Análise da perspectiva dos profissionais sobre o clima de segurança do paciente no contexto hospitalar: estudo transversal

Publication year: 2023

instituição hospitalar filantrópica terciária. O objetivo principal da pesquisa foi avaliar o clima de segurança institucional a partir da percepção dos profissionais em um hospital terciário filantrópico, e os objetivos específicos foram: Verificar a prevalência das variáveis e a relação com o clima de segurança; correlacionar as variáveis ao clima de segurança; analisar estratégias para melhoria o amadurecimento do clima de segurança. A metodologia adotada foi um estudo quantitativo, de tipologia observacional transversal. A amostra compreendeu 307 profissionais, que foram categorizados em dois grupos, sendo um grupo de profissionais de saúde e o outro grupo de profissionais de poio/administrativo. O período de coleta é entre outubro e dezembro de 2022. Os resultados apontam dentre as categorias profissionais analisadas, a Enfermagem obteve maior representatividade na pesquisa no grupo de profissionais da saúde, seguidos dos assistentes sociais; equipe de enfermagem, compreendendo auxiliar, técnico e enfermeiro; farmacêutico; equipe médica, compreendendo médicos da equipe e residentes; nutricionistas e psicólogos. Dos profissionais da área de apoio/administrativa, participaram empregados da hotelaria, manutenção, suporte ambiental, técnico em nutrição. Os gestores tiveram baixa participação na pesquisa, corroborando com os dados obtidos nos domínios do questionário. Quanto ao nível de escolaridade, os profissionais de nível técnico participaram de forma expressiva quando comparados aos profissionais de nível superior, em ambos os grupos analisados. Os domínios 1,4 e 6, sendo eles Clima no Trabalho em Equipe, Percepção do Estresse e Condições de Trabalho obtiveram performances diferentes entre os grupos avaliados, apontando que o clima de segurança nesses domínios é percebido e refletido de acordo com a posição ocupada. O domínio 5, Percepção da Gestão da Unidade e do Hospital obteve o menor escore observado, indicando imaturidade gerencial disseminada. Foi constatado correlação das variáveis de tipo de cultura com o tipo de trabalho (grupo operacional e grupo gestão), nível de escolaridade e área clínica do setor, demonstrando as diferenças entre a quantidade de indivíduos que tiveram cultura positiva ou negativa, indicando que profissionais de nível técnico, do grupo operacional, que exerce função no apoio/administrativo, no intervalo de 01 a 05 anos, incidem sobre o clima de segurança. Conclui-se que o clima de segurança na instituição é percebido como negativo. O instrumento SAQ atingiu eficácia na avaliação do clima de segurança, sendo capaz de identificar vulnerabilidades na segurança em saúde e deve ser explorada sua aplicação em grupos de profissionais de saúde e administrativos/apoio. Os grupos de profissionais de saúde e apoio/administrativo se equiparam quanto à fragilidade na percepção do clima de segurança. A percepção da gestão obteve-se o pior score e comprovou a correlação com o número de participantes que exerciam cargo de gestão, incidindo também sobre os domínios Clima de trabalho em equipe, Satisfação no trabalho, Clima de segurança, Condições de Trabalho. A minoria dos participantes eram gestores. A falta de participação dos gestores no construto influencia negativamente o clima de segurança. Há falta de subsídios para a sugestões de melhorias do clima de segurança, pois os estudos que corroboraram com a presente discussão não trazem essa discussão. Dessa forma, o presente estudo aponta e ampara a necessidade de investigações de clima de segurança que permitam desdobramentos maiores campo da Enfermagem e sobre clima de segurança, tais como a pesquisa envolvendo linhas de cuidado, mais de uma instituição de saúde que sejam estruturalmente semelhantes e estudos que contemplem o método misto.
The object of this study encompasses the analysis of safety climate, through the Safety Attitudes Questionnaire (SAQ) instrument, among healthcare professionals and support/administrative staff of a tertiary philanthropic hospital institution. The main objective of the research was to evaluate the institutional safety climate based on professionals' perceptions in a philanthropic tertiary hospital, and the specific objectives were: to verify the prevalence of variables and their relationship with the safety climate; to correlate variables with the safety climate; to analyze strategies for improving the maturity of the safety climate. The adopted methodology was a quantitative study, of cross-sectional observational typology. The sample comprised 307 professionals, categorized into two groups, one group of healthcare professionals and the other group of support/administrative professionals. Data collection took place between October and December 2022. Results indicate that among the analyzed professional categories, Nursing had the highest representation in the healthcare professionals group, followed by social workers; nursing team, comprising aides, technicians, and nurses; pharmacists; medical team, comprising team physicians and residents; nutritionists, and psychologists. Among the support/administrative professionals, participants included hospitality employees, maintenance staff, environmental support, and nutrition technicians. Managers had low participation in the survey, corroborating with the data obtained in the questionnaire domains. Regarding the level of education, technical professionals participated significantly compared to those with higher education, in both analyzed groups. Domains 1, 4, and 6, namely Teamwork Climate, Stress Perception, and Working Conditions, showed different performances between the evaluated groups, indicating that the safety climate in these domains is perceived and reflected according to the position held. Domain 5, Perception of Unit and Hospital Management, obtained the lowest observed score, indicating widespread managerial immaturity. Correlation was found between culture type variables and type of work (operational group and management group), level of education, and clinical area of the sector, demonstrating differences between the quantity of individuals with positive or negative culture, indicating that technical professionals, from the operational group, working in support/administrative roles, within the 01 to 05-year range, impact the safety climate. It is concluded that the safety climate in the institution is perceived as negative. The SAQ instrument proved effective in evaluating the safety climate, being able to identify vulnerabilities in healthcare safety, and its application in groups of healthcare and administrative/support professionals should be explored. Healthcare and support/administrative professional groups were equally vulnerable in their perception of the safety climate. Perception of management obtained the lowest score and correlated with the number of participants holding management positions, also impacting Teamwork Climate, Job Satisfaction, Safety Climate, and Working Conditions domains. The minority of participants were managers. The lack of participation of managers in the construct negatively influences the safety climate. There is a lack of resources for suggesting improvements in the safety climate, as the studies that corroborated with the present discussion do not bring up this issue. Thus, the present study points out and supports the need for safety climate investigations that allow for broader developments in the field of Nursing and safety climate, such as research involving care lines, more than one health institution that are structurally similar, and studies that include mixed methods.
El objeto de este estudio abarca el análisis del clima de seguridad, a través del instrumento Cuestionario de Actitudes de Seguridad (SAQ), entre profesionales de la salud y personal de apoyo/administrativo de una institución hospitalaria filantrópica terciaria. El objetivo principal de la investigación fue evaluar el clima de seguridad institucional basado en las percepciones de los profesionales en un hospital terciario filantrópico, y los objetivos específicos fueron: verificar la prevalencia de variables y su relación con el clima de seguridad; correlacionar variables con el clima de seguridad; analizar estrategias para mejorar la madurez del clima de seguridad. La metodología adoptada fue un estudio cuantitativo, de tipología observacional transversal. La muestra comprendió 307 profesionales, categorizados en dos grupos, uno de profesionales de la salud y otro de profesionales de apoyo/administrativo. La recolección de datos tuvo lugar entre octubre y diciembre de 2022. Los resultados indican que entre las categorías profesionales analizadas, la Enfermería tuvo la mayor representación en el grupo de profesionales de la salud, seguida de trabajadores sociales; equipo de enfermería, que comprende auxiliares, técnicos y enfermeros; farmacéuticos; equipo médico, que comprende médicos del equipo y residentes; nutricionistas y psicólogos. Entre los profesionales de apoyo/administrativos, participaron empleados de hospitalidad, personal de mantenimiento, apoyo ambiental y técnicos en nutrición. Los gerentes tuvieron una baja participación en la encuesta, corroborando con los datos obtenidos en los dominios del cuestionario. En cuanto al nivel de educación, los profesionales técnicos participaron significativamente en comparación con los de educación superior, en ambos grupos analizados. Los dominios 1, 4 y 6, a saber, Clima de Trabajo en Equipo, Percepción del Estrés y Condiciones de Trabajo, mostraron diferentes desempeños entre los grupos evaluados, lo que indica que el clima de seguridad en estos dominios se percibe y refleja según el cargo ocupado. El dominio 5, Percepción de la Gestión de la Unidad y del Hospital, obtuvo la puntuación más baja observada, lo que indica una inmadurez gerencial generalizada. Se encontró correlación entre variables de tipo de cultura y tipo de trabajo (grupo operativo y grupo de gestión), nivel de educación y área clínica del sector, lo que demuestra diferencias entre la cantidad de individuos con cultura positiva o negativa, indicando que los profesionales técnicos, del grupo operativo, que trabajan en roles de apoyo/administrativos, dentro del rango de 01 a 05 años, impactan en el clima de seguridad. Se concluye que el clima de seguridad en la institución se percibe como negativo. El instrumento SAQ demostró ser efectivo en la evaluación del clima de seguridad, siendo capaz de identificar vulnerabilidades en la seguridad sanitaria, y su aplicación en grupos de profesionales de la salud y administrativos/apoyo debería ser explorada. Los grupos de profesionales de la salud y de apoyo/administrativos fueron igualmente vulnerables en su percepción del clima de seguridad. La percepción de la gestión obtuvo la puntuación más baja y se correlacionó con el número de participantes que ocupaban puestos de gestión, impactando también en los dominios Clima de Trabajo en Equipo, Satisfacción Laboral, Clima de Seguridad, y Condiciones de Trabajo. La minoría de los participantes eran gerentes. La falta de participación de los gerentes en el constructo influye negativamente en el clima de seguridad. Falta recursos para sugerir mejoras en el clima de seguridad, ya que los estudios que corroboraron con la presente discusión no plantean este tema. Por lo tanto, el presente estudio señala y respalda la necesidad de investigaciones sobre el clima de seguridad que permitan desarrollos más amplios en el campo de la Enfermería y el clima de seguridad, como la investigación que involucra líneas de atención, más de una institución de salud que sean estructuralmente similares, y estudios que incluyan métodos mixtos.