Publication year: 2023
Introdução:
a vacinação tem sido um dos serviços essenciais fornecidos pela Atenção Primária à Saúde no enfrentamento à pandemia da covid-19. A Estratégia Saúde da Família exerce um papel decisivo em prevenção de doenças e promoção da saúde, contando com a participação de agentes comunitários de saúde no incentivo à adesão da população ao uso da vacinação contra covid-19. Objetivo Geral:
analisar os fatores associados à tomada de decisão de ACSs em
utilizar a vacinação contra a covid-19 e as possíveis interferências no trabalho de orientação da população em relação ao uso de vacinas contra covid-19. Objetivos Específicos:
descrever os fatores que interferem na aceitação e na hesitação vacinal de ACSs frente à covid-19. Identificar até que ponto a hesitação vacinal de ACSs influencia o trabalho de orientação à população em relação ao uso da vacinação contra covid-19. Método:
trata-se de abordagem quali-quantitativa, descritiva e exploratória. Os participantes foram 40 ACSs de um município do estado do Rio de Janeiro. As informações coletadas passaram por tratamento estatístico simples e análise de conteúdo na modalidade temática proposta por Bardin. Resultados:
verificou-se a predominância no perfil dos participantes de 90% mulheres, 72,5% negras, 72,5% com Ensino Fundamental, 90% com idade entre 20 e 50 anos, 60% com renda entre dois e três salários mínimos. A aceitação vacinal esteve relacionada com:
95% de aceitação vacinal prévia contra Influenza, 65% de percepção de risco de contaminação por doença infecciosa no trabalho, 35% estimulada pelo empregador e 25% influenciada por profissionais de saúde, envolvendo o medo de adoecer ou morrer por covid-19, medo de contaminar familiares, a responsabilidade social e a credibilidade no SUS e nas vacinas. Já a hesitação vacinal esteve associada com 17,5% de falta de confiança em vacinas contra covid-19, 35% de ausência da percepção de risco de contaminação por doença infecciosa no trabalho, implicando o medo de eventos adversos, a desinformação, crença religiosa e interferências políticas em questões relativas às vacinas contra a covid-19. Conclusão:
identificar os fatores que interferem na tomada de decisão
vacinal de ACSs é fundamental para o enfrentamento da problemática da hesitação vacinal e para se pensar ações estratégicas de ampliação vacinal, tanto profissional como da população em geral.
Introduction:
vaccination has been one of the essential services provided by Primary Health Care in coping with the covid-19 pandemic. The Family Health Strategy plays a decisive role in disease prevention and health promotion, with the participation of community health agents in encouraging the population's adherence to the use of vaccination against covid-19. General Objective:
to analyze the factors associated with the decision making of CHWs to use vaccination against covid-19 and the possible interferences in the work of orientation of the population in relation to the use of vaccines against covid-19. Specific Objectives:
to describe the factors that interfere in the acceptance and vaccine hesitancy of CHWs in the face of covid19. To identify the extent to which the vaccine hesitancy of CHWs influences the work of orientation to the population regarding the use of vaccination against covid-19. Method:
this is a qualitative-quantitative, descriptive and exploratory approach. The participants were 40 CHWs from a city in the state of Rio de Janeiro. The information collected underwent simple statistical treatment and content analysis in the thematic modality proposed by Bardin. Results:
it was verified the predominance in the profile of the participants of 90% women, 72.5% black, 72.5% with elementary school, 90% aged between 20 and 50 years, 60% with income between two and three minimum wages. Vaccination acceptance was related to:
95% of previous vaccination acceptance against Influenza, 65% of perception of risk of contamination by infectious disease at work, 35% stimulated by the employer and 25% influenced by health professionals, involving the fear of getting sick or dying from covid-19, fear of contaminating family members, social responsibility and credibility in the SUS and vaccines. Vaccine hesitancy was associated with 17.5% lack of confidence in vaccines against covid-19, 35% absence of perceived risk of contamination by infectious disease at work, implying fear of adverse events, misinformation, religious belief and political interference in issues related to vaccines against covid-19. Conclusion:
identifying the factors that interfere in the vaccination decision-making of CHWs is fundamental to face the problem of vaccine hesitancy and to think about strategic actions for vaccine expansion, both professional and general population.