Publication year: 2024
Introdução:
O Transtorno Depressivo Maior (TDM) exerce impacto significativo na qualidade de vida das pessoas, atingindo grande parte da população mundial, sendo considerado um problema de saúde pública. O manejo clínico do TDM é um grande desafio para os profissionais de saúde, e sua cronicidade implica muitas vezes na necessidade de autogestão da doença. Sendo necessária a tomada de decisões esclarecidas e o monitoramento dos sinais e sintomas, a fim de promover a recuperação e auto eficácia da pessoa. Objetivos:
Mapear na literatura sinais e sintomas e orientações terapêuticas associados ao Transtorno Depressivo Maior para promover suporte à autogestão. Método:
Revisão de Escopo de publicações nas fontes informacionais Ageline, B-On, BDENF, BMC Psychology, BMC Sacaid Nursing, BVS, Cochrane, EMBASE, IBECS, Lilacs, MedLine, Pepsic, Cinahl, Psycinfo, PubMed, SciELO, SCOPUS e Web of Science. Utilizou-se da estratégia PCC para a 1ª RE, com a pergunta: Quais são os sinais e sintomas presentes nas pessoas com mais de 18 anos no contexto do TDM?, realizada em 2020; e para a 2ª RE: Quais as orientações terapêuticas para os sinais e sintomas: comportamento suicida, ansiedade, alterações cognitivas, alterações sexuais, tristeza, humor deprimido, dor e isolamento do TDM? realizada em 2023. Resultados:
A amostra final da revisão sobre os sinais e sintomas constituiu-se de 51 artigos. Nos estudos predominou a dimensão psíquica 82,35%, seguido da física 68,62% e comportamental 43,13%. Os sinais e sintomas mais prevalentes foram alterações do sono, fadiga, sentimento de culpa, alterações do apetite, humor deprimido, baixa concentração, anedonia, alterações psicomotoras, alterações do peso e ideação suicida. A amostra final da revisão sobre as orientações terapêuticas constituiu-se em 63 artigos. Nos estudos predominaram a dimensão psíquica 35 (55,6%), seguida da comportamental 18 (28,6%) e posteriormente, física 10 (15,8%), âmbito social (34,9%) aspectos comportamentais (28,6%), aspectos fisiológicos (23,8%) e acompanhamento profissional (58,7%). As orientações que mais apareceram nos estudos foram:
Psicoterapia (20% dos estudos, sendo 9% Terapia Cognitivo Comportamental), seguida de atividades físicas, incluindo yoga, mindfulness, meditação, alongamento, exercícios de resistência aeróbicos e flexibilidade (12%), estratégias de enfrentamento (8%), recursos educacionais (7%), suporte social (7%). Conclusão:
O conhecimento das orientações terapêuticas é vital para um cuidado holístico e eficaz, ademais aumenta as chances de autogestão do tratamento, proporciona comportamentos assertivos e fornece preparo adequado para os profissionais de saúde no cuidado que oferta.
Introduction:
Major Depressive Disorder (MDD) significantly impacts the quality of life of individuals, affecting a large portion of the global population and being considered a public health issue. The clinical management of MDD presents a significant challenge for healthcare professionals, and its chronic nature often necessitates disease selfmanagement. Informed decision-making and monitoring of signs and symptoms are required to promote recovery and self-efficacy. Objectives:
To map out in the literature the signs and symptoms and therapeutic guidelines associated with Major Depressive Disorder to promote self-management support. Method:
Scoping review of publications from informational sources including Ageline, B-On, BDENF, BMC Psychology, BMC Sacaid Nursing, BVS, Cochrane, EMBASE, IBECS, Lilacs, MedLine, Pepsic, Cinahl, Psycinfo, PubMed, SciELO, SCOPUS, and Web of Science. The PCC strategy was used for the 1st Review, with the question: What are the signs and symptoms present in individuals over 18 years old in the context of MDD?, conducted in 2020; and for the 2nd Review: What are the therapeutic guidelines for the signs and symptoms: suicidal behavior, anxiety, cognitive changes, sexual changes, sadness, depressed mood, pain, and isolation in MDD? conducted in 2022. Results:
The final sample of the review on signs and symptoms comprised 51 articles. The studies predominantly addressed the psychological dimension (82.35%), followed by the physical dimension (68.62%) and behavioral dimension (43.13%). The most prevalent signs and symptoms were sleep disturbances, fatigue, guilt, appetite changes, depressed mood, poor concentration, anhedonia, psychomotor changes, weight changes, and suicidal ideation. The final sample of the review on therapeutic guidelines comprised 63 articles. The studies predominantly addressed the psychological dimension (35, 55.6%), followed by the behavioral dimension (18, 28.6%) and then the physical dimension (10, 15.8%), social scope (34.9%), behavioral aspects (28.6%), physiological aspects (23.8%), and professional follow-up (58.7%). The most frequently mentioned therapeutic guidelines were:
Psychotherapy (20% of the studies, with 9% being Cognitive Behavioral Therapy), followed by physical activities, including yoga, mindfulness, meditation, stretching, resistance exercises aerobics and flexibility (12%), coping strategies (8%), educational resources (7%), and social support (7%). Conclusion:
Knowledge of therapeutic guidelines is crucial for holistic and effective care. Moreover, it enhances the chances of self-management of treatment, promotes assertive behaviors, and provides adequate preparation for healthcare professionals in the care they offer.