Publication year: 2023
Introdução:
Ao redor do mundo, a população infantojuvenil está exposta a vulnerabilização. Quando este grupo populacional também pertence a outras avenidas identitárias, as opressões sistêmicas são ainda piores, causando problemas de saúde mental. Entretanto, não há o conhecimento se os estudos acadêmicos realizam as análises práxis das discriminações estruturais considerando raça, classe social, gênero, capacitismo e idade com a saúde mental. Objetivo:
mapear e descrever como estão sendo conduzidas as pesquisas no campo da interseccionalidade e da saúde mental entre a população infantojuvenil, com destaque para a negra. Método:
O estudo seguiu a metodologia proposta pelo JBI para revisões de escopo. Houve a indagação:
quais foram as produções científicas que versavam sobre a interseccionalidade e a saúde mental de crianças e jovens no Brasil?. Resultados:
As categorias encontradas a partir dos estudos foram: 1) Iniquidades territoriais; 2) Utilização da idade enquanto um fator de risco na interseccionalidade com outros marcadores sociais; 3) Correlação entre a vulnerabilização racial e de gênero com problemas de saúde mental. Conclusões:
A interseccionalidade como análise crítica na saúde mental infantojuvenil tem demonstrado ser benéfica para identificar as iniquidades estruturais e propor narrativas de cuidado com maior equidade. É recomendável que os próximos estudos utilizem do fator social idade como vulnerabilidade em suas discussões, além de novos estudos sob a perspectiva decolonial desta população.
Introduction:
Around the world, children and youth are exposed to vulnerability. When this population group also belongs to other avenues of identity, systemic oppression is even worse, causing mental health problems. However, there is no knowledge whether academic studies carried out praxis analyzes of discrimination covered considering race, social class, gender, ableism and age with mental health. Objective:
to map and describe how research is being conducted in the field of intersectionality and mental health among the child and youth population, with emphasis on the black population. Method:
The study followed the methodology proposed by the JBI for scoping reviews. There was the question:
What were the scientific productions that talked about intersectionality and the mental health of children and young people in Brazil?. Results:
The categories found from the studies were: 1) Territorial inequalities; 2) Use of age as a risk factor in intersectionality with other social markers; 3) Correlation between racial and gender vulnerability and mental health problems. Conclusions:
Intersectionality as a critical analysis in child and adolescent mental health has proven to be indulgent in identifying lost inequities and proposing care narratives with greater equity. It is recommended that future studies use the social age factor as a vulnerability in their discussions, in addition to new studies from the decolonial perspective of this population.
