Intervenções de enfermagem promotoras do autocuidado no cliente oncológico ostomizado

Publication year: 2015

Em Portugal o Cancro do Cólon e Reto é o tumor mais frequente e o segundo com maior mortalidade (DGS, 2012). Muitos dos sobreviventes têm que incorporar uma ostomia de eliminação intestinal nas suas vidas, o que implica adquirir habilidades cognitivas e comportamentais de adaptação a esta nova realidade (Hornbrook.et al, 2007). A presença de uma ostomia de eliminação intestinal não provoca apenas impacto físico, mas reflete-se também na dimensão emocional, psicológica, social e espiritual. A adaptação do cliente portador de uma ostomia de eliminação intestinal é um processo longo e contínuo. O enfermeiro tem um papel fundamental na ajuda à adaptação a esta nova condição de vida; deve planear uma adequada prestação de cuidados que inclua o apoio psicológico e a educação para a saúde, para que a pessoa portadora de uma ostomia de eliminação intestinal desenvolva aptidões para o autocuidado, o que poderá refletir-se na adaptação fisiológica, psicológica e social desta e sua família, referente ao processo de viver com uma ostomia. É importante a existência da consulta de enfermagem de estomaterapia para o planeamento e acompanhamento individualizado do cliente ostomizado e família desde o pré-operatório até à sua autonomia, ajudando-o e a família na reabilitação e obtenção de melhor qualidade de vida. Elaborei assim, um projeto que contempla a realização de ensinos clínicos, durante os quais adquiri e consolidei conhecimentos teórico-práticos desenvolvendo competências na área de enfermagem em estomaterapia. No desenvolvimento deste relatório pretendo demonstrar o percurso realizado para a implementação da consulta de enfermagem na área da estomaterapia. Esta permite a educação e orientação contínua dos clientes ostomizados/ família, facilitando a adaptação à mudança, promovendo o retorno às rotinas do seu dia-a-dia e uma melhor qualidade de vida. Analisei toda a prática desenvolvida tendo por base a Teoria de Orem.
In Portugal, colon and rectal cancer is the most prevalent tumor and is the second in line in terms of mortality by cancer (DGS, 2012). Many of the patients that survive the disease need to incorporate in their lives an intestinal elimination ostomy, which implies acquiring behavioral and cognitive skills while adapting to the new reality (Hornbrook et. al., 2007). The presence of an intestinal elimination ostomy not only has a physical impact but, also, it has a considerable weight in the emotional, psychological, social and spiritual dimensions of the patient’s life. The adaptation of a patient who bears an intestinal elimination ostomy is a long and continuous process. The nurse plays a fundamental role in helping the patient adapt to his/hers new life conditions; shall plan adequate care giving that include psychological backup and education for health, in such ways that a patient who carries an intestinal elimination ostomy may develop self-care abilities, which may reflect in the physiological, psychological and social adaption of the patient and his/hers family, regarding the process of living with an ostomy. It is important that stomatherapy nursing appointments are scheduled for planning and following individually each ostomized patient and family, since pre-op to autonomy, helping both patient and family in the rehabilitation process and obtaining the best life quality. I have elaborated a project that included conducting clinical trials, during which I have acquired and consolidated both theoretical and practical knowledge, developing skills in the stomatherapy area of nursing. In this report I intend to demonstrate the process of implementing stomatherapy nursing appointments. These allow continuous education and orientation of the ostomized patients and families, making easier adapting to change, promoting the return of the daily routines and a better quality of life. I have analyzed all practice developed using Orem's Theory.