homogénea de recursos em todos os contextos de cuidado para garantir uma implementação bem-sucedida dos programas de educação maternal. Estudos adicionais com amostras maiores poderão reforçar estes resultados.