Estima-te - Compreender a relação entre a autoestima e o funcionamento sexual da mulher adulta

Publication year: 2025

Metodologia:

Estudo quantitativo, transversal e correlacional, amostra constituída por 710 mulheres adultas, recrutadas através de um questionário online. A autoestima foi avaliada pela Escala de Autoestima de Rosenberg e o funcionamento sexual pelo Índice de Funcionamento Sexual Feminino (FSFI-6). Foram analisadas a correlação entre autoestima e funcionamento sexual, a influência da idade e menopausa, e o impacto da doença oncológica.

Resultados:

Identificou-se uma correlação positiva entre autoestima e funcionamento sexual (p<0,001), indicando que níveis mais elevados de autoestima estão associados a um melhor funcionamento sexual. Verificou-se, ainda, que as mulheres na menopausa apresentam índices significativamente inferiores de funcionamento sexual comparativamente às mulheres em idade reprodutiva ( p<0,001)). Além disso, observou-se uma correlação negativa entre a idade e o funcionamento sexual (p = 0,002), sugerindo que o avanço da idade está associado a uma redução do índice de funcionamento sexual. As mulheres com doença oncológica apresentaram níveis significativamente mais baixos de funcionamento sexual (p<0,001)), reforçando o impacto da doença na vida íntima e emocional. Para além da vertente investigativa, o trabalho reflete a prática de estágio em contexto hospitalar, comunitário e de cuidados diferenciados, onde foram desenvolvidas competências na promoção da saúde mental e prevenção da doença mental. As intervenções psicossociais, psicoterapêuticas e psicoeducativas reforçaram o papel do enfermeiro especialista na valorização da autoestima e sexualidade, integrando teoria e prática numa abordagem centrada na pessoa e ao longo do ciclo de vida.

Conclusão:

Os resultados reforçam a importância de promover a autoestima para melhorar a vivência da sexualidade feminina. O enfermeiro especialista desempenha um papel crucial nas intervenções psicossociais e psicoeducativas que aumentam a literacia em saúde sexual e desconstruem estereótipos. Sugere-se o aprofundamento através de abordagens qualitativas que permitam compreender experiências subjetivas das mulheres.