A intervenção do enfermeiro na gestão da neuropatia periférica induzida pela quimioterapia
Publication year: 2025
Com o crescente desafio na gestão das doenças crónicas, torna-se imperioso que o enfermeiro invista na sua formação académica e de investigação por forma a incrementar a sua ação profissional.
A doença oncológica, acompanhada pela evolução farmacológica, adota cada vez mais o carácter crónico, mas com uma elevada incidência de efeitos secundários que imputam condicionantes na autonomia da pessoa. Assim é necessária uma intervenção de enfermagem sustentada que potencie a retoma dessa autonomia fornecendo conhecimentos e treinando capacidades.
Para isso o enfermeiro tem o dever de procurar formação pós-graduada, e é nesse âmbito que surge este trabalho uma vez que tem na sua base o meu percurso no I curso de Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica, na área da Pessoa em Situação Crónica.
A aliança entre instituições de ensino e de saúde, promove o aprimoramento das técnicas de investigação na procura da melhor evidência, e a sua implementação durante a realização de estágios, beneficiando a pessoa, a família, a comunidade e os profissionais de saúde.
Adicionalmente, a prática reflexiva associada a esse processo, proporciona o aprofundamento de uma consciência crítica, habilidade indissociável da qualidade dos cuidados e indispensável na prática clínica, uma vez que possibilita ao profissional refletir antes, durante e após uma intervenção para, se necessário, adaptar estratégias ou adquirir novas.
Assim, este trabalho pretende explanar as competências adquiridas no âmbito do curso de mestrado, descrever os contextos de estágio, especificar a complexidade de cuidados prestados ao doente em regime de internamento e de ambulatório, e demonstrar a importância das intervenções especializadas de enfermagem junto da pessoa com doença crónica e do seu cuidador.
Com vista ao desenvolvimento da competência em investigação, procedi à elaboração de uma scoping review subordinada ao tema das intervenções do enfermeiro na gestão da neuropatia periférica induzida pela quimioterapia, com o objetivo de mapear todas as intervenções de enfermagem para o controlo deste efeito secundário.
